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Solar e eólica responderão por mais de 90% da expansão de geração de energia no Brasil em 2023

Levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aponta que 2023 será um ano de novo recorde de expansão na geração de energia elétrica no Brasil, com um aumento de 10,3 gigawatts (GW) de capacidade instalada. 

Se confirmado, esse deve ser o maior nível de expansão desde o início do acompanhamento pela agência, em dezembro de 1997, e mais de 90% desse aumento virá de fontes solares e eólicas – com destaque para estados como Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Norte.

Além da entrega de potência contratada em leilões passados, a demanda por energia mais barata e limpa impulsiona esse avanço e atrai o interesse de investidores. 

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), R$ 338 bilhões já foram investidos na construção de usinas solares fotovoltaicas no Brasil. O último balanço da Aneel, em março deste ano, indicava que 88 usinas solares e 120 eólicas estão entre as unidades em construção e que devem entrar em funcionamento este ano. 

A AES Brasil tem uma meta de expansão de geração focada em energias renováveis, mais especificamente em solar e eólica. No total, são 13 ativos em 7 estados brasileiros. 

Em energia solar, por exemplo, temos em operação os complexos solares Guaimbê e Ouroeste, em São Paulo, que somam 295,1 MW. No pipeline da empresa, há ainda 272 MW de capacidade instalada em projetos solares híbridos em fase de desenvolvimento na Bahia e no Rio Grande do Norte.

Na geração eólica, são sete ativos em operação, além de dois em construção. Estamos em fase final de obras dos complexos eólicos Tucano, na Bahia, que terá 322 MW de capacidade instalada, e Cajuína, no Rio Grande do Norte, com 684 MW de capacidade instalada. Tucano deve estar totalmente operacional até setembro, enquanto Cajuína já iniciou as operações dos primeiros aerogeradores no segundo trimestre de 2023, com previsão de estar 100% operacional até o primeiro semestre de 2024.

Breakdown portfólio de energia hídrica, solar e eólica

Por que a AES Brasil é referência no setor de energia quando o assunto é ESG

A pesquisa Global Reporting and Institutional Investor Survey da consultoria EY mostrou que os investidores estão atentos à responsabilidade social nos negócios. Entre os ouvidos, 78% disseram considerar importante os investimentos das empresas em práticas ESG (meio ambiente, social e governança, na sigla em inglês). 

Ainda segundo o relatório, 99% dos investidores usam as informações ligadas a ESG divulgadas pelas empresas como parte de suas decisões de investimento.

Um dos principais motivos do crescimento da agenda ESG no mundo dos negócios é a urgência em combater as mudanças climáticas. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC na sigla em inglês), há mais de 50% de chance de a temperatura global atingir ou ultrapassar 1,5°C entre 2021 e 2040. E, especificamente em um cenário de emissões extremamente altas, o mundo pode atingir esse limiar ainda mais cedo – entre 2018 e 2037. Nesse cenário, os maiores emissores terão de investir em novos processos e no custo de neutralizar suas emissões, ou podem perder espaço no mercado. 

O papel do setor de energia

Considerando que a matriz elétrica global é composta por menos de 40% de fontes renováveis e que, historicamente, tem menos de 30% de geração proveniente dessas fontes, de acordo com dados de 2022 da International Renewable Energy Agency (Irena), o setor de energia é uma peça chave na descarbonização das empresas. 

“Somos parte da solução para enfrentamento dos desafios globais relacionados ao clima. Todos os nossos esforços estão voltados à criação de soluções que atendam às necessidades dos clientes e contribuam efetivamente com a transição energética, apoiando sua descarbonização”, afirma Andrea  Santoro, gerente de ESG da AES Brasil.

