Energia renovável

Investimentos em projetos de energia baterão recorde em 2024. Veja detalhes

Pela primeira vez, o investimento total em energia no mundo deve ultrapassar US$ 3 trilhões neste ano e, deste total, US$ 2 trilhões serão destinados para infraestrutura de energia limpa, segundo a última edição do relatório anual World Energy Investment da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). O Brasil também está no caminho dos ventos favoráveis. Análise da consultoria A&M aponta que o país deve receber aportes anuais de R$ 40 bilhões em projetos de energia solar, eólica, hidrogênio verde e biocombustíveis. 

O foco em tecnologias sustentáveis evidencia a necessidade urgente de enfrentar as mudanças climáticas e promover um futuro com menos emissões de carbono. Desde o período pré-Revolução Industrial, a temperatura média global subiu 1,1ºC e não pode ultrapassar 1,5°C, segundo o Acordo de Paris, assinado, em 2015, por 195 países que se comprometeram em limitar o aquecimento global.

Energia solar fotovoltaica tem destaque

De acordo com o relatório da IEA, os investimentos em energia solar fotovoltaica estão projetados para ultrapassar US$ 500 bilhões em 2024, superando a soma de todas as outras fontes de energia. Nos últimos dois anos, os custos dos painéis solares diminuíram em 30%, e os preços dos minerais e metais essenciais para a geração renovável também caíram drasticamente, especialmente os utilizados na fabricação de baterias.

Segundo a IEA, em 2023, cada dólar investido em energia eólica e solar gerou 2,5 vezes mais energia do que o mesmo valor aplicado nessas tecnologias há uma década. O estudo também indica que, em 2015, quando o Acordo de Paris foi assinado, o investimento combinado em energia nuclear e renovável era duas vezes maior do que o direcionado para a geração de energia fóssil. Em 2024, essa relação deverá ser de 10 para 1, com a energia solar assumindo a liderança na transformação do setor.

Metas de redução de emissões

O crescimento nos investimentos em energia limpa é sustentado por metas de redução de emissões, avanços tecnológicos, necessidades de segurança energética (especialmente na União Europeia) e um fator estratégico adicional: as principais economias estão implementando novas estratégias industriais para promover a fabricação de tecnologia de energia limpa e fortalecer suas posições de mercado. 

Nos Estados Unidos, o investimento em energia limpa está projetado para superar US$ 300 bilhões em 2024, 1,6 vezes o valor de 2020, e bem à frente dos gastos com combustíveis fósseis. A União Europeia investe atualmente US$ 370 bilhões em energia limpa, enquanto a China deverá investir quase US$ 680 bilhões em 2024, beneficiada por seu vasto mercado interno e pelo rápido crescimento nas chamadas “novas três” indústrias: células solares, produção de baterias de lítio e fabricação de veículos elétricos (EV).

Cenário brasileiro é de otimismo

O Brasil é um ator relevante no mercado global de energia limpa e também se destaca no cenário de investimentos verdes. O país tem sua matriz elétrica composta aproximadamente por 84% de fontes renováveis, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 

O estudo da consultoria A&M identifica motivos para o otimismo, como a abertura do Mercado Livre de Energia e a liderança dos investimentos puxada pela energia solar. Com a redução nos preços dos painéis e os subsídios disponíveis, tanto empresas quanto consumidores têm optado por essa alternativa, que já responde por quase 19% da geração de eletricidade (somadas as gerações distribuída e centralizada), de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O avanço na eficiência das tecnologias estão impulsionando o crescimento desse setor, tornando-o cada vez mais acessível para consumidores residenciais, comerciais e industriais.

Potencial de crescimento e modernização

As outras fontes renováveis também têm potencial de crescimento ou de modernização na infraestrutura instalada, como o caso das hidrelétricas, que representam cerca de 55% da matriz energética nacional. Apesar da maturidade do setor, ainda existem oportunidades para modernizar as usinas existentes e adotar novas tecnologias, como a geração distribuída e o armazenamento de energia, aponta o estudo.

Potencial significativo, especialmente na região Nordeste, apresenta a energia eólica, que tem mostrado um crescimento acelerado no Brasil. A instalação de projetos de energia eólica modernos e eficientes, juntamente com a expansão da infraestrutura de transmissão, está elevando a competitividade dessa fonte renovável. O mercado espera pela regulamentação da energia eólica offshore, gerada em alto-mar, que deve impulsionar ainda mais o setor. 

O levantamento também aponta a produção de Hidrogênio Verde e de biocombustíveis como uma expectativa que deve se cumprir em breve e uma realidade estabelecida que deve passar por novo crescimento com o desenvolvimento de novas tecnologias.

