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COP-27: as expectativas para o maior encontro mundial sobre mudanças climáticas

Com foco máximo em limitar o aumento da temperatura global a 1,5º, países discutem alternativas sustentáveis à emissão de gases causadores do efeito estufa

Iniciada no dia 6 de outubro no Egito, a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-27) é o encontro mais importante dos países para discussão do futuro do planeta e, neste ano de 2022, já parte de um consenso para definir as ações de combate ao aquecimento global: urgência. 

Sob o risco de não manter a meta acordada na última COP, em manter os esforços para limitar o aumento da temperatura do planeta em até 1,5º, lideranças das maiores economias mundiais, como China e Estados Unidos, devem apresentar metas de curto prazo que mitiguem os riscos causados pelas próprias e altas emissões de gases poluentes na atmosfera, como o dióxido de carbono. Outra expectativa da ONU é a obtenção de financiamento de países mais ricos, também considerados como chave no avanço do enfrentamento dos desafios do aquecimento global. A expectativa é que estes governos disponibilizem aproximadamente US$100 milhões anuais, enquanto o destino do recurso estará voltado ao apoio às nações mais pobres, cujas comunidades já estão sob os danos causados pelo efeito estufa.

Em um cenário em que 70% da economia global já se comprometeu com metas concretas para atingir a neutralidade de carbono conforme suas emissões, emergem novas oportunidades: a ascensão do mercado de carbono, por exemplo, é uma das grandes apostas em diversos países que ainda têm um caminho para percorrer na jornada net zero. Destaque na COP26, a alternativa de compra de créditos pode ajudar os países poluentes e com menos fontes de energia limpa a cumprir os planos de mitigação das mudanças climáticas. 

O novo mercado global de carbono aponta, ainda, como aliado às economias com potencial para se projetar na operacionalização destes créditos, como o Brasil. Com 65% de energia renovável, um estudo do ICC Brasil indica que a comercialização dos créditos pode trazer uma receita de até US$100 bilhões no país, além de contribuir diretamente com a consolidação de um modelo de geração de energia cada vez mais sustentável.

A importância da energia renovável no processo de descarbonização do planeta

Pressão por acelerar a neutralidade das emissões de carbono acelera investimentos em fontes alternativas de energia

Nos últimos dois anos, a economia mundial viu um aumento de 30% para 70% na definição de metas para atingir a neutralidade de carbono no curto e médio prazo. O aumento do comprometimento das nações com a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera demonstra a urgente demanda para a adoção de medidas claras de enfrentamento às mudanças climáticas, sobretudo evitar ao máximo o crescente aquecimento global.

A partir disso, novos e promissores investimentos e mercados surgem como alternativas para tangibilizar o cumprimento dos planos de mitigação das emissões de carbono até 2030. Entre elas está o financiamento climático, proveniente de países ricos e amplamente discutido desde a COP 26, com a finalidade de levantar recursos para iniciativas orientadas à eficiência energética, agricultura sustentável, adaptações às mudanças climáticas e energias renováveis.

Além dos fundos de financiamento, também emerge o mercado de carbono, em que instituições podem tanto adquirir certificações para compensar suas emissões, quanto comprar energia gerada por fontes renováveis. Outra área que avança como uma aposta do mesmo setor é a fabricação de hidrogênio verde, para que este seja uma fonte alternativa para descarbonização das operações industriais, ainda baseadas em combustíveis fósseis.

Tanto a geração quanto a comercialização de energia eólica e solar estão, portanto, no centro de um movimento já sem volta de descarbonização da matriz energética mundial. Além de impulsionar a saída de um modelo poluente e não sustentável, a transição energética atual favorece, também, o desenvolvimento econômico, ambiental e social simultaneamente, por meio da geração de novos empregos, preservação de biomas locais e alinhamento das organizações às metas globais definidas pela ONU até 2030.

AES Brasil assina pré-contrato para produzir hidrogênio verde no Complexo do Pecém

Construção de fábrica com potencial de produção de até 2 GW de hidrogênio e amônia verdes reforça compromisso com soluções inovadoras e sustentáveis

No último mês, a AES Brasil realizou mais um importante avanço em sua participação na jornada da descarbonização da matriz energética mundial: a assinatura de um pré-contrato para viabilização de estudos técnicos e comerciais com o objetivo de montar sua primeira unidade fabril para produção de hidrogênio e amônia verdes. 