A empresa trabalha com um portfólio de fontes de geração 100% renováveis desde o início de suas operações no Brasil, em 1999. “Nossas práticas ESG são sólidas, de forma que, no final de 2021, definimos nossos Compromissos ESG 2030, aprovados pelo Conselho de Administração da companhia. Essas práticas se refletem em alguns reconhecimentos que recebemos, como a nossa participação na carteira do ISE B3 pelo 16º ano consecutivo e o fato de sermos a única empresa do setor de energia da América Latina com a classificação AAA no MSCI ESG Rating, pelo segundo ano consecutivo”, pontua Andrea. 

A agenda dos Compromissos ESG 2030 da empresa definiu ações em três eixos prioritários, de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU:

  • Mudanças Climáticas 
  • Diversidade, Equidade e Inclusão 
  • Ética e Transparência

A AES Brasil apoia seus clientes em sua transição energética, superando o desafio de reduzir o consumo de combustíveis fósseis e aumentar o de renováveis. “Vemos cada vez mais as empresas definindo compromissos públicos relacionados à redução e neutralização de emissões de gases de efeito estufa, e os produtos da AES Brasil apoiam as empresas justamente a cumprir essas metas, por meio do consumo de energia renovável, I-RECs e créditos de carbono”, explica Andrea.

Responsabilidade corporativa

Em 2022, a AES Brasil alcançou, antecipadamente, sua meta de neutralização das emissões históricas de gases do efeito estufa desde o início das operações, em 1999. Ainda no pilar ambiental, a empresa realiza o Programa Mãos na Mata, cujo objetivo é restaurar florestas nativas da Mata Atlântica e do Cerrado no estado de São Paulo – já foram reflorestados 4.993 hectares e a meta é de mais 1.415 hectares até 2029.

Na relação com as comunidades vizinhas aos seus ativos, a empresa desenvolve, por meio do Programa AES Brasil Gera+, projetos de Inclusão Produtiva e Empreendedorismo, Segurança Hídrica, Educação e Proteção de Direitos. 

Andrea também destaca o trabalho de Diversidade, Equidade e Inclusão da companhia. “Aderimos ao Movimento Elas Lideram 2030 da Rede Brasil do Pacto Global e definimos a meta de termos no mínimo 30% de mulheres na alta liderança até 2025”. 

Ainda no foco de igualdade de gênero, a AES Brasil tem uma iniciativa pioneira: um Complexo Eólico operado 100% por mulheres, em Tucano (BA). O mesmo vai ocorrer em Cajuína (RN), outro complexo eólico em construção. Mulheres de ambos os estados receberam capacitação por meio de uma parceria da AES Brasil com o SENAI, em turmas do curso de Operação e Manutenção de Parques Eólicos formadas exclusivamente por mulheres. 

Conheça mais as práticas ESG no Relatório Integrado de Sustentabilidade 2022.

Leia na íntegra a pesquisa Global Reporting and Institutional Investor Survey da EY (em inglês).

Captura de carbono: Brasil pode se tornar um dos principais descarbonizadores do mundo

A transição energética para fontes limpas proporciona a redução de emissões e demanda um consumo mais consciente com a mesma eficiência. E as organizações comprometidas com a sustentabilidade têm vantagens competitivas no mercado, pois conquistam melhor reputação e transparência nas operações, que geram mais segurança para o investidor, além da fidelização de clientes que compartilham desses valores.  

De acordo com o 1º Relatório Anual de CCS (Captura e Armazenamento de Carbono), o Brasil tem o potencial de capturar mais de 190 milhões de toneladas de carbono por ano, provenientes da geração de energia de fontes fósseis, como petróleo e seus derivados, gás natural e carvão mineral. O potencial de implementação de projetos de captura de carbono no país está concentrado, principalmente, nos setores de energia e indústrias, que são os principais emissores de CO2 no mundo. 

“Embora o marco regulatório que apoia o armazenamento de captura de carbono no Brasil precise avançar, a pressão sobre as empresas internacionais continua, potencialmente reforçando as mesmas iniciativas no nosso país”, explica Thaís Dal Piaz, gerente de Inteligência de Mercado e Produtos da AES Brasil. 

