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Consumidor, distribuidor, autoprodutor de energia e outros: quem é quem no Mercado Livre de Energia?

O Mercado Livre de Energia oferece uma alternativa ao modelo tradicional de comercialização de energia elétrica, o chamado mercado cativo ou mercado regulado. Diferentes agentes têm funções específicas e são essenciais para o funcionamento do Mercado Livre de Energia. Entre eles, destacam-se o consumidor, o distribuidor e o autoprodutor de energia. Mas você sabe quem é quem nesse cenário? Vamos descobrir o que faz cada um e quais são as suas responsabilidades.

Autoprodutor de Energia

O autoprodutor de energia produz eletricidade para consumo próprio, podendo utilizar fontes como solar, eólica, biomassa, entre outras. Esse agente pode ter economia ao reduzir a sua necessidade de compra de energia das distribuidoras de energia elétrica, diminuir custos com encargos e contribuir para a sustentabilidade ao optar por fontes renováveis. Em geral, são grandes empresas que se associam a geradoras de energia em um projeto de parque eólico ou solar, por exemplo. 

A escolha de fontes como solar e eólica permite que o autoprodutor tenha um impacto positivo direto na sustentabilidade ambiental. Gerar energia a partir dessas fontes renováveis diminui significativamente as emissões de gases de efeito estufa e reduz a dependência de combustíveis fósseis, contribuindo, assim, para a mitigação das mudanças climáticas e promovendo um desenvolvimento econômico mais sustentável.

Consumidor

O consumidor é a pessoa física ou jurídica que compra energia elétrica para uso próprio. No Mercado Livre de Energia, ele tem a liberdade de escolher seu fornecedor, negociando preços e condições mais favoráveis segundo o seu perfil de consumo.

No Mercado Livre de Energia existem os consumidores livres e especiais: 

  • Consumidor livre: geralmente são indústrias e empresas de maior porte que consomem grande quantidade de eletricidade, podendo escolher seu fornecedor e tipo de energia livremente.
  • Consumidor especial: são empresas de menor porte, que, no geral, precisam somar demandas contratadas de diversas unidades consumidoras para atingir 500 kW, e devem comprar energia de fontes renováveis.

Distribuidora

A distribuidora de energia elétrica é responsável pela entrega da eletricidade desde as redes de transmissão até o consumidor final. Ela atua como intermediária, e deve garantir que a energia chegue de forma contínua e com qualidade até as residências e empresas.

Entre as funções da distribuidora de energia elétrica estão: 

  • Manutenção da rede: cuidar da infraestrutura necessária para a distribuição de energia.
  • Gestão de clientes: atendimento e suporte aos consumidores finais, além de cobrança de tarifas pelo uso da rede.

O Mercado Livre de Energia é um complexo ecossistema, e entender quem é quem nesse mercado permite não apenas uma melhor negociação e gestão de energia, mas também a promoção de um ambiente mais sustentável e economicamente vantajoso para todos os envolvidos. Conheça agora os agentes que realizam e regulam a comercialização de energia nesse mercado:  

Comercializadores

Os comercializadores atuam como intermediários, que compram energia dos geradores e vendem aos consumidores livres e especiais. Eles são essenciais para promover a competitividade no setor elétrico. 

Geradores

São as empresas responsáveis pela geração de energia elétrica, podendo utilizar diferentes fontes. Algumas delas são:

  • Hidrelétrica: utiliza a força da água em movimento, geralmente em rios e barragens, para gerar eletricidade. É uma fonte renovável e uma das mais utilizadas no Brasil.
  • Térmica: gera eletricidade a partir da queima de combustíveis  como carvão, gás natural ou óleo, produzindo vapor que aciona turbinas.
  • Eólica: a força do vento faz girar turbinas e gerar eletricidade. É uma fonte limpa e renovável, com crescente participação na matriz energética brasileira.
  • Solar: converte a luz solar em eletricidade utilizando painéis fotovoltaicos ou concentra a energia solar para aquecer fluidos e gerar eletricidade em plantas termoelétricas solares.

Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)

É a entidade responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN). O ONS busca garantir a confiabilidade, segurança e eficiência do sistema elétrico brasileiro.

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)

É a instituição que administra a comercialização de energia no Mercado Livre, garantindo a transparência e o cumprimento dos contratos. A CCEE também monitora e fiscaliza as operações nesse mercado para garantir o cumprimento das regras e regulamentos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Além disso, atua como mediadora na resolução de conflitos entre os participantes do mercado, oferecendo mecanismos de arbitragem e negociação.

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)

A ANEEL é o órgão responsável pela regulamentação, supervisão e fiscalização do fornecimento e contratação de energia elétrica no Brasil. Ela atua para assegurar a qualidade e a continuidade do serviço de energia elétrica, estabelecendo normas e padrões para o setor, além de arbitrar conflitos entre agentes do mercado e consumidores. A agência é também responsável por definir as tarifas e os reajustes periódicos.

AES Brasil no Mercado Livre de Energia

Na AES Brasil, a partir de uma análise do perfil de consumo, da sazonalidade e da tarifa do uso da distribuição local, é possível desenhar contratos sob medida para as necessidades do consumidor. Também são definidas estratégias para a contratação de energia da forma mais eficiente e vantajosa para o tipo de negócio do cliente. 

A AES Brasil também oferece aos seus clientes a possibilidade de contratar energia já com certificados de energia renovável. Conhecidos como RECs, são documentos rastreáveis e comprovam para clientes, mercado e plataformas de certificação ambiental o uso de energia renovável pela empresa.

