Nova regra cambial promove impactos no setor de infraestrutura
Em 30 de dezembro de 2022 entrará em vigor a Nova Lei Cambial que permitirá contratos celebrados entre concessionárias de infraestrutura e multinacionais exportadoras pagos em moeda estrangeira. A expectativa é de que o setor de geração de energia elétrica seja um dos mais beneficiados com a novidade.
Empresas do setor elétrico buscam, com o dispositivo, celebrar novos negócios agora que o instrumento ganhou respaldo legal com o marco cambial sancionado em 30 de dezembro de 2021. A sanção no ano passado trouxe segurança jurídica para negócios envolvendo agentes no setor elétrico, mesmo a nova lei entrando em vigor somente no final de 2022.
Antes da nova lei, o mercado brasileiro já havia confirmado assinaturas de contratos de PPAs de energia em dólar, porém a tese jurídica utilizada para validação até então era considerada extremamente complexa.
No fim do ano passado, a AES Brasil anunciou seu primeiro PPA em dólar, firmado com a empresa Alcoa. Com prazo de 15 anos, o acordo prevê o fornecimento de 150 megawatts de energia renovável, a partir de 2024. A CEO da AES Brasil, Clarissa Sadock, afirmou que o contrato abria uma nova “avenida” de negócios para a geradora.
Conheça os planos e as estratégias da AES Brasil em entrevista ao canal BM&C Business
O CFO da AES Brasil, Alessandro Gregori, participou de uma entrevista para o canal BM&C Business e foram discutidos planos e estratégias da companhia, como projetos implementados e novas parcerias. Confira os principais trechos:
O aumento nos investimentos totais, R$3.8 bi até 2025, faz parte da estratégia de crescimento ao longo prazo, bem como a diversificação da matriz energética da companhia.
A AES Brasil apresentou caixa de R$2.2 bilhões no último trimestre de 2021. O que mostra a capacidade de levantar e honrar novos recursos para os projetos da companhia.
A parceria com o Itaú (total de mais de R$1 bilhão em 2021) visa garantir a capacidade de investimento que a companhia vem fazendo para geração de valor e crescimento.
O acordo com o governo do Ceará para produção de hidrogênio verde tem condição de gerar 500 toneladas de amônia por ano, numa ordem de US$2 bilhões. A descarbonização da matriz energética traz muitas oportunidades para empresas que investem em energia renovável, como a AES Brasil.
Hoje, a AES Brasil possui 3.7GW de projetos em operação e mais 4.5GW contratados de projetos que serão implementados até 2025, sendo 60% de energia hídrica, 33% de eólica e 7% de energia solar.
A extensão da joint venture (são duas parcerias já estabelecidas) com a empresa Unipar no projeto de Cajuína proporcionará 155 Mw até 2024.
Em 2021, foram 5 projetos assinados com grandes clientes. Além disso, houve conclusão da compra de 160 MW em projetos adquiridos em 2020 que foram concluídos em 2021.
A companhia vem crescendo e sendo reconhecida no mercado pelas ações e iniciativas em ESG. Um dos reconhecimentos é a certificação AAA do MSCI (um dos principais rankings de avaliação a resiliência de uma empresa a riscos ESG); a única empresa da América Latina com essa certificação.
Sobre a distribuição de dividendos aos acionistas, a política da companhia é distribuir no mínimo 50% do resultado de forma semestral.
AES Brasil e governo do Ceará realizam estudo para viabilizar produção de hidrogênio 100% verde
A AES Brasil assinou um acordo com o governo do Ceará e outro com o Porto de Pecém para estudo de viabilidade de produção de hidrogênio verde, um combustível energético que passou a receber grande atenção do mercado por conta das metas de redução de emissões de gases do efeito estufa que se tornaram mais desafiadoras.
Além disso, o custo de produção vem se tornando competitivo devido ao impacto das energias renováveis. Esse novo combustível poderá ajudar nas metas de redução de emissões de CO2, e o Brasil tem todas as condições para ser líder global do setor.
A AES Brasil conta com a experiência e a expertise global da AES Corp para construir e financiar obras deste porte, bem como a tradição em projetos realizados em parceria. Com um portfólio 100% focado em energia renovável, como hidrelétricas e parques eólicos e solares, e incrementado pela experiência da AES Corp em baterias, com a Fluence, a companhia reforça seus compromissos sociais, ambientais e de governança com a produção de hidrogênio totalmente verde.
No estudo de viabilidade no Ceará, será verificado a melhor configuração para o projeto. Inicialmente, é possível acreditar que a produção será de ao menos 1 GW de energia renovável por ano.