A economia do baixo carbono

O objetivo principal é alcançar a neutralidade climática, por meio da transição energética, do incentivo a práticas de compensação de carbono, da substituição de matéria-prima e de adaptações estruturais para que os países alcancem o chamado Net Zero [abreviação de Net Zero Carbon Emissions], explica Thaís.

Embora muita gente ache que a pauta de mudanças climáticas está relacionada apenas ao meio ambiente, o tema é estratégico também para áreas como economia, tecnologia, comércio internacional, modelo energético e segurança hídrica. 

As pressões da Europa e dos Estados Unidos pela descarbonização e pelos objetivos ESG estão forçando as empresas ao redor do mundo, incluindo as brasileiras, a adotarem uma estratégia de baixo carbono em seu portfólio global. 

As empresas que adotam a agenda de descarbonização podem focar suas ações em dois tipos de benefícios: 

  • Benefícios físicos: As ações que trazem este tipo de benefício são aquelas focadas em diminuir os riscos que a mudança climática traz para as pessoas e o planeta, como elevação dos níveis dos oceanos, catástrofes climáticas e eventos extremos.
  • Benefícios institucionais: Aqui podemos incluir as ações focadas em minimizar os riscos para as transações comerciais em geral, como legislações mais restritivas, imposição de novas taxações e impostos e adoção de tecnologias disruptivas.  

Estratégias de descarbonização 

A descarbonização não se resume à substituição de fontes não renováveis (fósseis, como o petróleo) por energia solar, eólica ou biomassa. Thaís afirma que quaisquer soluções que visem à redução das emissões de gases de efeito estufa – como créditos de carbono, projetos de eficiência energética, hidrogênio verde e biocombustíveis – fazem parte desse processo. Dentre as soluções oferecidas pela AES Brasil, podemos destacar: 

Portfólio 100% renovável 

Investimos constantemente em tecnologia e inovação para fornecer aos nossos clientes energia a partir de fontes limpas. Nosso portfólio é composto por fontes 100% renováveis, sendo 51% da geração proveniente de fontes hídricas, 43% de eólicas e 6% de solares.

Créditos de Carbono

São certificados que comprovam a não emissão de CO2 por um país ou uma empresa. Cada uma tonelada de carbono não emitida na atmosfera equivale a um crédito de carbono. A geração de energia renovável e ações de reflorestamento estão entre os projetos que resultam em créditos de carbono. 

Esses créditos podem ser comercializados no mercado de carbono, regulado ou voluntário, e são um importante mecanismo para auxiliar empresas que têm metas de redução da emissão de gases poluentes. 

Em 2022, a AES Brasil iniciou a comercialização de créditos de carbono: foram mais de 465 mil créditos oriundos de fontes eólicas, lastreados nos Complexos Eólicos Mandacaru e Salinas.

Certificados de energia renovável

Comprovam o consumo de energia por fonte renovável, demonstrando o compromisso com o meio ambiente diante de importantes plataformas globais de certificação em sustentabilidade.No Brasil, são comercializados os Certificados Internacionais de Energia Renovável – também chamados I-RECs, do inglês “International Renewable Energy Certificate” – e o REC Brazil. Para os nossos clientes, também oferecemos o REC AES. Compare os tipos de certificados e saiba qual deles é ideal para sua empresa.

Nordeste: o pólo de produção de energia limpa do país

O Nordeste é o grande responsável pela geração eólica e solar fotovoltaica do país. A capacidade instalada da região, de 28,3 gigawatts (GW), representa 82,6% da energia solar e eólica nacional. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atualmente, a região concentra outros 76,2 GW de capacidade de geração eólica e solar já outorgada pela agência – ou seja, projetos autorizados, mas que ainda não possuem suas instalações confirmadas pelas empresas de energia.