Sua empresa atende aos requisitos e tem interesse em migrar para o Mercado Livre de Energia? Acesse nossa página.

O que é um prosumidor de eletricidade?

Enquanto o processo de transição energética avança, e a necessidade de formas de consumo sustentáveis se torna cada vez mais evidente, novos agentes emergem nesse cenário. Um deles é o prosumidor, um termo derivado da junção de “produtor” e “consumidor”, que tanto consome quanto produz energia. 

O conceito é bem mais simples do que o nome: o prosumidor pode não só gerar sua própria eletricidade, por meio de fontes renováveis — como a biomassa, energia solar, sistemas eólicos e outros meios naturais —, como também prestar serviços adicionais ao sistema elétrico, como o armazenamento e a injeção do excedente na rede de energia em períodos de pico de demanda.

Ao contrário do consumidor tradicional, que tem um papel passivo no consumo e pagamento da energia, o prosumidor é proativo e comprometido com a sustentabilidade. Ao gerar sua própria energia, de fontes renováveis, ele reduz sua dependência de combustíveis fósseis, diminuindo as emissões de gases de efeito estufa. 

O termo foi criado e popularizado pelo escritor e futurólogo americano Alvin Toffler, em seu livro A Terceira Onda, de 1980, em que previu a customização em massa das formas de consumo. O setor elétrico é apenas um dos que avançaram nessa direção. 

Mas não é só no contexto doméstico que a autoprodução de energia se destaca. Ela também ganha espaço entre os grandes consumidores, como as indústrias. Neste setor, é cada vez mais comum empresas que aderem à autoprodução: uma forma de contratação de energia na qual a companhia entra como sócia na construção de um parque eólico, por exemplo, que destinará sua geração para consumo — total ou em parte — dos processos da empresa. 

Vantagens para o sistema

As vantagens são individuais e coletivas, uma vez que a geração distribuída contribui para a descentralização do sistema elétrico, tornando-o mais resiliente e menos suscetível a falhas em larga escala.

Além da sustentabilidade, a economia é outro fator crucial. Ao produzir sua própria energia, os prosumidores podem reduzir significativamente suas contas de eletricidade. O excedente de energia gerado pode ser injetado na rede, gerando créditos usados para abater o consumo em meses subsequentes. Esse sistema de compensação, conhecido como net-metering, é particularmente vantajoso em regiões com tarifas elevadas de energia.

O conceito de prosumidor pode ser dividido em três estágios, dependendo do grau de envolvimento e tecnologia utilizada:

1. Self-Consumer (Autoconsumidor): É o agente que gera total ou parcialmente sua própria energia elétrica, geralmente utilizando tecnologias como painéis solares fotovoltaicos ou sistemas de energia eólica. No Brasil, apenas esse tipo de prosumidor está bem estabelecido. 

2. Prosumager (Producer+Consumer+Storager ou Produtor+Consumidor+Armazenador): Além de gerar, este agente também armazena parte da eletricidade produzida para usá-la de forma inteligente.

3. Flexumer (Flexibility+Producer+Storager+Consumer, ou Flexibilidade+Produtor+Armazenador+Consumidor): Este agente utiliza suas capacidades de geração e armazenamento de forma flexível, prestando serviços ao mercado, à rede e ao sistema elétrico, contribuindo para a estabilidade e eficiência do abastecimento.

Prosumidores ganharam incentivo

O prosumidor ganhou relevância com a publicação, em 2012, da Resolução Normativa n° 482/2012, que instituiu o sistema de compensação de energia elétrica. Este mecanismo permite aos consumidores gerar sua própria energia e injetar o excedente não utilizado na rede da distribuidora local, recebendo créditos gerados para abater valor relativo ao consumo em períodos posteriores. Dez anos depois, a lei n° 14.300/2022 trouxe atualizações sobre o uso da rede pelos prosumidores.

No Brasil, o Mercado Livre de Energia tem sido uma alternativa para prosumidores que buscam liberdade de escolha, flexibilidade e sustentabilidade no consumo de energia elétrica. Neste mercado, consumidores eletrointensivos podem negociar diretamente com geradores e comercializadores, buscando melhores condições econômicas e contratos de fornecimento mais alinhados com suas necessidades específicas.

A AES Brasil tem se destacado na oferta de soluções de autoprodução para clientes no Mercado Livre de Energia. A empresa oferece produtos e serviços que permitem aos grandes consumidores não só reduzir custos, mas também aumentar a sustentabilidade de suas operações. A autoprodução permite que indústrias e outros grandes consumidores gerem parte ou a totalidade de sua energia, utilizando fontes renováveis e contribuindo para a redução das emissões de carbono.

Por que o preço de energia no mercado livre é mais barato? Descubra!

Livre concorrência e flexibilidade dos contratos. Essa é a resposta mais imediata para a pergunta de quem considera migrar para o ambiente de contratação livre: “Afinal de contas, por que o preço da energia no mercado livre é mais barato do que no mercado regulado?” Essas, no entanto, não são as únicas condições que fazem com que o consumidor economize nesse modelo de contratação. 

Redução de encargos e tarifas

O mercado livre traz também outros benefícios em relação ao mercado regulado que impactam no preço da energia, como a redução nos encargos e tarifas, o que resulta em economia para as empresas. Os consumidores do mercado livre não são afetados, por exemplo, pelas bandeiras tarifárias, aplicadas pelas distribuidoras sob a supervisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) no mercado regulado. 

