Sustentabilidade

Nordeste produziu mais de 9 mil MW médios de energia solar e eólica

CCEE destaca o potencial da região para alavancar o mercado de hidrogênio renovável

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) publicou recentemente que a região nordeste brasileira já produziu mais de 9.200 MW médios de energia eólica e solar durante o mês de janeiro. O volume é equivalente à capacidade de geração de duas usinas do tamanho de Belo Monte.

O órgão destacou, também, o potencial da região como uma das principais vantagens do Brasil para avançar no crescente mercado de hidrogênio verde, proveniente de ambas as fontes de energia limpa na fabricação do insumo. A partir do primeiro leilão global que acontecerá em breve na Alemanha, a CCEE afirmou que estará pronta para certificar empresas brasileiras com interesse na negociação do produto.

Já em relação à região, no período, o Rio Grande do Norte liderou com a geração eólica, fornecendo à rede 2.959 MW médios, seguido pela Bahia (2.477 MWm), Ceará (1.009 MWm), Piauí (891 MWm), Pernambuco (326 MWm), Paraíba (231 MWm) e Maranhão (181 MWm).

Em relação à geração solar fotovoltaica, a Bahia liderou a produção de 393 MW médios, seguida por Piauí (276 MWm), Ceará (171 MWm), Paraíba (123 MWm), Pernambuco (83 MWm) e Rio Grande do Norte (70 MWm).

Hidrogênio verde pode injetar até R$ 62 bilhões no PIB do Rio Grande do Sul

Estudo aponta perspectiva de crescimento até 2040

Segundo estudo publicado pela consultoria McKinsey, a produção de hidrogênio verde no do Rio Grande do Sul pode injetar, aproximadamente, R$ 62 bilhões no Produto Interno Bruto do estado até 2040. Com isso, as emissões de CO2 podem chegar a uma redução de 8,4 toneladas no período abordado.

Com um potencial de mais de 100 GW de energia eólica e solar, que podem ser usados na produção do H2V, o produto pode ser escoado por meio da estrutura portuária em Rio Grande, Porto Alegre e Pelotas, favorecendo o desenvolvimento econômico local. 

O estudo também concluiu que o insumo pode ser usado como matéria-prima de refinarias, em produção de fertilizantes, transporte ferroviário, ferroviário e marítimo, além de carros de passageiros, aquecimento industrial e outras aplicações que favorecem demandas internas e externas do RS.

A prefeitura do município de Rio Grande, junto ao governo do estado, assinou um acordo de cooperação para a efetivação de ações que priorizem a transição energética e o plano completo de descarbonização, por meio de políticas públicas que visam estimular setores, como o de transporte. O objetivo é que, no médio prazo, o estado seja propício para investidores que visam transformar o local na sede de uma planta de geração de hidrogênio verde. 

Fonte: MegaWhat https://megawhat.energy/news/149469/hidrogenio-verde-pode-injetar-ate-r-62-bilhoes-no-pib-do-rs-aponta-estudo

Renováveis recebem autorização para operar 47,8 MW

Novas liberações da ANEEL expandem a participação das fontes eólicas e solar fotovoltaica no Brasil

No último mês, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) liberou o início da operação comercial das usinas que, juntas, somam 47,8MW em capacidade instalada. 

Os empreendimentos que entrarão em funcionamento serão as UG1 a UG8, da Eólica Assuará 4V, responsável por 36 MW do total acima, a Usina Fotovoltaica Ferreira Costa Aracaju, com 0,8MW de capacidade instalada, além da UG3 e UG4, pertencentes à Eólica Serr do Seridó IX, com 11MW.

Já para uma operação em fase de testes, a ANEEL autorizou 5,5 MW de capacidade instalada na Serra do Seridó IX, na Paraíba, conforme publicação registrada no Diário Oficial da União.

Fonte: https://canalenergia.com.br/noticias/53239180/renovaveis-recebem-autorizacao-para-operar-478-mw

Por que a certificação I-REC é importante para a sua empresa?

O International REC Standard, mais conhecido como I-REC, possibilita um novo modelo de gestão sustentável de empresas de diversos segmentos por meio da comercialização de certificados de energia renovável. 

Por garantir que a energia oferecida às empresas seja proveniente de fontes renováveis, a obtenção do I-REC beneficia tanto o meio ambiente, como também impulsiona o desenvolvimento socioeconômico, ao incentivar o aumento do uso de energia limpa.

Isso também significa a garantia de um compromisso com a diminuição de gases causadores de efeito estufa na atmosfera, contribuindo com a meta global de redução do aquecimento da temperatura do planeta. 

Por isso, os certificados podem ser utilizados como base para a certificação pelo GHG Protocol, no reporte das emissões de escopo 2, que se referem às emissões indiretas pelo consumo de energia. Além disso, programas de reporte como CDP (Carbon Disclosure Protocol), Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e Dow Jones Sustainability (DJSI) são outros exemplos de comprovação de cumprimento das metas corporativas de sustentabilidade por meio da compra dos I-RECs.