O novo projeto tem como objetivo atingir a capacidade de até 2 GW de H2V e 800 mil toneladas de amônia por ano, sendo o terminal de Pecém um ponto estratégico para a exportação dos produtos para outros países, especialmente para atender à demanda já vigente da Europa.

Fabricado com energia 100% renovável, a exportação dos chamados combustíveis verdes irá favorecer ainda mais os clientes da AES Brasil em sua transição energética. Além de neutralizar suas emissões de gases que provocam efeito estufa ao consumir energia proveniente de fontes limpas, os parceiros também passarão a contar com uma nova opção de suprimento energético sustentável para abastecer as mais variadas operações a preço competitivo. 

A oferta de novos produtos como H2V também representa uma nova opção para a descarbonização de indústrias siderúrgicas e de fertilizantes, na medida em que também pode ser usado como produto químico por estes segmentos. 

É com a consolidação deste mercado no médio e longo prazo que o Brasil já representa o potencial para liderar mundialmente tanto a produção quanto a exportação de hidrogênio verde. Por isso, a regulamentação e o desenho de novas políticas públicas são alguns dos desafios atualmente endereçados, voltados ao desenvolvimento de toda a sua cadeia de infraestrutura.

Fontes

https://fullenergy.grupomidia.com/aes-brasil-assina-pre-contrato-com-o-complexo-de-pecem-para-producao-de-hidrogenio-e-amonia-verdes/ https://ri.aesbrasil.com.br/show.aspx?idMateria=YI54tCpErUby8DToujkB3A==

Turbinas eólicas com o sol nascendo atrás

Energia solar e eólica lideram expansão energética em 2023

Crescimento da demanda por fontes de energia limpa amplia diversificação da matriz elétrica brasileira

Segundo levantamento realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a perspectiva energética no Brasil em 2023 é de um cenário com aumento significativo da participação das fontes renováveis: dos 12,14 GW previstos, 10,97 GW será proveniente de fontes solar e eólica, representando 90% do aumento da geração projetada para o período. 

Entre os fatores que favorecem o ritmo acelerado da transição energética no país, está o avanço da energia solar em 2022. De acordo com o estudo realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), com 16,4 GW de capacidade instalada, a fonte já se tornou a terceira maior da matriz elétrica, ultrapassando termelétricas a gás natural e biomassa, ficando atrás apenas das hídricas e eólicas. Além da ampliação das fontes renováveis no Brasil, o crescimento do setor na última década também representa investimentos na ordem de R$ 86,2 bilhões, 479,8 mil novos empregos e 23,6 milhões de toneladas de CO2 evitadas na geração de eletricidade.

A alta incidência de sol e vento, recursos naturais abundantes em diversas regiões do Brasil para geração solar e eólica on e offshore, somados aos esforços conjuntos de empresas de variados segmentos para corresponder às demandas por melhores práticas ambientais, sociais e de governança corporativa também são diferenciais para atrair os investimentos estrangeiros para ambos os setores, levando ao desenvolvimento econômico e sustentável de toda cadeia envolvida.

Este movimento de expansão já é um caminho sem volta: segundo estudo publicado pela Agência Internacional de Energia (IEA), até 2026, o crescimento das fontes renováveis pode chegar a 60% no mundo, sendo naturalmente liderado por solar e eólica, que responderão por aproximadamente 95% do aumento de capacidade. Torna-se evidente, portanto, o potencial do Brasil para contribuir diretamente com estes avanços, bem como os desafios em escala mundial, como atingir a neutralidade de carbono até 2050.

Fontes consultadas:

https://www.absolar.org.br/noticia/2022-o-melhor-ano-da-energia-solar-no-brasil/ 
https://www.iea.org/reports/renewables-2021

Hidrogênio é aposta na transição para baixo carbono

Mais de 15 países já apresentaram planos de longo prazo para investimento na cadeia do hidrogênio verde até 2030

Com a necessidade de desenvolvimento de novas tecnologias para a descarbonização de nossa economia mundial, o hidrogênio verde assume um papel cada vez mais importante como fonte alternativa de eletricidade. A partir da promissora estratégia chamada de “electrify everything”, ou seja, “eletrificação de tudo”, países com metas ambiciosas de neutralização de suas emissões até 2030 apostam no uso da energia a partir de fontes renováveis visando a substituição definitiva da queima de combustíveis fósseis.