Nesta classificação, criada pela agência em 2015, as cores das bandeiras (vermelha, amarela ou verde) apontam qual será o custo da energia segundo as condições em que ela foi gerada. Em períodos de seca ou nos quais é necessário acionar as termelétricas, o consumidor pode ser surpreendido com a bandeira vermelha, que deixa a conta de energia mais cara. 

Previsibilidade com contratos flexíveis e sob medida

No ambiente de contratação livre, há mais previsibilidade e estabilidade dos preços, já que valores e índices de reajuste anual são definidos em contrato, além de poderem ser negociados diretamente entre fornecedor e consumidor. 

Completa essa lista de vantagens a personalização dos contratos no Mercado Livre de Energia, o que permite que as empresas adaptem os termos – como volume, sazonalidade e condições de pagamento – conforme suas necessidades específicas. 

As empresas que optam por migrar para o Mercado Livre de Energia têm a oportunidade de encontrar ofertas mais vantajosas, potencialmente resultando em uma economia nos custos com energia elétrica de até 35%, a depender da região do país. 

Mercado Livre de Energia x Mercado regulado

Em janeiro de 2024, o Mercado Livre de Energia passou por uma abertura que permitiu a todas as unidades consumidoras ligadas na alta tensão, chamadas Grupo A, a migrarem independentemente da demanda contratada, passando a poder escolher seu fornecedor.

O mercado regulado funciona de forma oposta. Nele, os consumidores são obrigados a comprar energia exclusivamente da distribuidora local, sem margem de negociação de preço ou outras condições contratuais. Nesse cenário, além das já citadas bandeiras tarifárias, o preço da energia é impactado por fatores como inflação, custos operacionais e investimentos das distribuidoras. 

Como os preços são definidos no Mercado Livre de Energia?

Com frequência, as empresas geradoras de energia produzem quantidades maiores do que as contratadas pelas distribuidoras no mercado regulado. O excedente de energia, que não tem como ser armazenado, é disponibilizado no ambiente de contratação livre. O preço de energia no mercado de curto prazolivre é definido pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável por viabilizar essas operações. 

O chamado Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) é o resultado de um cálculo diário, para cada hora do dia seguinte, realizado por modelos computacionais para determinar os valores de toda a energia elétrica produzida, mas que não foi contratada pelos agentes do mercado.

Levam-se em conta no cálculo do PLD para a energia elétrica fatores como condições hidrológicas, preços de combustível e demanda de energia para determinar a precificação ideal, considerando também restrições de transmissão entre submercados. O cálculo inclui ainda informações previstas para cada submercado, como a disponibilidade de geração e consumo de energia.

Os contratos de curto prazo no Mercado Livre de Energia são mais influenciados pelo PLD. Quanto menor o tempo do contrato de energia, maior será a influência desse cálculo. Nos contratos de prazo maiores, fatores como o Custo Marginal de Expansão (CME) e a expectativa de evolução das tarifas no mercado cativo, que podem influenciar a saída de consumidores do mercado livre, têm influência maior. Outro fator que influencia é o tipo de energia negociada, que pode ser convencional ou incentivada.
No Mercado Livre de Energia, é chamada de energia convencional aquela gerada por grandes usinas ou por fontes não renováveis, como os combustíveis fósseis. A energia incentivada, por sua vez, utiliza fontes renováveis, como o vento, o sol e recursos hídricos —, sendo considerada uma forma de energia limpa. Quer saber mais sobre o Mercado Livre de Energia? Visite a nossa página.

Entenda o que é eficiência energética e seus benefícios na transição para fontes renováveis

Entender o que é eficiência energética é fundamental para que um país e sua sociedade possam enfrentar os desafios climáticos e impulsionar a transição energética para fontes renováveis e mais limpas. Este conceito abrange mais do que a simples economia de energia, envolve práticas e tecnologias que otimizam o uso energético, maximizando os benefícios com o mínimo de consumo. Ou seja: fazer mais com menos, sem comprometer a qualidade de vida ou a produtividade.

Da mesma forma, conhecer quais são as principais vantagens de investir em eficiência energética é um passo importante rumo a um futuro mais seguro e sustentável — e o Brasil tem ido por esse caminho. 

Segundo a plataforma INOVA-E, entre 2013 e 2022, o país destinou quase R$ 5 bilhões para pesquisa, desenvolvimento e demonstração (PD&D) em projetos de eficiência energética com investimentos públicos. Desse total, mais da metade dos recursos veio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), enquanto a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a empresa pública Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) contribuíram com 13% e 11%, respectivamente.

Medidas práticas

A aplicação das medidas de eficiência energética é diversificada. Na indústria, o uso de motores mais eficientes e tecnologias de recuperação de calor pode reduzir significativamente o consumo. Nas residências, a troca de lâmpadas incandescentes por modelos de LED, o uso de eletrodomésticos com alta classificação energética (A) e hábitos conscientes, como apagar as luzes ao sair de um cômodo, podem resultar em economia que se sente no bolso. 

Um exemplo de como os investimentos em pesquisa se traduzem na melhoria da eficiência energética estão no Atlas de Eficiência Energética Brasil 2023. Estima-se que o consumo médio anual de energia por aparelho de ar condicionado tenha sido reduzido em 15,3%, em média, entre 2005 e 2022. No caso das geladeiras, estima-se que o consumo médio anual por unidade tenha diminuído em 11,5%, em média, no mesmo período.

Principais vantagens de investir em eficiência energética

Os investimentos em eficiência energética geram benefícios múltiplos, criando uma onda de impactos positivos em diferentes setores da sociedade. Ambientalmente, a redução do consumo de energia contribui para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, ajudando a combater os efeitos do aquecimento global — já notado nos eventos extremos como enchentes, ondas de calor e períodos de seca.