Saiba mais em: Certificados de Energia Renovável

ACL proporcionou economia de R$ 41 bi em 2022

Com recorde no último ano, o Mercado Livre de Energia representou, de janeiro a dezembro de 2022, um total de R$ 41 bilhões de economia nos gastos com energia elétrica. De acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia, um consumo médio mensal de 24.503 MW por esse mercado no período, a nova marca foi impulsionada pelos 106 mil consumidores livres, que também representou ganhos acumulados de R$ 339 bilhões ao público do ACL nos últimos 20 anos.

No período, os preços de aquisição de energia elétrica foram, em média 49% menores que o preço praticado no mercado regulado e a tendência é que o montante economizado aumente ainda mais a partir de 2024, devido a abertura de toda a alta tensão, conforme previsto na Portaria nº 50/2022.

A publicação também ressalta que as faturas mensais deste público do Mercado Livre ultrapassam os R$ 10 mil e que, atualmente, apenas 31 mil unidades consumidoras ou 0,03% dos 89 milhões de UCs no Brasil podem escolher o fornecedor de energia. Para a Abraceel, a abertura completa do mercado representa, portanto, uma forma estrutural de reduzir os preços de energia no país, considerando, também, a população de baixa renda. 

Fonte:

https://www.canalenergia.com.br/noticias/53237610/acl-proporcionou-economia-de-r-41-bi-em-2022-aponta-abraceel

Geração de energia renovável bateu recorde em 2022

No último ano, a geração de energia a partir de fontes renováveis chegou à marca recorde de 92% no país. O resultado, divulgado pela CCEE, aponta que a participação das usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa no total de energia gerada pelo SIN (Sistema Interligado Nacional), foi a maior da última década. Ao todo, foram gerados quase 62 mil MW médios por mês.

Entre os principais fatores, está o cenário hídrico climático favorável, que ampliou os reservatórios de águas devido à alta das chuvas e garantiu a expansão das energias movidas pelo vento e sol. As hidrelétricas responderam por 73,6% do total gerado, com 45.613 MW médio, as eólicas por 14,6%, com 9.066 MW médio e as demais fontes, como biomassa, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), solar e centrais geradoras hidrelétricas (CGHs) somaram 11,8% ou 7.291 MW médios.

Já em relação às regiões, os três estados com maior crescimento foram: Mato Grosso, com aumento de 44 MW médio, São Paulo, com 219 MW médio, Tocantins, com 51 MW médio, seguido de Pará, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Alagoas.

Para a CCEE, a reversão do cenário crítico de 2021 permite que o Brasil esteja atualmente em situação mais confortável para este ano. Outro ponto de destaque é a geração solar centralizada, com aumento de 64,3% em comparação ao ano anterior e 1,4 mil MW médios gerados. 

Fonte:

https://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/399707/brasil-bate-recorde-de-geracao-de-energia-renovave.htm

https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-02/brasil-bate-recorde-em-geracao-de-energia-renovavel

Projeto leva água para consumo humano a comunidades no Rio Grande do Norte

Com o Programa AES Brasil Gera+, os projetos que levam água potável na região nordeste do país seguem avançando. Desde setembro de 2022, o projeto está com atuação na Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte, com o objetivo de ampliar a segurança hídrica nas regiões de atuação, com destaque para os municípios de Lajes e Fernando Pedrosa, ambos no RN. 

Com a perfuração de poços profundos, os projetos também têm como meta a construção de cisterna de placas, implantação de chafarizes e sistemas de bombeamento solar. Ao todo, 86 famílias são beneficiadas nesta frente e, no último 31/1, foram realizadas 20 entregas de cisternas na comunidade de Caraúbas, localizada em Lajes/RN.

Com  tecnologia social de baixo custo e com fácil acesso à água, as cisternas têm capacidade para armazenar até 16 mil litros de água provenientes da chuva. Suas entregas simbólicas contaram com a presença de representantes da AES Brasil e da Unipar, parceira do Complexo Eólico Cajuína, além das lideranças das comunidades envolvidas no projeto. As famílias beneficiadas também serão capacitadas para a utilização e manutenção do equipamento para uso eficiente da água no local semiárido. 

A iniciativa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, garantindo o acesso à água potável, direito humano fundamental para garantir boas condições de vida. 

Fonte:

https://adel.org.br/projeto-leva-agua-para-consumo-humano-a-comunidades-no-rio-grande-do-norte/#:~:text=Desde%20setembro%20de%202022%2C%20estamos,no%20Rio%20Grande%20do%20Norte

I-REC: Confira os benefícios dos certificados de energia

Com o aumento da necessidade da redução dos gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera,empresas de diversos segmentos, que adquirem energia do mercado livre proveniente de fontes renováveis ou que consomem a própria energia limpa, têm o desafio de compensar as suas próprias emissões a partir do uso do SIN (Sistema Interligado Nacional), na medida em que utilizam seu grid para a sua transmissão. 