Entre os exemplos mais comuns, estão os carros elétricos, a fim de substituir veículos movidos à gasolina. Contudo, quando o conceito é ampliado para outras áreas, setores da indústria que buscam descarbonizar suas operações por completo já encontram desafios maiores para eletrificar atividades baseadas na queima de combustíveis. Em casos de processos industriais ou transportes pesados, não é viável o uso de baterias e tomadas, sendo necessário o desenvolvimento de novos vetores para eletrificação indireta, como o hidrogênio verde.

Fabricados a partir de fontes 100% renováveis, o H2V e a amônia verde, que pode ser uma alternativa para o transporte e também na importação de matéria prima pela indústria de fertilizantes, apontam como alternativas eficazes e limpas para contribuir com as metas de sustentabilidade destes segmentos. E são países como o Brasil, com alto potencial de geração eólica, solar e infraestrutura portuária, que naturalmente assumem um papel protagonista na nova economia do hidrogênio. 

Segundo estudo publicado pelo banco de investimentos Goldman Sachs, de acordo com a perspectiva de crescimento atual e a demanda urgente dos países para descarbonização de suas matrizes energéticas, o novo mercado já tem potencial para movimentar U$ 11 trilhões até 2050, sendo, portanto, a geração renovável uma grande alavanca para o futuro de baixo carbono.

Fontes

Hidrogênio verde: os 6 países que lideram a produção do ‘combustível do futuro’

https://www.bbc.com/portuguese/geral-56604972

Hidrogênio é ‘aposta’ na transição para baixo carbono

Ambições climáticas aceleram transição para uma economia verde

Compromisso com net zero amplia potencial de desenvolvimento sustentável no Brasil 

Criada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) há mais de uma década, a economia verde é fundamentada na baixa emissão de carbono, eficiência no uso de recursos naturais e busca pela inclusão social. Para o avanço de sistemas econômicos em modelos que resultam no bem-estar social e na conservação do meio-ambiente, mais de 1.400 empresas no país já atuam no cumprimento de metas voltadas a uma economia resiliente, por meio da participação e assinatura do Pacto Global da Organização das Nações Unidas no Brasil. A integração da rede tem como objetivo acelerar o alcance das ambições definidas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e, consequentemente, contribuir com ações em frentes essenciais ao desenvolvimento sustentável, como combate às mudanças climáticas e direitos humanos.

Os compromissos globais assumidos por economias em ascensão, acelerados pelas mudanças provocadas pela pandemia da Covid-19, contribuem para o entendimento de que a economia verde representa o avanço econômico e sustentável simultaneamente. Quanto maior a adesão a projetos que levam em conta a utilização de energias limpas e renováveis, baixa emissão de carbono e com iniciativas que primam por inclusão social, maior será o crescimento e estabilidade econômica, baseada em equilíbrio ambiental, com investimentos em inovação e surgimento de novas profissões.

O consenso sobre a redução do aumento da temperatura global para 1,5º, ocorrido durante a última Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), também impulsionou o avanço de novas práticas a serem implementadas tanto por países desenvolvidos, quanto por economias em desenvolvimento. Como resultado, 90% dos países participantes também assumiram o compromisso de ter uma meta net zero, ou seja, que contribua para a redução de gases de efeito estufa na atmosfera. 

No Brasil, o aumento da ambição climática se traduziu em 43% para 50% de redução nas emissões de carbono até 2030, além de formalizar a neutralização dessas emissões até 2050. Outra meta significativa é o compromisso para que o desmatamento ilegal seja interrompido até 2028. 

A conversão das discussões ocorridas durante a COP26 em metas abrem oportunidades únicas para a transição econômica no Brasil, sendo a ascensão do mercado de carbono um exemplo, dado o seu potencial para suprir as demandas net zero dos demais países e a carência de regulamentação. Um novo modelo de financiamento climático pode resultar, sobretudo, no reflorestamento de espécies nativas, geradoras de crédito para esse mercado. Se conduzidas junto a recomposição de mananciais e de forma a gerar inclusão e desenvolvimento social, o país vislumbra um futuro com a criação de empregos verdes e com novas possibilidades de redução das desigualdades sociais até 2030.