Abertura do Mercado Livre de Energia

A abertura do Mercado Livre de Energia mencionada na análise da consultoria A&M ocorreu em janeiro de 2024, quando todos os consumidores com tensão de fornecimento maior ou igual a 2,3 quilovolts (kV) passaram a poder escolher comprar eletricidade no ambiente de contratação livre. No caso dos consumidores ligados à alta tensão com demanda menor que 500 kW, é preciso contratar o serviço de um comercializador varejista. É ele que vai representar a empresa na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e realizar as transações no mercado livre segundo o que foi firmado no contrato. 

Geradora e comercializadora de energia no mercado livre, a AES Brasil também oferece aos seus clientes a possibilidade de contratar energia já com certificação de origem de fonte renovável. Conhecidos como RECs, são documentos rastreáveis que comprovam para clientes, mercado e plataformas de certificação ambiental o uso de energia mais limpa pela empresa consumidora. Tem interesse em migrar para o Mercado Livre de Energia? Acesse a nossa página.

Em 5 meses de 2024, migração para Mercado Livre de Energia já superou o ano todo de 2023

As migrações para o Mercado Livre de Energia nos cinco primeiros meses de 2024 já superam as registradas em todo o ano passado, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Entre janeiro e maio deste ano, a entidade contabilizou a entrada de 8.936 novos consumidores no mercado livre, um aumento de 21% em relação ao total de novos clientes de 2023. Este crescimento reflete a busca por maior eficiência e flexibilidade na contratação de energia por parte de indústrias e empresas.

O movimento de migração acelerado é, em sua maioria, resultado da flexibilização dos critérios de acesso a partir de janeiro deste ano.  A abertura do Mercado Livre de Energia para todos os consumidores com tensão de fornecimento maior ou igual a 2,3 quilovolts (kV) provocou uma intensa onda de migrações. Antes, esse mercado era acessível apenas a consumidores de grande e médio porte, como indústrias, enquanto os consumidores de alta tensão com cargas mais baixas eram obrigados a comprar energia das distribuidoras do mercado regulado. 

Expectativa de crescimento

Atualmente, o mercado livre representa 38% do consumo total de energia elétrica no Brasil, e a expectativa é que esse percentual aumente nos próximos meses. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cerca de 25,2 mil consumidores já comunicaram às distribuidoras sua intenção de migrar para o Mercado Livre de Energia ao longo de 2024, indicando um cenário de expansão. Além disso, 1.950 pedidos já foram registrados para 2025, conforme a Aneel.

Os estados das regiões Sul e Sudeste continuam liderando o ranking de migrações. Em maio, São Paulo (626 migrações), Rio Grande do Sul (218) e Rio de Janeiro (169) foram os estados com maior número de novos consumidores. No entanto, também houve aumento significativo em estados das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, como Bahia, Pará, Pernambuco, Ceará, Goiás e Mato Grosso. No mesmo mês, os setores com maior número de migrações foram Serviços (456), Comércio (419) e Manufaturados Diversos (215), evidenciando a diversificação dos perfis de consumidores que buscam as vantagens do mercado livre.

Melhorias nas regras de migração

Em proposta enviada ao órgão regulador, a CCEE sugere melhorias nas regras do segmento livre para facilitar o cadastro de novos consumidores e reduzir os requisitos de envio de dados de medição, permitindo migrações sem a necessidade de investimentos em novos equipamentos. Além disso, a modernização do modelo de troca de dados com o uso de APIs (Application Programming Interface) permitirá maior automação e agilidade nos serviços oferecidos.

À medida que mais empresas descobrem as vantagens do mercado livre, a tendência é que a participação desse segmento no consumo total de energia no país continue a crescer. A modernização das regras e a simplificação dos processos, aliadas ao avanço tecnológico, serão fundamentais para sustentar esse crescimento e garantir que cada vez mais consumidores possam se beneficiar da flexibilidade e eficiência oferecidas pelo Mercado Livre de Energia.

O que é um comercializador varejista? 

Segundo os dados da CCEE, quase 74% das migrações para o mercado livre foram facilitadas pelos comercializadores varejistas, que gerenciam contratos e assumem riscos inerentes à compra e venda de energia. Esse suporte é fundamental para simplificar a entrada das empresas sem burocracia e de forma mais segura nesse mercado.

Na AES Brasil, por exemplo, a partir de uma análise do perfil de consumo da empresa, da sazonalidade e da tarifa do uso da distribuição local, é possível desenhar contratos sob medida para as necessidades do consumidor. Também são definidas estratégias para a contratação de energia da forma mais eficiente e vantajosa para o tipo de negócio do cliente. 

Algumas geradoras, como a AES Brasil, também oferecem a possibilidade de contratar energia 100% renovável e já certificada. Conhecidos como RECs, os certificados de energia renovável são documentos rastreáveis e comprovam para clientes, mercado e plataformas de certificação ambiental o uso pela empresa de energia de fontes mais limpas.

Sua empresa atende aos requisitos e tem interesse em migrar para o Mercado Livre de Energia? Acesse nossa página.