A AES Brasil tem presença marcante no Nordeste e conta com uma equipe especializada, que busca entender o negócio das empresas locais e oferecer serviços customizados de acordo com a necessidade do cliente, das grandes indústrias aos consumidores menores. Há também alto interesse da companhia em contribuir para o desenvolvimento social e econômico dessa região do país.

Mas o potencial nordestino é ainda maior. Os estados da região somam 10 GW em projetos em fase de construção e 79,7% das novas instalações programadas para entrarem em operação no país, ainda segundo dados da Aneel. Esse cenário irá garantir ao Nordeste a hegemonia eólica e solar para a próxima década. Fatores naturais colocam a região na vanguarda da transição energética: 

  • Condições climáticas, com ventos intensos e constantes e altos níveis de radiação solar; 
  • Extensas áreas de terras propícias para a instalação de parques solares e eólicos, o que torna a energia renovável produzida no Nordeste uma das mais baratas do mundo;
  • Linhas de financiamento específicas que facilitam os investimentos na região. 

“Há uma complementaridade entre as fontes que ajuda a garantir a segurança do sistema elétrico. Com a característica da redução das chuvas no segundo semestre do ano, período seco do sistema, temos normalmente uma produção hidrelétrica menor, e é justamente neste período que os ventos são mais intensos, compensando com maior produção de energia eólica. Além disso, o Nordeste é conhecido por seus longos períodos de sol, apresentando um dos maiores índices de radiação solar do país, o que o torna um local de grande potencial”, aponta Almir Rogério Costa Sassaron, gerente de Planejamento Energético da AES Brasil.

Outros fatores que têm influenciado a expansão do Nordeste no setor são a queda significativa no custo de instalação de projetos de energia renovável nos últimos anos e o avanço da tecnologia de painéis fotovoltaicos e turbinas eólicas, explica Francisco Ricardo da Silva Pinto Filho, gerente de Projetos Renováveis da AES Brasil.

Mas não só. “Considerando que a energia elétrica representa grande parte do custo da eletrólise, o Nordeste brasileiro tem uma grande vantagem competitiva na produção de hidrogênio verde, pois tem uma das energias renováveis mais baratas do mundo e uma infraestrutura portuária propícia à exportação”, explica Francisco. A AES Brasil vê o hidrogênio como uma importante ferramenta para a descarbonização das operações de grandes indústrias como mineração, aviação e transporte.

Atenta à essa oportunidade, além dos investimentos em energia eólica, em 2022 a AES Brasil firmou um pré-contrato com o Complexo de Pecém, no Ceará, para um estudo de viabilidade da construção de uma planta com capacidade instalada inicial de produção de até 2 GW de hidrogênio verde e de até 800 mil toneladas de amônia verde por ano. 

Ativos da AES Brasil no Nordeste

A AES Brasil acredita no potencial do Nordeste para a geração de energia limpa e investimos na região como parte de nossa estratégia de ampliação do portfólio em ativos solares e eólicos. Já possuímos cinco complexos eólicos em operação: 

  • Ventus (RN)
  • Alto do Sertão II (BA)
  • Salinas e Mandacaru (CE)
  • Ventos do Araripe (PI)
  • Caetés (PE)

Temos ainda dois ativos em construção: os complexos eólicos Tucano (BA) e Cajuína (RN), que, juntos, terão capacidade instalada de 1 GW. Mantemos mais 272 MW de projetos solares em fase de desenvolvimento, localizados próximos aos parques de Cajuína, Tucano e Alto Sertão II, com o objetivo de hibridização e aproveitamento de sinergias operacionais.

Abertura do Mercado Livre e “Open Energy”: a oportunidade começa nos dados

O setor de energia elétrica passou por uma transformação com a abertura do mercado livre e a chegada da open energy. A possibilidade de as empresas escolherem seus fornecedores de energia e negociarem preços livremente se tornou um grande benefício para o segmento. 