Fontes:

https://www.pactoglobal.org.br/pg/perguntas-frequentes#:~:text=Como%20uma%20iniciativa%20global%20que,de%201.400%20signat%C3%A1rios%20e%20participantes.

https://netzero.projetodraft.com/o-que-e-cop/#:~:text=%E2%80%93%20Ser%20carbono%20neutro%20at%C3%A9%202050,Zerar%20o%20desmatamento%20at%C3%A9%202028.

https://www.greeneconomycoalition.org/

Brasil lidera grupo de trabalho para discutir padrão internacional de produção de hidrogênio verde

Líder em geração renovável na América Latina, país avança na agenda global sobre uso de hidrogênio de baixo carbono

Em meio a um cenário de volatilidade no mercado mundial de gás natural e novos compromissos climáticos para a redução da emissão de gases de efeito estufa, o aumento da demanda por fontes alternativas de energia reforça o protagonismo do Brasil na transição energética mundial, dado o potencial de geração de energia eólica e solar a ser desenvolvido nos próximos anos. 

De acordo com o Índice de Atratividade de Países em Energia Renovável (RECAI), só em 2022, o país já ocupa a primeira posição em capacidade de geração renovável na América Latina, com destaque para um maduro mercado de parques eólicos em operação. Essa liderança representa uma alavanca fundamental para impulsionar o aumento da oferta de hidrogênio de baixo carbono, convertidos a partir de eletrolisadores nas instalações locais.

Já a regularização do chamado “combustível do futuro” para oferta ao mercado global, por sua vez, demanda a definição e padronização de critérios mínimos para a sua certificação do produto, para que este seja um insumo de origem 100% limpa em sua produção e capaz de atender aos requisitos dos clientes deste novo mercado, com interesse pelo hidrogênio renovável produzido em território nacional.

Diante do contexto promissor e oportunidades favorecidas por recursos naturais, o Brasil se posicionou, mais uma vez, como agente na vanguarda da transição energética mundial, por meio da liderança do grupo de trabalho global sobre certificação de energia e hidrogênio renovável. Representado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a iniciativa foi aprovada no Comitê Internacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (CIGRE), na França. Como primeira ação, o país irá entregar, por meio da Câmara, um modelo simplificado de certificação para atender os projetos de H2V em andamento em 2022, até uma proposta definitiva para os demais países em 2023. 

A criação destes novos mecanismos para garantir que o produto seja proveniente de origem de energia limpa também representa a aceleração do desenvolvimento econômico sustentável. Segundo estudo da consultoria McKinsey, ao longo dos próximos 20 anos, são previstas oportunidades de investimentos estimados na ordem de US$ 200 bilhões, impulsionados pelas indústrias siderúrgicas e de transporte. Com impacto positivo em toda a cadeia, os respectivos setores favorecem a redução da emissão de gases poluentes e a exportação do produto a custo competitivo para mercados potenciais, como Europa e Estados Unidos.

Fontes:

https://patrocinados.estadao.com.br/medialab/agenciacomunicacao/brasil-lidera-capacidade-de-geracao-de-energia-renovavel-na-america-latina/

https://www.ccee.org.br/pt/web/guest/-/brasil-vai-liderar-grupo-de-trabalho-internacional-sobre-certificacao-de-energia-para-produzir-hidrogenio

https://epocanegocios.globo.com/Um-So-Planeta/noticia/2022/09/brasil-e-estrategico-na-producao-de-energia-limpa-e-precisa-se-vender-mais-la-fora-dizem-empresas.html

https://megawhat.energy/noticias/consumo-economia-e-politica-eficiencia-energetica-governanca-hidrogenio/147895/capacidade-global-de-eletrolisadores-para-producao-de-hidrogenio-deve-crescer-seis-vezes-ate-2025-diz-iea 
https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/estacao-agro/noticia/2022/08/08/hidrogenio-verde-como-o-brasil-pode-se-tornar-polo-de-producao-do-combustivel-do-futuro.ghtml

Consumidores de alta tensão poderão migrar para o Mercado Livre de Energia. Mas o que isso significa para a sua empresa?

Recentemente, tivemos uma notícia que trouxe novas perspectivas para todo o setor elétrico (e que já era esperada por indústrias e empresas não é mesmo?). O MME (Ministério de Minas e Energia), divulgou a Portaria 50/2022, que permite que consumidores do mercado de alta tensão (>2,3 kV), poderão escolher seu fornecedor de energia livremente a partir de janeiro de 2024, dentro do que chamamos de Mercado Livre de Energia, no qual é possível negociar preços, prazos, flexibilidades e tipos de energia conforme suas necessidades. Essa liberalização representa o primeiro avanço em relação ao limite previamente estabelecido de 500kW.