Com recorde de capacidade em 2023, conheça o cenário da energia eólica no mundo

A capacidade instalada de energia eólica no mundo atingiu um novo recorde em 2023, com um acréscimo de 117 gigawatts (GW), o que representa um aumento de 50% em relação ao ano anterior. De acordo com relatório da Global Wind Energy Council (GWEC), 2023 foi o melhor ano da história para essa indústria. A marca, ressalta o estudo, reflete avanços tecnológicos, políticas governamentais favoráveis e um aumento significativo no investimento em infraestrutura sustentável. 

Quando se considera o desempenho dos países, o Brasil aparece em terceiro lugar, atrás de China e EUA e seguido por Alemanha e Índia. Juntos, esses países representaram 82% das novas instalações globais em 2023, resultado 9% superior ao ano anterior.

Se for considerado o recorte por mercados, o relatório destaca que o crescimento foi impulsionado por China, União Europeia, Estados Unidos, Índia e Brasil. Nosso país se destaca como o principal mercado na América Latina, segundo o GWEC. 

Pelo terceiro ano consecutivo, o país alcançou um novo recorde em energia eólica, atingindo 4,8 GW de capacidade nova instalada. São mais de mil parques eólicos em operação, superando 30 GW de instalações totais, diz o relatório. Atualmente, as fontes renováveis representam mais de 84% da  matriz elétrica brasileira, colocando o país como referência internacional em energia limpa.

No Brasil, destaca o documento, a energia eólica “foi reconhecida pelos ministérios do governo como um vetor para a nova economia energética, endossada por importantes ministérios, como o de Minas e Energia (MME), o da Fazenda e o do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior”.

Nova economia energética

Segundo o relatório, governos ao redor do mundo têm implementado políticas públicas para impulsionar o mercado de energia eólica. Incentivos fiscais, subsídios e metas de energia renovável têm sido fundamentais para atrair investimentos. O Green Deal da União Europeia, por exemplo, visa tornar o continente neutro em carbono até 2050 – uma oportunidade para o setor de energia eólica no mundo avançar ainda mais. 

As novas tecnologias também são um dos motores do desenvolvimento do mercado de energia eólica no mundo. Turbinas mais eficientes e maiores, com potências de até 15 megawatts (MW), estão sendo instaladas, aumentando a produção de energia e reduzindo os custos. Além disso, a digitalização e o uso de inteligência artificial para monitoramento e manutenção das turbinas têm melhorado a eficiência operacional.

Desafios e oportunidades do mercado de energia eólica

Apesar dos resultados positivos, o setor enfrenta desafios como a necessidade de modernização das redes elétricas, questões regulatórias e a competição por locais adequados para a instalação de complexos eólicos. No entanto, há também oportunidades significativas, especialmente para eólicas offshore, ou seja, em alto-mar, que têm grande potencial devido aos ventos mais fortes e constantes no mar.

No Brasil, no final do ano passado, a Câmara aprovou o texto do Marco Regulatório para a construção e exploração das usinas eólicas offshore. O texto, que foi para o  Senado, permite a outorga das áreas em alto-mar, a até 370 km da costa, por meio de autorização ou concessão do Governo Federal.

O relatório prevê que a capacidade de energia eólica no mundo poderá continuar crescendo de forma robusta nos próximos anos. Esse crescimento será impulsionado por uma combinação de inovação tecnológica, políticas públicas de incentivo ao setor e um crescente compromisso global com a transição para uma energia mais limpa e sustentável.

AES Brasil produz energia 100% renovável

Limpa e sustentável, a energia eólica é um caminho fundamental no Brasil para a descarbonização da economia. Com expectativa de crescimento, o setor é garantia da segurança energética nacional. 

No país, a AES Brasil tem 25 anos de experiência produzindo energia 100% de fontes renováveis. Além disso, é referência no setor elétrico quando o assunto é ESG, sendo a única empresa de utilities da América Latina com score “AAA” pelo MSCI ESG Rating. O mesmo cuidado se reflete nas iniciativas para reduzir os impactos de sua atuação. Desde 2020, a corporação neutraliza, anualmente, as emissões de CO2 provenientes da sua produção. Em 2022, neutralizou 100% das emissões históricas de gases de efeito estufa – considerando todo o período de operações desde 1999.

Entenda como funciona o mercado de créditos de carbono e como eles são gerados

Como funciona o mercado de créditos de carbono? Se você já se fez essa pergunta, é importante saber que esta é uma das principais ferramentas para a mitigação dos impactos causados pelas mudanças climáticas. Ao longo dos últimos 25 anos, esse mercado evoluiu e passou a desempenhar papel cada vez mais relevante nos esforços para descarbonizar a economia mundial e conter o aumento da temperatura global. Cada tonelada de gases de efeito estufa (GEE) que deixou de ser lançada na atmosfera pode ser convertida em um crédito de carbono.