MERCADO DE HIDROGÊNIO VERDE
Segundo estudo da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), a demanda de hidrogênio irá passar de 90 milhões de toneladas em 2020 para mais de 200 milhões de toneladas em 2030. O estudo leva em conta a substituição de formas poluentes do hidrogênio pelo verde, versão de baixo carbono, produzida a partir da eletrólise com energia renovável.
O estudo traz ainda que, em 2050, o percentual de produção do hidrogênio verde chegará a 62% quando comparado aos outros tipos, mediante o avanço da indústria capitaneada por governos e corporações.
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Entre 2021 e 2025, AES Brasil prevê investimentos totais de R$ 3,859 bi
A AES Brasil atualizou suas projeções de investimento para o período de 2021 a 2025, quando prevê desembolsos de aproximadamente R$3,9 bilhões.
A maior parte dos investimentos, R$2,187 bilhões, ficou para 2022, considerando R$464,6 milhões na expansão do Complexo Eólico Tucano e mais R$1,62 bilhão na expansão do complexo Eólico Cajuína, tendo em vista o recente contrato de geração firmado com a empresa Unipar Carbocloro.
A companhia estima fechar 2021 com investimentos totais de R$1,014 bilhão, sendo R$453,5 milhões na expansão de Tucano, R$436 milhões em Cajuína, e mais R$124 milhões em modernização e manutenção de seus ativos.
Até 2025, dos R$3,9 bilhões que serão investidos, R$3,346 bilhões serão destinados à expansão dos dois complexos eólicos, e R$495 milhões serão destinados para modernização e manutenção de ativos.
A parceria prevê a instalação de um parque no complexo eólico Cajuína, nas cidades de Lajes, Pedro Avelino, Angicos e Fernando Pedroza, no Estado do Rio Grande do Norte, que está sendo desenvolvido pela AES Brasil.
O projeto conta com capacidade eólica instalada 91 MW, dos quais 40 MW médios serão comercializados junto à Unipar Indupa por meio de um contrato de compra de energia com prazo de 20 anos com início de vigência em 2024 e sob regime de autoprodução (PPA).
As partes estimam que o início do período de construção ocorrerá no primeiro semestre de 2022 e tendo um investimento estimado em aproximadamente R$5,6 milhões/MW instalado, com previsão de entrada em operação no final de 2023.
O acordo segue a estratégia de crescimento e diversificação do portfólio por meio de desenvolvimento de projetos de fontes complementares à hídrica e com contratos de longo prazo.
AES Brasil quer alcançar 4,4 GW em capacidade no ano de 2023.
A novidade é a contratação em dólar de 300 MW médios durante 15 anos, com a demanda estimada em 3 GW.
A AES Brasil, busca finalizar o ano de 2023 com 4,4 GW com capacidade operacional instalada. Essa expectativa é decorrente de uma combinação dos prazos para o encerramento dos benefícios do desconto fixo e a adoção da agenda ESG, por empresas que reduzem maiores emissões no consumo de energia elétrica.
O crescimento pode chegar a mais de 1,5 GW, e os projetos que a empresa possui em seu pipeline, entrarão em operação comercial até o ano de 2025, sendo a data limite para a concessão do benefício.
A CEO da companhia AES Brasil, Clarissa Saddock, enxerga a possibilidade de grandes ofertas de energias por causa da busca por novos projetos renováveis ao longo deste período. Porém, a executiva não vê nenhum problema para a empresa, pois busca fechar contratos, de “longuíssimo prazo, de no mínimo 15 anos a até 20 anos”.
Ainda destacou os resultados do terceiro trimestre do ano de 2021, que a empresa se dispôs de um novo produto com boas e novas perspectivas, com o contrato de longo prazo dolarizado.
“Fechamos 300 MW de longo prazo ante uma demanda de 3 GW de clientes que queriam ter o acesso. Essa é uma nova linha de negócios, e deverão vir outros contratos na sequência”.
A CEO disse que na estruturação, não está previsto o hedge por ser justamente dolarizado, uma vez que demandaria uma “marcação a mercado” ao longo da duração do contrato. A ação poderia ser ruim para a empresa, e pode apresentar volatilidade em seu resultado.
“De maneira simplificada, se o dólar ficar flat nós chegamos a um retorno próximo ao mínimo exigido, se sofrer acréscimo de diferencial de inflação, pode agregar retornos adicionais e consequentemente teremos essa receita”, ressaltou.
Em relação à expansão, além do pipeline de 1,5 GW, a AES Brasil continua com a avaliação dos ativos, porém não aponta quais podem ser ou quantos, em termos de volume.
Clarissa destaca que depende das oportunidades de mercado. Novos projetos deverão ter como premissas a sinergia com diversas usinas, que a empresa já detém, como por exemplo em Cajuína, quando tudo estiver sendo comercializado.