Dessa forma, a compra do chamado I-REC, sigla em inglês que representa certificado internacional de energia renovável, se apresenta como uma boa opção para a comprovação da origem da energia consumida. Cada REC representa uma unidade de geração de energia renovável, em que 1 REC é 1 megawatt-hora, o que equivale a 1000 kilowatts-hora de energia renovável injetada no sistema elétrico. De forma prática e transparente, as empresas que adquirem I-RECs, devido ao rigoroso critério de avaliação para obtenção deste certificado, conseguem evidenciar seus investimentos em sustentabilidade, na medida em que passam a ser titulares de créditos gerados por meio da geração de energia limpa. Por terem ações mensuráveis para a neutralização de suas emissões, a compra dos certificados também eleva as pontuações destas empresas em indicadores de renomados programas de reporte de sustentabilidade, como CDP (Carbon Disclosure Protocol), Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e Dow Jones Sustainability Index (DJSI). 

Fontes

https://blog.waycarbon.com/2018/04/irec-beneficios-certificado/

https://livremercadodeenergia.com.br/?s=+i-Rec+

Renováveis crescem representatividade para 61% no ACL

Em franca expansão, o Mercado Livre de Energia já absorve 61% de toda a produção de usinas de geração de energia renovável especial, incluindo eólica, solar centralizada, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCH) no país. Segundo a Abraceel, a participação aumentou 11% nos últimos 12 meses, tendo a marca atingida em novembro/22.

As fontes solar centralizada e eólica são o destaque crescente de comercialização: atualmente, representam 57% e 48% respectivamente na geração mensal.

Já a importância do mercado livre de energia para comercializar a produção de novos empreendimentos cresceu ao longo do último ano, tendo o Ambiente de Contratação Livre (ACL), absorvido 33,3% a mais da geração renovável do país, ou seja 9,4 GW médios atuais contra 7 GW médios no período anterior.

O relatório da Abraceel também aponta que, no mesmo período, a produção das plantas fotovoltaicas centralizadas para consumidores livres cresceu 140,4% e a geração vinda dos aerogeradores teve um crescimento de 16,9%.

Brasil pode se tornar maior exportador de hidrogênio verde do mundo

A recente publicação da consultoria alemã Roland Berger, intitulada de “Green Hydrogen Opportunity in Brazil” aponta boas perspectivas para o expoente mercado de hidrogênio verde no Brasil. Isso porque o país foi indicado como o principal produtor de H2V no mundo até 2050.

Como parte das metas globais de descarbonização amplamente discutidas em fóruns como COP27, o planeta precisa de um aumento de consumo de hidrogênio de até 6 vezes. Para atingir as metas estipuladas atualmente, segundo a projeção publicada, o Brasil deve gerar R$ 150 bilhões, sendo R$ 100 bilhões destinados a exportações.

Em pauta desde 2015, a partir da COP21, o acordo de Paris deu início à corrida pela redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, com o intuito de reduzir o aquecimento global. Para efetivar a ação, o consumo de hidrogênio deve aumentar dos atuais 90 milhões atuais de tonelada/ano para 527 milhões de toneladas até 2050. A transformação deve movimentar mais U$ 1 trilhão em venda direta da molécula ou de seus derivados, como a amônia verde.

Indicado como “petróleo do futuro” no estudo, o gás também é apontado como fundamental no desenvolvimento econômico mundial, apresentando vantagens competitivas para o Brasil: a produção nacional, favorecida pela geração elétrica renovável, é mais barata em comparação a outros países, sendo a Europa a principal cliente deste novo mercado.

Em relação aos investimentos em território nacional, estima-se que nos próximos 25 anos, o hidrogênio verde receberá R$ 600 bilhões, levando à 170 GW de produção energética até 2050. O crescimento também representa o dobro da capacidade da matriz energética do Brasil.  

Para isso, o preço, medido por kg, deverá custar R$ 2 até 2025, Este valor poderá ser influenciado a partir do uso da eletricidade renovável excedente, isenções fiscais e diminuição nos custos de transmissão e distribuição de eletricidade para a para a produção do H2V.

Para viabilizar este crescimento, a consultoria aponta a necessidade criação de condições para redução dos riscos dos projetos de investimentos no país,  como: regulamentação do mercado interno, taxar emissões de carbono por indústrias mais consumidoras de hidrogênio, além de conceder incentivos financeiros, fiscais ou outros que possam reduzir os preços de produção para agentes produtores instalados no país. Será importante, também, a participação em fóruns internacionais para compra e transporte do hidrogênio e demais produtos verdes.

Fonte:

https://www.agenciacma.com.br/brasil-pode-se-tornar-o-maior-exportador-de-hidrogenio-verde-do-mundo/