Em 1997, o Protocolo de Kyoto estabeleceu metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos. O acordo internacional introduziu os primeiros créditos de carbono, que poderiam ser utilizados para cumprir parte dessas metas. 

Nos anos 2000, essa ferramenta evoluiu. Surgiram, então, entidades de padronização, que deram garantia de qualidade e supervisão ao chamado mercado voluntário de compensação de emissões – aquele ainda não regulado pelos países. 

Nesse período, foram criadas as agências de classificação, plataformas de negociação de carbono, provedores de dados e gestores de investimentos especializados, que aumentaram a liquidez, a transparência e a confiança no mercado.

A COP-26, a cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), em Glasgow, em 2021, definiu que os mercados voluntários e obrigatórios passariam a coexistir e convergir. Assim, surgiram regras e padrões comuns para a medição, a contabilidade e a elaboração de relatórios sobre as transferências. 

De acordo com uma análise produzida pela Bloomberg em parceria com a Carbon Growth Partners, a expectativa é que o setor passe por uma expansão sem precedentes. Ela deve vir acompanhada por um aumento nos preços do crédito de carbono à medida que compromissos mais ambiciosos de redução de emissões são assumidos e os mercados convergem.

Dados da consultoria Systemica reforçam esse prognóstico: o mercado deve experimentar um crescimento contínuo. O desempenho do setor é um bom indicativo. As emissões de créditos de carbono no mundo cresceram cerca de 4% no primeiro trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023. 

Desde o início de 2024, foram emitidas 91 milhões de toneladas de CO2 equivalente em novos ativos, com o estoque global de carbono atingindo 830 milhões de toneladas de CO2 equivalente em créditos disponíveis. Esses números refletem o aumento da demanda por soluções de compensação de emissões e são uma boa notícia para o Brasil, que pode ter  papel crescente neste cenário.

Como gerar créditos de carbono?

Conheça alguns tipos de projetos que geram créditos de carbono, suas características e benefícios:

Energia

Fazem parte dessa categoria os projetos que substituem combustíveis fósseis por fontes de energia renovável – eólica e solar, por exemplo. Eles são particularmente importantes nos países menos desenvolvidos, onde a geração de energia por combustíveis fósseis ainda é a principal.

Existem também projetos que promovem eficiência energética, por exemplo: investimentos em dispositivos domésticos mais eficientes, como fogões mais limpos, biogás renovável e a redução de emissões de metano de aterros e o gerado pelo gado. 

Conservação da Natureza

Incluem a proteção de ecossistemas naturais e a implementação de melhores práticas agrícolas. Esses projetos são considerados as soluções mais escaláveis para a redução das emissões causadas por desmatamentos e degradação florestal (REDD+), especialmente nas florestas, manguezais e pastagens do Sudeste Asiático, África e América Latina.

Florestas

Esses projetos incluem a restauração de áreas naturais degradadas, florestas de produção, terras agrícolas e ecossistemas costeiros, como os manguezais. 

Soluções Tecnológicas

Abrange conceitos em estágio inicial de desenvolvimento, como a geoengenharia ou a alteração da alcalinidade dos oceanos. Os projetos que fazem parte dessa categoria incluem também a captura e o armazenamento de ar direto, a bioenergia com captura e armazenamento de carbono.

Potencial do Brasil é um dos maiores 

O Brasil possui um grande potencial para se destacar no mercado global de créditos de carbono, especialmente devido às grandes áreas de florestas tropicais e diferentes ecossistemas. O país é um dos principais beneficiários de projetos de redução das emissões de desmatamento e degradação florestal (REDD+). Além disso, iniciativas de restauração florestal e conservação de biodiversidade podem gerar uma quantidade substancial de créditos de carbono, contribuindo para a proteção de ecossistemas vitais e o combate às mudanças climáticas.

A AES Brasil realiza projetos que não apenas reduzem emissões, mas também promovem o desenvolvimento sustentável. A companhia gera energia 100% renovável, com parques eólicos que emitem créditos de carbono. Em 2022, a empresa comercializou esses créditos pela primeira vez. Quer saber mais sobre o mercado de carbono. Acesse nosso site.

Mercado Livre de Energia ganha maior adesão com pequenos negócios. Entenda!

O Mercado Livre de Energia do Brasil alcançou um marco expressivo no primeiro trimestre de 2024, com um aumento recorde no número de migrações — entre janeiro e março, foram 5.360 novos consumidores – 3 vezes mais do que no mesmo período de 2023, e mais do que o total de migrações de todo o ano de 2022.

Dados mais recentes da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) indicam que, de janeiro a abril, já são 7.152 novos consumidores que ingressaram no mercado livre, o que representa 97% de todas as adesões de 2023. Desse universo, mais de 70% dos clientes são da modalidade varejista, especialmente pequenos negócios.  