Economicamente, os benefícios também são significativos. Empresas e consumidores podem economizar nas contas de energia, liberando recursos para outros investimentos. Além disso, os recursos poupados por meio da eficiência energética podem ser usados para impulsionar a indústria nacional, criando espaço nos orçamentos para a criação de novos empregos e oportunidades de negócios.

Para os consumidores, os benefícios se traduzem em maior conforto e qualidade de vida. A adoção de práticas eficientes permite ter ambientes mais agradáveis, com, por exemplo, melhor iluminação e climatização, sem comprometer o orçamento familiar. 

Transição energética

A transição energética para um futuro mais sustentável também está diretamente relacionada à eficiência. A otimização do uso da energia promove a redução da demanda energética total, facilitando a transição para fontes limpas de energia, como a solar e a eólica.

Portanto, a eficiência energética não é apenas um conceito, mas uma necessidade. Adotar essa prática é essencial para construir um futuro mais sustentável e com qualidade de vida para todos.

Brasil tem programa de eficiência energética desde os anos 80

Em 1985, o governo brasileiro lançou o Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, que tem como principais objetivos reduzir o desperdício de energia, aumentar a eficiência energética e promover a sustentabilidade ambiental. 

Um decreto de 2019 reafirmou os objetivos do Procel, destacando suas ações de eficiência energética na geração, transmissão, distribuição e uso final da energia. As metas incluem aumentar a competitividade do país; adiar a necessidade de novos investimentos no setor elétrico; e reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

Na esfera privada, empresas como a AES Brasil atuam no Mercado Livre de Energia na geração e comercialização de eletricidade proveniente de fontes 100% renováveis. Antes da formalização dos contratos, é feito um estudo para a contratação de energia sob medida para o tipo de negócio, considerando demanda e sazonalidade. Dessa forma, são evitados desperdícios e oferecida uma maior economia para os consumidores no ambiente de contratação livre. 

Investimentos em projetos de energia baterão recorde em 2024. Veja detalhes

Pela primeira vez, o investimento total em energia no mundo deve ultrapassar US$ 3 trilhões neste ano e, deste total, US$ 2 trilhões serão destinados para infraestrutura de energia limpa, segundo a última edição do relatório anual World Energy Investment da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). O Brasil também está no caminho dos ventos favoráveis. Análise da consultoria A&M aponta que o país deve receber aportes anuais de R$ 40 bilhões em projetos de energia solar, eólica, hidrogênio verde e biocombustíveis. 

O foco em tecnologias sustentáveis evidencia a necessidade urgente de enfrentar as mudanças climáticas e promover um futuro com menos emissões de carbono. Desde o período pré-Revolução Industrial, a temperatura média global subiu 1,1ºC e não pode ultrapassar 1,5°C, segundo o Acordo de Paris, assinado, em 2015, por 195 países que se comprometeram em limitar o aquecimento global.

Energia solar fotovoltaica tem destaque

De acordo com o relatório da IEA, os investimentos em energia solar fotovoltaica estão projetados para ultrapassar US$ 500 bilhões em 2024, superando a soma de todas as outras fontes de energia. Nos últimos dois anos, os custos dos painéis solares diminuíram em 30%, e os preços dos minerais e metais essenciais para a geração renovável também caíram drasticamente, especialmente os utilizados na fabricação de baterias.

Segundo a IEA, em 2023, cada dólar investido em energia eólica e solar gerou 2,5 vezes mais energia do que o mesmo valor aplicado nessas tecnologias há uma década. O estudo também indica que, em 2015, quando o Acordo de Paris foi assinado, o investimento combinado em energia nuclear e renovável era duas vezes maior do que o direcionado para a geração de energia fóssil. Em 2024, essa relação deverá ser de 10 para 1, com a energia solar assumindo a liderança na transformação do setor.

Metas de redução de emissões

O crescimento nos investimentos em energia limpa é sustentado por metas de redução de emissões, avanços tecnológicos, necessidades de segurança energética (especialmente na União Europeia) e um fator estratégico adicional: as principais economias estão implementando novas estratégias industriais para promover a fabricação de tecnologia de energia limpa e fortalecer suas posições de mercado. 

Nos Estados Unidos, o investimento em energia limpa está projetado para superar US$ 300 bilhões em 2024, 1,6 vezes o valor de 2020, e bem à frente dos gastos com combustíveis fósseis. A União Europeia investe atualmente US$ 370 bilhões em energia limpa, enquanto a China deverá investir quase US$ 680 bilhões em 2024, beneficiada por seu vasto mercado interno e pelo rápido crescimento nas chamadas “novas três” indústrias: células solares, produção de baterias de lítio e fabricação de veículos elétricos (EV).

Cenário brasileiro é de otimismo

O Brasil é um ator relevante no mercado global de energia limpa e também se destaca no cenário de investimentos verdes. O país tem sua matriz elétrica composta aproximadamente por 84% de fontes renováveis, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 

O estudo da consultoria A&M identifica motivos para o otimismo, como a abertura do Mercado Livre de Energia e a liderança dos investimentos puxada pela energia solar. Com a redução nos preços dos painéis e os subsídios disponíveis, tanto empresas quanto consumidores têm optado por essa alternativa, que já responde por quase 19% da geração de eletricidade (somadas as gerações distribuída e centralizada), de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O avanço na eficiência das tecnologias estão impulsionando o crescimento desse setor, tornando-o cada vez mais acessível para consumidores residenciais, comerciais e industriais.