Além disso, a open energy, que permite o controle mais preciso do consumo de energia em tempo real, é vista como uma solução importante aos clientes, que hoje não contam com essa exatidão e previsibilidade baseada em dados. 

A portabilidade dos dados também é outro destaque dessa mudança no setor energético: com ela, é possível transferir informações entre diferentes sistemas de gestão de energia elétrica, permitindo uma visão mais ampla e integrada da situação energética das empresas. Como todo cenário baseado em tecnologia, o uso dos dados possibilita decisões mais precisas e eficientes em relação ao consumo de energia.

A concorrência e a inovação também são essenciais para a melhoria do setor elétrico. As empresas que souberem aproveitar as oportunidades que surgiram com a abertura do mercado livre e o uso da open energy estarão em vantagem competitiva em relação àquelas que não se adaptarem às mudanças já em andamento.

Por isso, a abertura do mercado livre e a chegada da open energy vieram para transformar de vez o setor energético, oferecendo às empresas a possibilidade de escolher seus fornecedores de energia elétrica e de negociarem preços livremente. A portabilidade dos dados e a transferência de informações entre diferentes sistemas de gestão de energia elétrica proporciona uma visão mais ampla e integrada da situação energética das empresas, garantindo diferenciais competitivos em termos de gestão.

A era da evolução energética

A matriz energética global está passando por uma transformação significativa impulsionada pela tecnologia e a busca por alternativas mais limpas e eficientes. 

A substituição das fontes fósseis pelas fontes renováveis, como solar, eólica e hidrelétrica, tem sido uma das principais mudanças. As fontes são consideradas limpas por suas vantagens, como menor impacto ambiental e independência de combustíveis fósseis. 

Além disso, as inovações tecnológicas na área de armazenamento de energia, como as baterias de íon-lítio, estão acelerando ainda mais a adoção das fontes renováveis e tornando-as cada vez mais atraentes. Essas tecnologias, por sua vez, permitem o armazenamento da energia gerada em momentos em que a demanda é baixa para ser utilizada em períodos de alta. 

Para acompanhar essas mudanças, que estão apenas começando, é fundamental que a indústria de energia se adapte e inove para garantir um suprimento energético confiável, ao mesmo tempo em que se reduz o impacto ambiental e com emissões poluentes.

AES Brasil realiza projeto de inclusão produtiva e geração de renda em Botelhos

Alinhada a sua estratégia de sustentabilidade, a AES Brasil está promovendo um projeto de inclusão produtiva e geração de renda em Botelhos-MG.

A iniciativa visa oferecer capacitação técnica e auxiliar na comercialização de produtos feitos por mulheres em situação de vulnerabilidade social na cidade. Por meio deste projeto, as participantes recebem treinamentos para produzir e vender artesanatos, como bolsas, panos de prato e tapetes. Além disso, a AES Brasil oferece suporte para a divulgação dos produtos e até mesmo para a criação de uma marca própria.

O objetivo é contribuir para a melhoria da qualidade de vida de todas as mulheres e suas famílias, proporcionando uma fonte de renda e aumentando sua autoestima por meio do empreendedorismo. O projeto já beneficiou diversas famílias e segue em expansão na cidade.

ANEEL registra mais de 3,1 GW em pedidos de outorga para eólicas e solares

De acordo com publicação da primeira quinzena de maio de 2023, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) recebeu mais de 31 GW em pedidos de outorga para projetos de energia eólica e solar. 

Feitos no âmbito do leilão A-6, as solicitações têm como objetivo contratar projetos de geração de energia elétrica para operação a partir de 2026. Os dados da publicação apontam que os projetos fotovoltaicos somaram 27,8 GW, enquanto os projetos eólicos totalizaram 3,3 GW. Já em relação às localidades para implantação dos projetos, a região Nordeste liderou em número de pedidos, com 19,7 GW.