Abertura de mercado

A abertura do Mercado Livre de Energia desde janeiro de 2024 para todos os consumidores com tensão de fornecimento maior ou igual a 2,3 quilovolts (kV) provocou uma intensa aceleração no ritmo de migrações. As regiões Sudeste e Sul encabeçam o ranking, com São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul no topo da lista. Os setores de comércio, serviços e manufaturados diversos foram os mais representativos nesse movimento de migração.

Antes, esse mercado era acessível apenas a consumidores de grande e médio porte, como indústrias, enquanto os consumidores de alta tensão com cargas mais baixas eram obrigados a comprar energia das distribuidoras do mercado regulado. 

Vantagens do Mercado Livre de Energia

Os clientes no Mercado Livre de Energia têm uma série de vantagens, pois podem  negociar diretamente com o fornecedor todos os aspectos do contrato, desde valores, sazonalidades, até o tipo de fonte geradora. 

Os contratos de energia para empresas são mais flexíveis nesse mercado e personalizados conforme as demandas de cada negócio. Preços e índices de reajuste anual são definidos na hora da contratação, o que permite aos pequenos negócios terem maior previsibilidade nos gastos com energia. 

O Mercado Livre de Energia representa 38% do consumo total de energia elétrica no Brasil. Esse número deve continuar a crescer nos próximos meses. Aproximadamente 23,8 mil consumidores informaram às distribuidoras sobre o desejo de migrar para o ambiente de contratação livre (ACL) em 2024. Além disso, 880 pedidos já foram registrados para 2025, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Até 2030, o ACL terá uma participação de 44% da carga total do Sistema Interligado Nacional, com estimativa de crescimento anual de um ponto percentual, de acordo com projeção da consultoria Thymos Energia. 

O que é um comercializador varejista? 

Com um comercializador varejista, a empresa migra sem burocracia e de forma mais segura, pois passa a contar com especialistas em Mercado Livre de Energia nas transações de contratação de energia e nos trâmites com a CCEE. Na AES Brasil, por exemplo, a partir de uma análise do perfil de consumo, da sazonalidade e da tarifa do uso da distribuição local, é possível desenhar contratos sob medida para as necessidades do consumidor. Também são definidas estratégias para a contratação de energia da forma mais eficiente e vantajosa para o tipo de negócio do cliente. 

Algumas geradoras, como a AES Brasil, também oferecem aos seus clientes a possibilidade de contratar energia já com certificados de energia renovável. Conhecidos como RECs, são documentos rastreáveis e comprovam para clientes, mercado e plataformas de certificação ambiental o uso de energia renovável pela empresa.
Sua empresa atende aos requisitos e tem interesse em migrar para o Mercado Livre de Energia? Acesse nossa página.


Entenda quais são os impactos da transição energética para o sistema elétrico e as empresas de energia

Os impactos da transição energética global estão crescendo enquanto causam mudanças nos sistemas elétricos e nas empresas de energia. Um relatório recente da consultoria EY aponta como esse processo está ocorrendo em diferentes mercados. No Brasil, onde a matriz elétrica é majoritariamente renovável, a aceleração da adoção de tecnologias de energia limpa está criando novos desafios e oportunidades.

A transição energética não é um processo uniforme e linear. Pelo contrário, ela varia segundo o mercado, a tecnologia e o envolvimento dos consumidores. Quando a sociedade se transforma ou a tecnologia avança, o progresso não tem uma trajetória linear. Em vez disso, ele segue uma curva em formato de “S”, que não tem crescimento contínuo, e acaba sendo impulsionado pelo efeito positivo da própria mudança. 

À medida que a tecnologia melhora, atinge pontos de inflexão econômica com a redução de custos, o aumento das capacidades e a adesão dos consumidores aos novos padrões também cresce.

Principais aceleradores
A EY identificou três aceleradores principais que podem dinamizar essa mudança:

  1. Incentivo à mudança da “velha” para a “nova” energia:

Segundo o relatório, a adoção de políticas específicas e inovações tecnológicas são fundamentais para atingir metas de descarbonização mais rapidamente. No Brasil, as energias eólica e solar estão crescendo impulsionadas por medidas favoráveis e reduções nos custos de tecnologia. O estudo destaca que, globalmente, a energia verde dominará a produção até 2038, representando 62% do mix energético até 2050.

  1. Fortalecimento da cadeia de valor de metais e minerais:

O relatório da EY afirma que a construção de novos ativos e infraestruturas energéticas requer abundantes recursos minerais como cobre, lítio e níquel. No Brasil, a mineração terá um papel fundamental na transição energética, e investimentos significativos serão necessários para suprir a demanda crescente.

  1. Atendimento das expectativas do consumidor de energia:

O envolvimento dos consumidores, tanto residenciais quanto industriais, diz o estudo, é essencial para o sucesso das transições energéticas. As empresas precisam oferecer soluções que sejam não apenas sustentáveis, mas também mais baratas. A adoção de veículos elétricos e tecnologias de geração distribuída, por exemplo, está transformando a relação entre consumidores e empresas de energia.