“Esta possibilidade já está disponível para uma grande parcela das empresas, ou seja, comércios e indústrias que apresentam um gasto com energia superior a, aproximadamente, R$ 30 mil por mês. Destaco que, a partir de janeiro de 2024, todos os consumidores de energia de alta tensão (Grupo A) do Brasil, independentemente do valor de sua conta de luz, deverão ser livres e poderão escolher seu fornecedor de energia”, pontua José Carlos Reis, gerente de comercialização de energia da AES Brasil. Mas no que isso impacta a sua empresa?

Cada vez mais, os consumidores de energia (do Brasil e do mundo), assumem maior autonomia. Ao optar, por exemplo, por gerar a sua própria energia, comprar energias limpas e renováveis ou até mesmo alterar seus padrões de consumo para benefício do sistema elétrico, eles encontram redução de gastos com a fatura de energia da empresa e ainda garantem o atingimento de suas metas de sustentabilidade.

Lembrando aqui que os consumidores com carga individual inferior a 500kW que decidirem por essa migração deverão ser representados por um agente varejista perante a CCEE. Se essa explicação ainda parece muito complexa para você, temos especialistas que podem te auxiliar durante todo o processo.

No decorrer dos anos, o setor elétrico brasileiro vem passando por mudanças graduais que permitem maior liberdade para os que compram energia. Aproximadamente 30 mil unidades consumidoras estão no Mercado Livre de Energia hoje (e representam 36% do consumo energético), e a partir de 2024 mais 106 mil unidades poderão migrar. A estimativa da CCEE é de que, com esse aumento da migração dos consumidores de alta tensão, a participação poderá representar até 46% de todo o sistema elétrico brasileiro. No setor industrial por exemplo, 88% das empresas já se encontram no mercado livre.

As expectativas são de que o mercado caminhe para uma abertura total e gradual. Espera-se que a partir de 2026, consumidores de baixa tensão menos os residenciais e rurais, que contemplam cerca de 11 milhões de unidades consumidoras, poderão escolher seus fornecedores de energia. Isso garantirá maior protagonismo às empresas e competitividade de mercado, além de contribuir para um Brasil mais sustentável.

Em parceria com o SENAI/RN, AES Brasil reforça o compromisso da inclusão feminina no setor eólico

A AES Brasil, produtora de energia elétrica 100 % renovável, tem o compromisso de aumentar a participação das mulheres no quadro de funcionários da empresa criando oportunidades de desenvolvimento profissional dentro dos escritórios e capacitando a força de trabalho feminina. A Companhia registrou um aumento percentual de 32 % no quadro de funcionários formado por mulheres no último ano — número que tende a crescer com investimentos recentes. 

Fortalecendo essa premissa, a empresa em parceria com o SENAI do Rio Grande do Norte, anunciou o primeiro curso de Especialização Técnica em Manutenção e Operação de Parques Eólicos exclusivamente para mulheres no estado. 

O contrato para execução do programa de capacitação foi assinado durante cerimônia na sede do governo estadual, na presença da governadora Fátima Bezerra, de executivos da empresa e do presidente do sistema FIERN e do conselho regional do SENAI-RN, Amaro Sales de Araújo.

Segundo Clarissa Sadock, CEO da AES Brasil, o objetivo é ampliar o acesso a qualificação profissional e oportunidades de trabalho no setor em franca expansão, e ainda preparar a potencial força de trabalho feminino para futuras vagas que a empresa abrirá no Complexo Eólico Cajuína.

“O empreendimento está em construção no estado, com entrada em operação prevista para 2023. “Nós já fizemos um programa de formação de mulheres bem sucedido na Bahia e aqui no Rio Grande do Norte, onde o empreendimento é muito maior, trazemos essa iniciativa em outro patamar”, comenta Clarissa.

E completa: “a intenção é formar 60 mulheres, contratar uma parte desse número, e ainda, deixar um legado para outros empreendimentos locais, para que haja mais pessoas com alta capacitação técnica e treinamento especial para realizar essas atividades”.

Amaro Sales de Araújo, destacou a importância da capacitação para o desenvolvimento econômico no Rio Grande do Norte — estado que é líder nacional em geração de energia eólica e é considerado uma das áreas mais promissoras para investir em futuros projetos do setor no mar.