Potencial de crescimento e modernização

As outras fontes renováveis também têm potencial de crescimento ou de modernização na infraestrutura instalada, como o caso das hidrelétricas, que representam cerca de 55% da matriz energética nacional. Apesar da maturidade do setor, ainda existem oportunidades para modernizar as usinas existentes e adotar novas tecnologias, como a geração distribuída e o armazenamento de energia, aponta o estudo.

Potencial significativo, especialmente na região Nordeste, apresenta a energia eólica, que tem mostrado um crescimento acelerado no Brasil. A instalação de projetos de energia eólica modernos e eficientes, juntamente com a expansão da infraestrutura de transmissão, está elevando a competitividade dessa fonte renovável. O mercado espera pela regulamentação da energia eólica offshore, gerada em alto-mar, que deve impulsionar ainda mais o setor. 

O levantamento também aponta a produção de Hidrogênio Verde e de biocombustíveis como uma expectativa que deve se cumprir em breve e uma realidade estabelecida que deve passar por novo crescimento com o desenvolvimento de novas tecnologias.

Abertura do Mercado Livre de Energia

A abertura do Mercado Livre de Energia mencionada na análise da consultoria A&M ocorreu em janeiro de 2024, quando todos os consumidores com tensão de fornecimento maior ou igual a 2,3 quilovolts (kV) passaram a poder escolher comprar eletricidade no ambiente de contratação livre. No caso dos consumidores ligados à alta tensão com demanda menor que 500 kW, é preciso contratar o serviço de um comercializador varejista. É ele que vai representar a empresa na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e realizar as transações no mercado livre segundo o que foi firmado no contrato. 

Geradora e comercializadora de energia no mercado livre, a AES Brasil também oferece aos seus clientes a possibilidade de contratar energia já com certificação de origem de fonte renovável. Conhecidos como RECs, são documentos rastreáveis que comprovam para clientes, mercado e plataformas de certificação ambiental o uso de energia mais limpa pela empresa consumidora. Tem interesse em migrar para o Mercado Livre de Energia? Acesse a nossa página.

Em 5 meses de 2024, migração para Mercado Livre de Energia já superou o ano todo de 2023

As migrações para o Mercado Livre de Energia nos cinco primeiros meses de 2024 já superam as registradas em todo o ano passado, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Entre janeiro e maio deste ano, a entidade contabilizou a entrada de 8.936 novos consumidores no mercado livre, um aumento de 21% em relação ao total de novos clientes de 2023. Este crescimento reflete a busca por maior eficiência e flexibilidade na contratação de energia por parte de indústrias e empresas.

O movimento de migração acelerado é, em sua maioria, resultado da flexibilização dos critérios de acesso a partir de janeiro deste ano.  A abertura do Mercado Livre de Energia para todos os consumidores com tensão de fornecimento maior ou igual a 2,3 quilovolts (kV) provocou uma intensa onda de migrações. Antes, esse mercado era acessível apenas a consumidores de grande e médio porte, como indústrias, enquanto os consumidores de alta tensão com cargas mais baixas eram obrigados a comprar energia das distribuidoras do mercado regulado. 

Expectativa de crescimento

Atualmente, o mercado livre representa 38% do consumo total de energia elétrica no Brasil, e a expectativa é que esse percentual aumente nos próximos meses. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cerca de 25,2 mil consumidores já comunicaram às distribuidoras sua intenção de migrar para o Mercado Livre de Energia ao longo de 2024, indicando um cenário de expansão. Além disso, 1.950 pedidos já foram registrados para 2025, conforme a Aneel.

Os estados das regiões Sul e Sudeste continuam liderando o ranking de migrações. Em maio, São Paulo (626 migrações), Rio Grande do Sul (218) e Rio de Janeiro (169) foram os estados com maior número de novos consumidores. No entanto, também houve aumento significativo em estados das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, como Bahia, Pará, Pernambuco, Ceará, Goiás e Mato Grosso. No mesmo mês, os setores com maior número de migrações foram Serviços (456), Comércio (419) e Manufaturados Diversos (215), evidenciando a diversificação dos perfis de consumidores que buscam as vantagens do mercado livre.

Melhorias nas regras de migração

Em proposta enviada ao órgão regulador, a CCEE sugere melhorias nas regras do segmento livre para facilitar o cadastro de novos consumidores e reduzir os requisitos de envio de dados de medição, permitindo migrações sem a necessidade de investimentos em novos equipamentos. Além disso, a modernização do modelo de troca de dados com o uso de APIs (Application Programming Interface) permitirá maior automação e agilidade nos serviços oferecidos.

À medida que mais empresas descobrem as vantagens do mercado livre, a tendência é que a participação desse segmento no consumo total de energia no país continue a crescer. A modernização das regras e a simplificação dos processos, aliadas ao avanço tecnológico, serão fundamentais para sustentar esse crescimento e garantir que cada vez mais consumidores possam se beneficiar da flexibilidade e eficiência oferecidas pelo Mercado Livre de Energia.

O que é um comercializador varejista? 

Segundo os dados da CCEE, quase 74% das migrações para o mercado livre foram facilitadas pelos comercializadores varejistas, que gerenciam contratos e assumem riscos inerentes à compra e venda de energia. Esse suporte é fundamental para simplificar a entrada das empresas sem burocracia e de forma mais segura nesse mercado.

Na AES Brasil, por exemplo, a partir de uma análise do perfil de consumo da empresa, da sazonalidade e da tarifa do uso da distribuição local, é possível desenhar contratos sob medida para as necessidades do consumidor. Também são definidas estratégias para a contratação de energia da forma mais eficiente e vantajosa para o tipo de negócio do cliente. 