Impactos da transição energética no contexto brasileiro

A matriz elétrica do Brasil é composta por cerca de 84% de fontes renováveis, o que coloca o país entre os líderes globais em energia limpa. De acordo com o relatório anual da Global Electricity Review, o país se destaca no G20, formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia, por ter a maior parcela de eletricidade limpa. No entanto, os impactos da transição energética estão trazendo novos desafios, como a integração das energias renováveis à rede, investimentos em Infraestrutura, além de regulamentação e políticas públicas.  

As respostas a esses desafios virão com investimentos em infraestrutura para garantir a estabilidade da rede elétrica, a modernização de linhas de transmissão e distribuição e leilões de energia e incentivos fiscais para garantir o crescimento do setor. Tecnologias de armazenamento de energia e sistemas de gerenciamento de rede também serão essenciais, de acordo com diferentes análises de especialistas do setor.

O cenário é desafiador, mas abre oportunidades para as empresas de energia expandirem seus portfólios de fontes renováveis. O caminho, diz o relatório da EY, deve passar por investimentos em novos projetos de fontes como a solar e a eólica, além da exploração de oportunidades em novas tecnologias como a do hidrogênio verde.

Segundo o estudo, serão fundamentais também o desenvolvimento de inovações em tecnologias de armazenamento para melhorar a estabilidade e a eficiência da rede e o engajamento dos consumidores.


Indústria química brasileira avança com soluções sustentáveis e pode liderar ‘produção verde’ 

Em um cenário em que as importações seguem causando impacto, a indústria química brasileira teve um papel significativo na economia nacional em 2023. O setor, que tem no processo de descarbonização e nas soluções sustentáveis uma oportunidade de protagonismo, representa 11% do PIB industrial, tem a terceira maior participação na indústria de transformação e ocupa a sexta posição no ranking das maiores indústrias químicas do mundo, de acordo com relatório da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). O faturamento líquido foi de US$ 167,4 bilhões — queda de 13,7% em relação a 2022.

O segmento de Químicos Industriais, que fabrica produtos para indústrias de diversas áreas, liderou o faturamento do setor em 2023, chegando a US$ 60 bilhões, seguido por Produtos Farmacêuticos com US$ 34 bilhões e fertilizantes com US$ 25,5 bilhões. Os volumes de produção apresentaram redução de 8,75% em comparação ao ano anterior e de 18% em relação a 2016, a maior queda da série histórica.

O saldo da balança comercial da indústria química teve uma diminuição de 25,4% em comparação ao ano anterior. O aumento de 3,5% nas importações e a redução de 9,5% nas exportações contribuíram para o declínio, impactado pelos preços baixos dos produtos importados.

Participação no Mercado Livre de Energia

A participação do setor no Ambiente de Contratação Livre (ACL) de energia elétrica é relevante, ocupando o quinto lugar, por ramo de atividade, e o quarto no consumo entre os segmentos industriais, atrás apenas dos setores de Metalurgia e Produtos de Metal, de Alimentos e de Minerais. 

Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o consumo do ramo de Químicos foi afetado negativamente (-1,7%) devido a uma menor taxa de produtividade, impactada pelo aumento das importações. 

Desempenho sólido

Apesar dos desafios enfrentados com a concorrência de produtos importados e o déficit na balança comercial, o desempenho da indústria química brasileira em 2023 foi sólido. O setor é o maior arrecadador de tributos federais, contribuindo com R$ 30 bilhões, o que representa 13,1% do total arrecadado pela indústria.

Os investimentos também foram significativos, com US$ 1,4 bilhão programado até 2027. Isso será importante para manter a competitividade e fomentar a inovação, especialmente em um cenário global onde a descarbonização e as soluções sustentáveis, como a eficiência energética, ganham cada vez mais importância.

Química verde e potencial da bioeconomia

A necessária transição para uma economia mais sustentável e para a descarbonização é um caminho inevitável. Com uma matriz energética predominantemente renovável, o Brasil tem a oportunidade de liderar no cenário global a química verde, que envolve o uso de matérias-primas renováveis, redução do consumo de água, maior eficiência energética e a reutilização de resíduos.

Empresas brasileiras estão na vanguarda desses processos, desenvolvendo produtos a partir de fontes sustentáveis. Os exemplos incluem a produção de álcool a partir da cana-de-açúcar e a fabricação de plásticos com eficiência máxima e desperdício mínimo.

As perspectivas para a indústria química brasileira são promissoras. A bioeconomia oferece um vasto potencial para o desenvolvimento de bioprodutos e biocompostos como soluções sustentáveis para substituir os produtos químicos tradicionais. A utilização de biomassa e recursos renováveis não apenas reduz a dependência de fontes fósseis, mas também diminui as emissões de carbono e promove a economia circular mais eficiente.