“Quando se investe em educação, isso se traduz em mais desenvolvimento”, comentou Armando, e acrescentou, “o estado vive um momento diferente no campo das energias”, e que a atuação do governo para tornar o ambiente de negócios favorável ao investimento tem sido fundamental nesse contexto”.

A governadora reforçou a importância da inclusão produtiva, principalmente o empoderamento feminino, que a iniciativa busca. “A AES Brasil busca a valorização permanente do seu principal ativo, as pessoas, e através do complexo Eólico Cajuína daremos continuidade as nossas contribuições às comunidades locais onde atuamos, fortalecendo as nossas políticas e cultura focada em diversidade, equidade e inclusão”.

“Em parceria com o SENAI Rio Grande do Norte, vamos oferecer cursos de capacitação exclusivos para mulheres em operação e manutenção de parques eólicos, com foco no desenvolvimento local e inclusão feminina”, disse Rodrigo Porto, Diretor de Recursos Humanos.

O diretor do Senai do Rio Grande do Norte, Rodrigo Mello, ressalta que a parceria com a AES Brasil está em sintonia com a estratégia da instituição com foco em Desenvolvimento Sustentável (ODS) — possibilitando avanços em áreas como oferta de educação de qualidade, redução das desigualdades e igualdade de gênero .

A construção da primeira fase de 695,0 MW do Complexo Eólico Cajuína está em estágio avançado e tem início previsto para 2023. A primeira fase do complexo (324,5 MW divididos em 55 aerogeradores) está 19% concluída. A segunda fase, com capacidade instalada de 370,5 MW, avançou significativamente nas obras civis, das quais 14% já foram concluídas. O complexo poderá ter uma capacidade total instalada de 1,6 gigawatts (GW) .

Fonte: https://www.rn.senai.br/aes-brasil-promove-em-parceria-com-o-senai-rn-inclusao-feminina-no-setor-eolico-no-rio-grande-norte/

Segundo CCEE, Mercado tem 69 mil unidades consumidoras com capacidade para migrar para o Ambiente Livre de Contratação

Conforme dados apresentados pela vice-presidente do conselho de administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Talita Porto, o Brasil tem potencial de expandir a participação no Mercado Livre de 35% para cerca de 40% do mercado total do país.

Isso porque, atualmente  o mercado de energia elétrica no Brasil dispõe de 69 mil unidades consumidoras atendidas em alta tensão com carga superior a 0,5 MW que ainda não migraram para um ambiente livre.

“A abertura total do PL 414/21 amplia o Mercado Livre, trazendo mais players e oportunidades”, reforçou Talita, durante o Lefosse Energy Day realizado no final do mês de agosto. Atualmente, existem 10.384 consumidores no Mercado Livre no Brasil, e a partir de janeiro de 2024 qualquer consumidor de alta tensão poderá ser livre”, disse ela.

Talita ressalta alguns pontos que merecem atenção entre os desafios apresentados na contratação, são eles:  tratamento da medição, supridor de última instância, comercialização regulada e varejista, modelo de faturamento, desconto no fio e a CDE e sobrecontratação e contratos legados.

A executiva disse que a CCEE atuará como certificadora do Brasil para as energias renováveis ​​utilizadas na produção de hidrogênio verde. Segundo ela, “o hidrogênio verde é uma tecnologia que pode viabilizar o armazenamento e o transporte de energia no Brasil” e acrescenta, “ o interesse da CCEE é garantir a origem renovável dos insumos nesse processo produtivo.”

Referente a  geração distribuída, Talita afirma que o segmento continua em franca expansão. “Hoje, o marco legal da GD (Lei 14.300/2022)  é uma corrida para cadastro de unidades geradoras com benefícios que serão extinguidos conforme marco estabelecido na lei”, comenta. “Atualmente o país tem 1,3 milhão de unidades geradoras e uma capacidade instalada de 11,02 GW”.

E  conclui dizendo que a expansão da geração de energia será impulsionada pelo investimento em projetos de ACL. É fundamental conectar os consumidores com geração distribuída ao Mercado Livre.”

Fontes:

tps://megawhat.energy/news/147631/mercado-ainda-tem-69-mil-unidades-consumidoras-aptas-migrar-para-ambiente-livre-diz-cceehthttps://www.canalenergia.com.br/noticias/53223603/69-mil-unidades-consumidoras-podem-migrar-para-o-acl-aponta-ccee