Algumas geradoras, como a AES Brasil, também oferecem a possibilidade de contratar energia 100% renovável e já certificada. Conhecidos como RECs, os certificados de energia renovável são documentos rastreáveis e comprovam para clientes, mercado e plataformas de certificação ambiental o uso pela empresa de energia de fontes mais limpas.

Sua empresa atende aos requisitos e tem interesse em migrar para o Mercado Livre de Energia? Acesse nossa página.

Com recorde de capacidade em 2023, conheça o cenário da energia eólica no mundo

A capacidade instalada de energia eólica no mundo atingiu um novo recorde em 2023, com um acréscimo de 117 gigawatts (GW), o que representa um aumento de 50% em relação ao ano anterior. De acordo com relatório da Global Wind Energy Council (GWEC), 2023 foi o melhor ano da história para essa indústria. A marca, ressalta o estudo, reflete avanços tecnológicos, políticas governamentais favoráveis e um aumento significativo no investimento em infraestrutura sustentável. 

Quando se considera o desempenho dos países, o Brasil aparece em terceiro lugar, atrás de China e EUA e seguido por Alemanha e Índia. Juntos, esses países representaram 82% das novas instalações globais em 2023, resultado 9% superior ao ano anterior.

Se for considerado o recorte por mercados, o relatório destaca que o crescimento foi impulsionado por China, União Europeia, Estados Unidos, Índia e Brasil. Nosso país se destaca como o principal mercado na América Latina, segundo o GWEC. 

Pelo terceiro ano consecutivo, o país alcançou um novo recorde em energia eólica, atingindo 4,8 GW de capacidade nova instalada. São mais de mil parques eólicos em operação, superando 30 GW de instalações totais, diz o relatório. Atualmente, as fontes renováveis representam mais de 84% da  matriz elétrica brasileira, colocando o país como referência internacional em energia limpa.

No Brasil, destaca o documento, a energia eólica “foi reconhecida pelos ministérios do governo como um vetor para a nova economia energética, endossada por importantes ministérios, como o de Minas e Energia (MME), o da Fazenda e o do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior”.

Nova economia energética

Segundo o relatório, governos ao redor do mundo têm implementado políticas públicas para impulsionar o mercado de energia eólica. Incentivos fiscais, subsídios e metas de energia renovável têm sido fundamentais para atrair investimentos. O Green Deal da União Europeia, por exemplo, visa tornar o continente neutro em carbono até 2050 – uma oportunidade para o setor de energia eólica no mundo avançar ainda mais. 

As novas tecnologias também são um dos motores do desenvolvimento do mercado de energia eólica no mundo. Turbinas mais eficientes e maiores, com potências de até 15 megawatts (MW), estão sendo instaladas, aumentando a produção de energia e reduzindo os custos. Além disso, a digitalização e o uso de inteligência artificial para monitoramento e manutenção das turbinas têm melhorado a eficiência operacional.

Desafios e oportunidades do mercado de energia eólica

Apesar dos resultados positivos, o setor enfrenta desafios como a necessidade de modernização das redes elétricas, questões regulatórias e a competição por locais adequados para a instalação de complexos eólicos. No entanto, há também oportunidades significativas, especialmente para eólicas offshore, ou seja, em alto-mar, que têm grande potencial devido aos ventos mais fortes e constantes no mar.

No Brasil, no final do ano passado, a Câmara aprovou o texto do Marco Regulatório para a construção e exploração das usinas eólicas offshore. O texto, que foi para o  Senado, permite a outorga das áreas em alto-mar, a até 370 km da costa, por meio de autorização ou concessão do Governo Federal.

O relatório prevê que a capacidade de energia eólica no mundo poderá continuar crescendo de forma robusta nos próximos anos. Esse crescimento será impulsionado por uma combinação de inovação tecnológica, políticas públicas de incentivo ao setor e um crescente compromisso global com a transição para uma energia mais limpa e sustentável.

AES Brasil produz energia 100% renovável

Limpa e sustentável, a energia eólica é um caminho fundamental no Brasil para a descarbonização da economia. Com expectativa de crescimento, o setor é garantia da segurança energética nacional. 

No país, a AES Brasil tem 25 anos de experiência produzindo energia 100% de fontes renováveis. Além disso, é referência no setor elétrico quando o assunto é ESG, sendo a única empresa de utilities da América Latina com score “AAA” pelo MSCI ESG Rating. O mesmo cuidado se reflete nas iniciativas para reduzir os impactos de sua atuação. Desde 2020, a corporação neutraliza, anualmente, as emissões de CO2 provenientes da sua produção. Em 2022, neutralizou 100% das emissões históricas de gases de efeito estufa – considerando todo o período de operações desde 1999.

Entenda como funciona o mercado de créditos de carbono e como eles são gerados

Como funciona o mercado de créditos de carbono? Se você já se fez essa pergunta, é importante saber que esta é uma das principais ferramentas para a mitigação dos impactos causados pelas mudanças climáticas. Ao longo dos últimos 25 anos, esse mercado evoluiu e passou a desempenhar papel cada vez mais relevante nos esforços para descarbonizar a economia mundial e conter o aumento da temperatura global. Cada tonelada de gases de efeito estufa (GEE) que deixou de ser lançada na atmosfera pode ser convertida em um crédito de carbono.

Em 1997, o Protocolo de Kyoto estabeleceu metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos. O acordo internacional introduziu os primeiros créditos de carbono, que poderiam ser utilizados para cumprir parte dessas metas. 