Para isso, é fundamental a criação e implementação de políticas públicas que incentivem a inovação, a sustentabilidade e ações climáticas, assegurando que a indústria química brasileira continue a crescer e a contribuir significativamente para a economia do país. É preciso que essas medidas acompanhem o caminho da transição.

Melhorar a oferta de gás natural a preços competitivos, expandir a matriz energética limpa e viabilizar a produção de hidrogênio verde são algumas das medidas necessárias. A implementação delas poderá posicionar o Brasil como um líder global na indústria química sustentável. Os reflexos serão sentidos positivamente nas demais cadeias de produção e de setores da economia. 


Custo de energia: mercado livre gera economia recorde para consumidores

O Mercado Livre de Energia propiciou uma economia anual recorde aos consumidores de R$ 48 bilhões, em 2023. Esse resultado foi impulsionado por um consumo no ano de 26.270 MW médios, marca inédita. Desde sua criação, em 2003, os ganhos acumulados no custo de energia chegam a R$ 339 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).

No Mercado Livre de Energia, os consumidores têm a liberdade de escolher seu fornecedor e negociar diretamente as melhores condições de custo de energia e prazo, por exemplo. Diferentemente do mercado regulado, no qual os consumidores estão sujeitos às tarifas e condições estabelecidas pelas distribuidoras de energia, o mercado livre oferece flexibilidade e competitividade. Essa dinâmica resulta em preços mais baixos e condições personalizadas, adaptadas ao perfil de consumo de cada cliente.

A economia com energia recorde de R$ 48 bilhões e o consumo médio anual de 26.270 MW, em 2023, refletem o interesse crescente dos consumidores em migrar para o mercado livre com condições mais favoráveis e preços mais competitivos. Segundo a Abraceel, o crescimento de unidades consumidoras de energia nesse mercado foi de 23% em relação a 2022.

Um estudo da Abraceel aponta que, entre 2015 e 2022, a “inflação da energia” foi de 70% no mercado regulado para consumidores residenciais. No mercado livre, os preços tiveram alta de apenas 9% nos últimos oito anos. Nesse período, o IPCA teve um aumento de 58%. Os números consideram a redução no valor da tarifa resultante da limitação de incidência do ICMS ocorrida em 2021.

Como economizar no custo de energia 

Desde janeiro, todos os consumidores com tensão de fornecimento maior ou igual a 2,3 quilovolts (kV) podem estar no mercado livre e escolher seu fornecedor de eletricidade. No caso dos consumidores ligados à alta tensão com demanda menor que 500 kW, é preciso contratar o serviço de um comercializador varejista, que vai atuar na contratação da energia no mercado livre, cuidar das transações comerciais definidas em contrato, além de representar a empresa consumidora na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Com um comercializador varejista, a empresa migra sem burocracia e de forma mais segura, pois passa a contar com especialistas em Mercado Livre de Energia. Na AES Brasil, a partir de uma análise do perfil de consumo, da sazonalidade e da tarifa do uso da distribuição local, é possível desenhar contratos sob medida para as necessidades do consumidor. Também são definidas estratégias para a contratação de energia da forma mais eficiente e vantajosa para o tipo de negócio do cliente.

Geradora e comercializadora de energia no mercado livre, a AES Brasil também oferece aos seus clientes a possibilidade de contratar energia já com certificação de origem de fonte renovável. Conhecidos como RECs, são documentos rastreáveis que comprovam para clientes, mercado e plataformas de certificação ambiental o uso de energia mais limpa pela empresa consumidora. Tem interesse em migrar para o Mercado Livre de Energia com a AES Brasil? Acesse nossa página e fale com nossos especialistas.


Como as redes inteligentes podem transformar o futuro do setor de energia

Redes elétricas inteligentes, ou smart grids, são o futuro do fornecimento de energia. Estes sistemas avançados, equipados com sensores, medidores inteligentes e comunicação, permitem a coleta instantânea e análise de dados, garantindo o monitoramento preciso do fluxo de eletricidade. 

Com essa tecnologia de ponta, é possível identificar padrões de consumo e prever demandas futuras. Além disso, elas otimizam a distribuição de energia, equilibram a carga de forma eficiente e detectam falhas com rapidez usando algoritmos de aprendizado de máquina.

Essa tecnologia, também chamada de redes elétricas 4.0, surge com a demanda por sistemas mais inteligentes e eficientes. São também reflexo do aumento das preocupações ambientais e da necessidade urgente de reduzir as emissões de carbono diante dos avanços das mudanças climáticas.

Os benefícios das smart grids para os consumidores são imediatos. Com a capacidade de monitorar o consumo de energia em tempo real e ajustar automaticamente o fornecimento, elas promovem eficiência energética e reduzem os custos para os usuários. Além disso, ao tornar a rede mais resiliente e capaz de lidar com interrupções, garantem um fornecimento mais confiável de eletricidade para residências e empresas.