Sobre o projeto eólico que está em construção, a AES Brasil afirmou que 684 MW em aerogeradores foram encomendados à Nordex Acciona, com o total que é previsto naquele complexo de 866 MW. Na Fase A são 314 MW e na Fase B mais de 370 MW. A previsão é que entre em operação na metade do ano de 2023.
Já em Tucano, são 322 MW em PPAs que estão seguindo o cronograma e o orçamento da empresa. Neste ano de 2021 são esperadas as primeiras entregas dos equipamentos, mas a energização está estimada para o segundo semestre do ano de 2022. A AES Brasil, estima com a distribuição do seu portfólio sendo 45% da fonte hídrica, 45% eólica e 10% solar nos próximos anos. A partir do ano de 2023, são 1.874 MW médios de garantia física.
Energias renováveis serão a grande maioria na capacidade de energia do mundo até o ano de 2026, segundo IEA.
Segundo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), apesar da elevação dos valores dos materiais utilizados para a fabricação de painéis solares e turbinas eólicas, as energias renováveis responderão por mais de 90% do aumento da capacidade energética mundial, até o ano de 2026.
A nova capacidade de energia renovável trará um segundo recorde consecutivo no ano de 2021, segundo o órgão de energia, localizado em Paris, em seu relatório anual sobre o mercado de energias renováveis.
O diretor executivo da IEA, Fatih Birol, diz que: “As adições recordes de eletricidade renovável deste ano de 290 gigawatts são mais um sinal de que uma nova economia global de energia está emergindo”.
“Os altos preços das commodities e da energia que vemos hoje representam novos desafios para a indústria de energias renováveis, mas os preços elevados dos combustíveis fósseis também tornam as energias renováveis ainda mais competitivas”.
Até 2026, a capacidade de eletricidade renovável mundial será equivalente a de combustíveis fósseis e energia nuclear, juntas, pontuou a AIE.
Ainda segundo a AIE: Promovidas por promessas na conferência da COP26 em Glasgow no mês passado, as políticas governamentais e as metas climáticas impulsionam este crescimento das energias renováveis, porém o ritmo precisa ser acelerado para limitar os aumentos de temperatura”.
Enquanto a Índia deve dobrar as novas instalações de 2015/2020, a China está quatro anos à frente das próprias metas de infraestruturas eólicas e solares, liderando o mundo em uma nova capacidade.
Fatih Birol, afirma: “A China continua demonstrando seus pontos fortes em termos de energia limpa, com a expansão das energias renováveis sugerindo que o país pode atingir um pico em suas emissões de CO2 bem antes de 2030”.
A IEA ainda alertou que, para poder atingir a emissões líquidas zero até o ano de 2050, as adições médias anuais de capacidade solares e eólicas teriam que dobrar em relação às previsões atuais da agência nos próximos cinco anos, enquanto o crescimento da demanda anual por biocombustíveis precisará ser quadruplicada.
Segundo Talita Porto, vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE, diz que: “É por isso que o comercializador varejista precisa se desenvolver mais. Essa figura pode intermediar a negociação, cuidar da parte burocrática e tornar a comercialização mais atrativa, simples, segura e mais vantajosa para os consumidores, além de assumir parte dos riscos associados às volatilidades do mercado”.
E compara os papéis da comercialização varejista, com os fundos de investimentos:
“Para um pequeno investidor que não quer entrar diretamente na Bolsa de Valores, porque não tem experiência na área financeira, ele contrata uma equipe de especialistas para ajudá-lo. Nesse caso do setor elétrico é igual, as empresas precisam de apoio para fazer a melhor negociação, com o menor risco possível”.
Com mais de 400 comercializadoras registradas pela CCEE , apenas 37 podem realizar as operações como varejistas. O número sobe constantemente, e somente neste ano de 2021, 11 habilitações estão sendo expostas, contra 7 no ano de 2020. O volume é pequeno, porém, é próximo do potencial de crescimento do mercado livre.
Ao considerar que as UCs estão prontas para o mercado livre, e consomem cerca de 5 mil MW médios, a câmara estima uma possibilidade de ganho com competitividade para o país e que, e se todos os grupos optarem pela migração para o ambiente de contratação livre, toda a representatividade do segmento no SIN passaria de 32% para 40,2%.
Talita Porto, afirma que: “O setor elétrico está num momento de transição, que poderá mudar a forma como nos relacionamos com energia. O avanço do mercado livre faz parte desse contexto e possui maiores agregados e mais competitividade ao setor, além, é claro do seu principal ativo, que é o poder de escolha”.