O resultado reforça o crescimento contínuo da energia renovável no país, além de contribuir para a diversificação da matriz energética brasileira e a redução das emissões de gases poluentes. O leilão está previsto para acontecer em setembro deste ano.

Hidrogênio: as oportunidades para o transporte rodoviário no Brasil

Recentemente, o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou um plano para promover a produção e uso do hidrogênio no Brasil, que contará com a criação de incentivos fiscais e de estudos para identificar as melhores formas de utilização desse combustível renovável. 

Uma das principais vantagens do uso do hidrogênio no transporte de cargas rodoviário é a redução das emissões de gases poluentes, além de contribuir para a sustentabilidade do setor de transporte. No entanto, a falta de infraestrutura para produção, armazenamento e distribuição do produto ainda é um dos principais desafios na adoção do hidrogênio como fonte de energia. 

Para viabilizar o uso do combustível em larga escala, será necessário investir em uma rede de abastecimento adequada, somado à necessidade de redução de seu custo, que ainda é elevado se comparado com os combustíveis fósseis.

Diante desses desafios, as iniciativas em pesquisa e desenvolvimento visam escalar a produção de hidrogênio limpo. Com o aumento da demanda global por H2V, o objetivo é abastecer veículos e iniciar exportações e acompanhar a tendência global, em que é previsto que os preços caiam à medida que a produção em larga escala se torne mais comum, posicionando o hidrogênio como de fato uma alternativa viável.

Mercado Livre: consumo de energia cresce 10,7% em 12 meses

De acordo com a Abraceel, o consumo de energia no Mercado Livre aumentou em 10,7% entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023. De acordo com o Boletim da Energia Livre, publicado pela Associação, o consumo do último mês chegou a 26.969 MW médios, já suficientes para abastecer todas as residências e comércios brasileiros, caso os consumidores do mercado cativo já pudessem escolher seu fornecedor. 

Já em unidades consumidoras, o Mercado Livre cresceu 17% no mesmo período, somando mais 4.609 UCs, o que resultou em 32.142 unidades consumidoras no Ambiente de Contratação Livre (ACL), agrupadas em 11.265 consumidores. Nesse dado, cada unidade consumidora equivale a um medidor de energia.

Ainda segundo o boletim publicado, o custo da energia, que compõe a tarifa elétrica, foi de R$ 278/MWh no mercado regulado, frente a R$ 100/MWh no ambiente livre, chegando a 64% de diferença entre ambos. O Mercado Livre se consolidou, também, como indutor das energias renováveis, com destaque para a absorção de 47% da energia gerada por eólicas e 53% por solares centralizadas. Ao todo, o mercado absorveu 53% da geração de energia consolidada de fontes renováveis, impulsionando a transição energética do país em larga escala. 

O ritmo de crescimento ACL reforça a crescente quantidade de consumidores habilitados a negociar livremente a compra de energia junto a qualquer fornecedor, comercializador ou gerador. Entre os fatores que justificam a expansão recente, estão os melhores preços oferecidos em relação ao mercado regulado, criação de novos produtos para consumidores livres e a expansão da contratação de usinas renováveis para abastecimento deste mercado. 

O ACL atualmente já responde por 40% da demanda nacional de energia,  mesmo com volume menor de consumidores, quando comparado aos 88 milhões do mercado cativo. 

A partir de 2024, com o impulso para estabelecimentos como padarias e pequenos comércios, espera-se um novo aumento na migração de consumidores para o Mercado Livre de energia, preparando, também, o país para um possível futuro cenário de migração dos demais clientes a partir de 2026. 

Fontes:

https://www.canalenergia.com.br/noticias/53245958/mercado-livre-consumo-de-energia-cresce-107-em-12-meses

https://www.bol.uol.com.br/noticias/2023/05/02/mercado-livre-de-energia-salta-30-no-1-tri-e-se-prepara-para-aceleracao-em-2024-diz-ccee.htm