Energias renováveis

Um dos principais avanços das redes inteligentes é sua capacidade de incorporar à rede elétrica fontes de energia renovável não despacháveis (consideradas intermitentes). Com o crescimento da geração de energia solar e eólica, por exemplo, as smart grids assumem um papel essencial na estabilização da rede, lidando com a intermitência dessas fontes de energia. Isso não apenas diminui a dependência de combustíveis fósseis, mas também impulsiona a transição para uma matriz energética mais sustentável e limpa.

Mercados como os da Ásia, dos Estados Unidos e da Europa já oferecem os benefícios das smart grids. Por exemplo, dispositivos de monitoramento e controle conectados a residências e edifícios comerciais permitem o gerenciamento inteligente do consumo de eletricidade, resultando em economias significativas de custos. 

Até 2027, estima-se que as redes inteligentes de energia elétrica possam gerar uma economia de custos na gestão energética de até US$ 125 bilhões, conforme indica um estudo realizado pela consultoria Juniper Research.

No Brasil, onde a energia elétrica representa uma parcela significativa da matriz energética, o Ministério de Minas e Energia já realizou um amplo estudo sobre o emprego das redes inteligentes e seus técnicos fizeram visitas a países como os Estados Unidos para conhecer e estudar as melhores formas de implantação do sistema. O futuro das redes elétricas bate à porta e promete trazer com ele um cenário mais verde e sustentável.

  


Como a autoprodução de energia impulsiona os contratos no mercado livre

Os projetos de autoprodução de energia solar e eólica aumentaram sua participação nos contratos de longo prazo no Mercado Livre de Energia em 2023. De acordo com um estudo da consultoria Clean Energy Latin America (CELA), o percentual passou de 70% do total, em 2022, para 86,9%, no ano passado.       

Segundo os dados da CELA, dos 23 contratos assinados em 2023, 20 são do modelo de autoprodução de energia no Ambiente de Contratação Livre, como também é chamado esse mercado. Essa modalidade permite que grandes consumidores, como indústrias, se tornem sócios na construção de uma usina que terá a geração destinada a atender sua demanda específica de energia elétrica.

O modelo de autoprodução proporciona ao cliente a isenção de alguns encargos, o que reduz o custo final de energia. Além disso, determinados projetos têm descontos de 50% nas tarifas de uso do sistema de distribuição.

Embora tenha havido queda no número total de contratos, em 2023, em comparação com o ano anterior — de 27 para 23 —, o volume de energia contratada cresceu 63%. O estudo aponta que os Power Purchase Agreements (PPAs) assinados no ano passado equivalem a 969 MWmédios. Em 2022, esse valor foi de 594 MWmédios.

As instituições financeiras tiveram papel fundamental para esses projetos, totalizando R$ 5,4 bilhões em financiamentos. Esse investimento é fundamental para viabilizar a implementação e expansão de infraestruturas de energia renovável no país.

Desde a primeira edição do relatório da CELA, em 2013, foram mapeados 140 PPAs de energia eólica e solar de longo prazo no ACL. Esses contratos representam uma capacidade instalada de 14,3 gigawatts (GW), contribuindo significativamente para a diversificação e descentralização da matriz energética brasileira. Do total de contratos mapeados, 86 são de fonte solar, enquanto 54 são de energia eólica.

Vantagens da autoprodução de energia

O crescimento dos projetos de autoprodução de energia elétrica reflete a transição para fontes limpas e sustentáveis, mas também a crescente conscientização sobre os benefícios econômicos e ambientais desse modelo de contratação. Além de reduzir os custos de energia a longo prazo, a autoprodução permite maior autonomia e segurança no abastecimento energético para os consumidores industriais, fortalecendo a resiliência do sistema elétrico nacional.

A expectativa do setor é que os investimentos em energia renovável continuem a crescer, impulsionando não apenas o desenvolvimento econômico, mas também a transição para um futuro energético mais sustentável e resiliente no Brasil.

O que são os PPAs

Os PPAs são contratos de longo prazo entre um cliente – geralmente empresas que necessitam de grandes quantidades de eletricidade – e uma geradora de energia elétrica de fonte renovável. Esse tipo de acordo comercial é feito com preços prefixados, por períodos que vão de cinco a vinte anos, o que pode representar economia substancial para o consumidor.   

Existem dois tipos de instalação para os PPAs, On-site e Offsite. Os PPAs On-site fornecem eletricidade para a rede interna do cliente a partir de uma instalação fotovoltaica no local. Com isso, o cliente deixa de consumir energia externa e obtém uma tarifa mais vantajosa.

Os PPAs Offsite, por sua vez, são contratos relacionados a uma instalação fotovoltaica ou a um parque eólico conectados à rede de energia elétrica regular da região. Assim, a energia fornecida ao consumidor vem de um projeto que se liga à rede. Essa modalidade é comum quando o cliente não tem condições ou espaço apropriados para a montagem de uma instalação local.