Visto que a modernização do setor elétrico está em alta, a AES Brasil, uma das principais geradoras de energia privadas do setor elétrico brasileiro, possui hoje uma plataforma de migração de energia chamada Energia+. Por meio dela, as empresas poderão migrar para o Mercado Livre de Energia, além de ter uma visão clara da economia que será feita por meio dessa escolha.
A operação no mercado livre está atrelada com os consumidores de alta tensão, que possuem uma carga mínima de 500 kW. A redução dos requisitos já consta, a muito tempo, e na pauta dos debates sobre a modernização do setor elétrico é o tema do estudo que a CCEE e a Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel irão entregar para o Ministério de Minas e Energia até o começo do ano de 2022.
A CCEE afirma que a migração pode acontecer em breve e tornar possível a todos os consumidores que pertencem ao Grupo A, que são ligados à alta tensão. Assim o potencial para a adesão de 175.632 novas unidades.
O volume associado a esses novos consumidores pode chegar a 8.653 MW(megawatt) médios. Se contarmos as unidades em baixa tensão (11 milhões sem contar a classe residencial), o ACL poderia chegar a 59,1% do total do mercado. A elaboração do estudo, e os dados acrescentados, foram obtidos com o SIASE (Sistema de Inteligência Analítica do Setor Elétrico), considerando os meses de janeiro, julho e novembro do ano de 2020.
AES Brasil e Alcoa assinam contrato de longo prazo com cotação em dólar
Com o prazo de 15 anos, o acordo prevê fornecimento de 150 MegaWatts (MW) [TNDP1] de energia renovável a partir de 2024.
AES Brasil anunciou a assinatura de um contrato de compra e venda de energia precificado em dólar com a fabricante de alumínio Alcoa. O prazo de 15 anos prevê o fornecimento de 150 megawatts (MW) médios a partir de 2024.
A AES Brasil poderá colocar a nova contratação no Complexo Eólico Cajuína (RN), sendo acrescentado 300 MW de capacidade instalada à planta, ou no portifólio hídrico.
Segundo as empresas, a contratação de energia está sendo viabilizada para a retomada de produção de alumínio de Alcoa no Maranhão, que estava suspensa desde 2015. O retorno foi anunciado pela companhia no mês de setembro e o início está previsto para o segundo trimestre de 2022.
Para a AES Brasil o modelo de contrato em dólar significa novas oportunidades de negócio uma vez que atende demanda recorrente dos clientes uma nova curva de crescimento.
Segundo Clarissa Sadock, presidente da AES Brasil, diz que:
“Criamos um produto inovador, com grande potencial de crescimento, a fim de endereçar um pedido antigo das empresas que têm receita vinculada ao dólar e gostariam de ter seus custos também atrelados à moeda.”
Já o presidente da Alcoa no Brasil, Otavio Carvalheira, afirma que a possibilidade de firmar contratos de energia em dólar poderá trazer “um enorme benefício” para futuras empresas com atuação global.
Destaque: Critério ESG é adotado pela Melhores e Maiores e possui nova metodologia. AES Brasil está em 3º lugar no ranking.
AES Brasil está em 3º lugar no ranking de Melhores e Maiores ESG que foi alterado no ano de 2021.
O ranking de Melhores e Maiores foi alterado no ano de 2021e passará a comportar métricas relevantes de práticas ambientais, sociais e de responsabilidade corporativa.
O conceito conhecido como ESG foi levado em conta nesta edição com 7 questões ambientais, 7 sociais, e 7 de governança, compondo a nota desse indicador.
Depois das avaliações dos pontos foi feita uma normalização sobre os dados, dentro de cada um dos 18 setores, com notas que variam de 1 a 10. Sendo assim, a nota 10 no critério ESG não significa que a empresa seja perfeita nos quesitos analisados, mas sim que na comparação com os pares do setor apresentou um resultado superior.
Um exemplo foi a Gol, que obteve uma alta pontuação em relação aos concorrentes do setor de Transporte, Logística e Serviços Logísticos em todos os critérios de análises. Apesar da nota máxima ter sido 11, o raciocínio se mantém para as outras duas empresas com “nota 10”, como a AES Brasil e Cooxupé que são do setor de energia.
Os dados são coletados para a elaboração final do ranking de Melhores e Maiores mas não devem ser tomados pelo valor de face. As notas são atribuídas em comparação com outras empresas, e setores em estágios diferentes de adoção de práticas ambientais, sociais e de governança.
A metodologia da edição atual de Melhores e Maiores está sendo concebida e desenvolvida pelo Ibmec, que avaliou todas as companhias que estão no ranking deste ano.
A lista abaixo mostra as melhores empresas com a melhor nota relativa no quesito ESG em comparação aos seus setores, e a AES Brasil está entre as três primeiras colocadas.