Nos anos 2000, essa ferramenta evoluiu. Surgiram, então, entidades de padronização, que deram garantia de qualidade e supervisão ao chamado mercado voluntário de compensação de emissões – aquele ainda não regulado pelos países. 

Nesse período, foram criadas as agências de classificação, plataformas de negociação de carbono, provedores de dados e gestores de investimentos especializados, que aumentaram a liquidez, a transparência e a confiança no mercado.

A COP-26, a cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), em Glasgow, em 2021, definiu que os mercados voluntários e obrigatórios passariam a coexistir e convergir. Assim, surgiram regras e padrões comuns para a medição, a contabilidade e a elaboração de relatórios sobre as transferências. 

De acordo com uma análise produzida pela Bloomberg em parceria com a Carbon Growth Partners, a expectativa é que o setor passe por uma expansão sem precedentes. Ela deve vir acompanhada por um aumento nos preços do crédito de carbono à medida que compromissos mais ambiciosos de redução de emissões são assumidos e os mercados convergem.

Dados da consultoria Systemica reforçam esse prognóstico: o mercado deve experimentar um crescimento contínuo. O desempenho do setor é um bom indicativo. As emissões de créditos de carbono no mundo cresceram cerca de 4% no primeiro trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023. 

Desde o início de 2024, foram emitidas 91 milhões de toneladas de CO2 equivalente em novos ativos, com o estoque global de carbono atingindo 830 milhões de toneladas de CO2 equivalente em créditos disponíveis. Esses números refletem o aumento da demanda por soluções de compensação de emissões e são uma boa notícia para o Brasil, que pode ter  papel crescente neste cenário.

Como gerar créditos de carbono?

Conheça alguns tipos de projetos que geram créditos de carbono, suas características e benefícios:

Energia

Fazem parte dessa categoria os projetos que substituem combustíveis fósseis por fontes de energia renovável – eólica e solar, por exemplo. Eles são particularmente importantes nos países menos desenvolvidos, onde a geração de energia por combustíveis fósseis ainda é a principal.

Existem também projetos que promovem eficiência energética, por exemplo: investimentos em dispositivos domésticos mais eficientes, como fogões mais limpos, biogás renovável e a redução de emissões de metano de aterros e o gerado pelo gado. 

Conservação da Natureza

Incluem a proteção de ecossistemas naturais e a implementação de melhores práticas agrícolas. Esses projetos são considerados as soluções mais escaláveis para a redução das emissões causadas por desmatamentos e degradação florestal (REDD+), especialmente nas florestas, manguezais e pastagens do Sudeste Asiático, África e América Latina.

Florestas

Esses projetos incluem a restauração de áreas naturais degradadas, florestas de produção, terras agrícolas e ecossistemas costeiros, como os manguezais. 

Soluções Tecnológicas

Abrange conceitos em estágio inicial de desenvolvimento, como a geoengenharia ou a alteração da alcalinidade dos oceanos. Os projetos que fazem parte dessa categoria incluem também a captura e o armazenamento de ar direto, a bioenergia com captura e armazenamento de carbono.

Potencial do Brasil é um dos maiores 

O Brasil possui um grande potencial para se destacar no mercado global de créditos de carbono, especialmente devido às grandes áreas de florestas tropicais e diferentes ecossistemas. O país é um dos principais beneficiários de projetos de redução das emissões de desmatamento e degradação florestal (REDD+). Além disso, iniciativas de restauração florestal e conservação de biodiversidade podem gerar uma quantidade substancial de créditos de carbono, contribuindo para a proteção de ecossistemas vitais e o combate às mudanças climáticas.

A AES Brasil realiza projetos que não apenas reduzem emissões, mas também promovem o desenvolvimento sustentável. A companhia gera energia 100% renovável, com parques eólicos que emitem créditos de carbono. Em 2022, a empresa comercializou esses créditos pela primeira vez. Quer saber mais sobre o mercado de carbono. Acesse nosso site.

Mercado Livre de Energia ganha maior adesão com pequenos negócios. Entenda!

O Mercado Livre de Energia do Brasil alcançou um marco expressivo no primeiro trimestre de 2024, com um aumento recorde no número de migrações — entre janeiro e março, foram 5.360 novos consumidores – 3 vezes mais do que no mesmo período de 2023, e mais do que o total de migrações de todo o ano de 2022.

Dados mais recentes da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) indicam que, de janeiro a abril, já são 7.152 novos consumidores que ingressaram no mercado livre, o que representa 97% de todas as adesões de 2023. Desse universo, mais de 70% dos clientes são da modalidade varejista, especialmente pequenos negócios.  

Abertura de mercado

A abertura do Mercado Livre de Energia desde janeiro de 2024 para todos os consumidores com tensão de fornecimento maior ou igual a 2,3 quilovolts (kV) provocou uma intensa aceleração no ritmo de migrações. As regiões Sudeste e Sul encabeçam o ranking, com São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul no topo da lista. Os setores de comércio, serviços e manufaturados diversos foram os mais representativos nesse movimento de migração.

Antes, esse mercado era acessível apenas a consumidores de grande e médio porte, como indústrias, enquanto os consumidores de alta tensão com cargas mais baixas eram obrigados a comprar energia das distribuidoras do mercado regulado. 

Vantagens do Mercado Livre de Energia

Os clientes no Mercado Livre de Energia têm uma série de vantagens, pois podem  negociar diretamente com o fornecedor todos os aspectos do contrato, desde valores, sazonalidades, até o tipo de fonte geradora. 

Os contratos de energia para empresas são mais flexíveis nesse mercado e personalizados conforme as demandas de cada negócio. Preços e índices de reajuste anual são definidos na hora da contratação, o que permite aos pequenos negócios terem maior previsibilidade nos gastos com energia. 

O Mercado Livre de Energia representa 38% do consumo total de energia elétrica no Brasil. Esse número deve continuar a crescer nos próximos meses. Aproximadamente 23,8 mil consumidores informaram às distribuidoras sobre o desejo de migrar para o ambiente de contratação livre (ACL) em 2024. Além disso, 880 pedidos já foram registrados para 2025, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Até 2030, o ACL terá uma participação de 44% da carga total do Sistema Interligado Nacional, com estimativa de crescimento anual de um ponto percentual, de acordo com projeção da consultoria Thymos Energia. 

O que é um comercializador varejista? 

Com um comercializador varejista, a empresa migra sem burocracia e de forma mais segura, pois passa a contar com especialistas em Mercado Livre de Energia nas transações de contratação de energia e nos trâmites com a CCEE. Na AES Brasil, por exemplo, a partir de uma análise do perfil de consumo, da sazonalidade e da tarifa do uso da distribuição local, é possível desenhar contratos sob medida para as necessidades do consumidor. Também são definidas estratégias para a contratação de energia da forma mais eficiente e vantajosa para o tipo de negócio do cliente. 

Algumas geradoras, como a AES Brasil, também oferecem aos seus clientes a possibilidade de contratar energia já com certificados de energia renovável. Conhecidos como RECs, são documentos rastreáveis e comprovam para clientes, mercado e plataformas de certificação ambiental o uso de energia renovável pela empresa.
Sua empresa atende aos requisitos e tem interesse em migrar para o Mercado Livre de Energia? Acesse nossa página.


Entenda quais são os impactos da transição energética para o sistema elétrico e as empresas de energia

Os impactos da transição energética global estão crescendo enquanto causam mudanças nos sistemas elétricos e nas empresas de energia. Um relatório recente da consultoria EY aponta como esse processo está ocorrendo em diferentes mercados. No Brasil, onde a matriz elétrica é majoritariamente renovável, a aceleração da adoção de tecnologias de energia limpa está criando novos desafios e oportunidades.

A transição energética não é um processo uniforme e linear. Pelo contrário, ela varia segundo o mercado, a tecnologia e o envolvimento dos consumidores. Quando a sociedade se transforma ou a tecnologia avança, o progresso não tem uma trajetória linear. Em vez disso, ele segue uma curva em formato de “S”, que não tem crescimento contínuo, e acaba sendo impulsionado pelo efeito positivo da própria mudança. 

À medida que a tecnologia melhora, atinge pontos de inflexão econômica com a redução de custos, o aumento das capacidades e a adesão dos consumidores aos novos padrões também cresce.

Principais aceleradores
A EY identificou três aceleradores principais que podem dinamizar essa mudança:

  1. Incentivo à mudança da “velha” para a “nova” energia:

Segundo o relatório, a adoção de políticas específicas e inovações tecnológicas são fundamentais para atingir metas de descarbonização mais rapidamente. No Brasil, as energias eólica e solar estão crescendo impulsionadas por medidas favoráveis e reduções nos custos de tecnologia. O estudo destaca que, globalmente, a energia verde dominará a produção até 2038, representando 62% do mix energético até 2050.

  1. Fortalecimento da cadeia de valor de metais e minerais:

O relatório da EY afirma que a construção de novos ativos e infraestruturas energéticas requer abundantes recursos minerais como cobre, lítio e níquel. No Brasil, a mineração terá um papel fundamental na transição energética, e investimentos significativos serão necessários para suprir a demanda crescente.

  1. Atendimento das expectativas do consumidor de energia:

O envolvimento dos consumidores, tanto residenciais quanto industriais, diz o estudo, é essencial para o sucesso das transições energéticas. As empresas precisam oferecer soluções que sejam não apenas sustentáveis, mas também mais baratas. A adoção de veículos elétricos e tecnologias de geração distribuída, por exemplo, está transformando a relação entre consumidores e empresas de energia.

Impactos da transição energética no contexto brasileiro

A matriz elétrica do Brasil é composta por cerca de 84% de fontes renováveis, o que coloca o país entre os líderes globais em energia limpa. De acordo com o relatório anual da Global Electricity Review, o país se destaca no G20, formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, por ter a maior parcela de eletricidade limpa. No entanto, os impactos da transição energética estão trazendo novos desafios, como a integração das energias renováveis à rede, investimentos em Infraestrutura, além de regulamentação e políticas públicas.  

As respostas a esses desafios virão com investimentos em infraestrutura para garantir a estabilidade da rede elétrica, a modernização de linhas de transmissão e distribuição e leilões de energia e incentivos fiscais para garantir o crescimento do setor. Tecnologias de armazenamento de energia e sistemas de gerenciamento de rede também serão essenciais, de acordo com diferentes análises de especialistas do setor.

O cenário é desafiador, mas abre oportunidades para as empresas de energia expandirem seus portfólios de fontes renováveis. O caminho, diz o relatório da EY, deve passar por investimentos em novos projetos de fontes como a solar e a eólica, além da exploração de oportunidades em novas tecnologias como a do hidrogênio verde.

Segundo o estudo, serão fundamentais também o desenvolvimento de inovações em tecnologias de armazenamento para melhorar a estabilidade e a eficiência da rede e o engajamento dos consumidores.