Em 5 meses de 2024, migração para Mercado Livre de Energia já superou o ano todo de 2023

As migrações para o Mercado Livre de Energia nos cinco primeiros meses de 2024 já superam as registradas em todo o ano passado, de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Entre janeiro e maio deste ano, a entidade contabilizou a entrada de 8.936 novos consumidores no mercado livre, um aumento de 21% em relação ao total de novos clientes de 2023. Este crescimento reflete a busca por maior eficiência e flexibilidade na contratação de energia por parte de indústrias e empresas.

O movimento de migração acelerado é, em sua maioria, resultado da flexibilização dos critérios de acesso a partir de janeiro deste ano.  A abertura do Mercado Livre de Energia para todos os consumidores com tensão de fornecimento maior ou igual a 2,3 quilovolts (kV) provocou uma intensa onda de migrações. Antes, esse mercado era acessível apenas a consumidores de grande e médio porte, como indústrias, enquanto os consumidores de alta tensão com cargas mais baixas eram obrigados a comprar energia das distribuidoras do mercado regulado. 

Expectativa de crescimento

Atualmente, o mercado livre representa 38% do consumo total de energia elétrica no Brasil, e a expectativa é que esse percentual aumente nos próximos meses. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), cerca de 25,2 mil consumidores já comunicaram às distribuidoras sua intenção de migrar para o Mercado Livre de Energia ao longo de 2024, indicando um cenário de expansão. Além disso, 1.950 pedidos já foram registrados para 2025, conforme a Aneel.

Os estados das regiões Sul e Sudeste continuam liderando o ranking de migrações. Em maio, São Paulo (626 migrações), Rio Grande do Sul (218) e Rio de Janeiro (169) foram os estados com maior número de novos consumidores. No entanto, também houve aumento significativo em estados das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, como Bahia, Pará, Pernambuco, Ceará, Goiás e Mato Grosso. No mesmo mês, os setores com maior número de migrações foram Serviços (456), Comércio (419) e Manufaturados Diversos (215), evidenciando a diversificação dos perfis de consumidores que buscam as vantagens do mercado livre.

Melhorias nas regras de migração

Em proposta enviada ao órgão regulador, a CCEE sugere melhorias nas regras do segmento livre para facilitar o cadastro de novos consumidores e reduzir os requisitos de envio de dados de medição, permitindo migrações sem a necessidade de investimentos em novos equipamentos. Além disso, a modernização do modelo de troca de dados com o uso de APIs (Application Programming Interface) permitirá maior automação e agilidade nos serviços oferecidos.

À medida que mais empresas descobrem as vantagens do mercado livre, a tendência é que a participação desse segmento no consumo total de energia no país continue a crescer. A modernização das regras e a simplificação dos processos, aliadas ao avanço tecnológico, serão fundamentais para sustentar esse crescimento e garantir que cada vez mais consumidores possam se beneficiar da flexibilidade e eficiência oferecidas pelo Mercado Livre de Energia.

O que é um comercializador varejista? 

Segundo os dados da CCEE, quase 74% das migrações para o mercado livre foram facilitadas pelos comercializadores varejistas, que gerenciam contratos e assumem riscos inerentes à compra e venda de energia. Esse suporte é fundamental para simplificar a entrada das empresas sem burocracia e de forma mais segura nesse mercado.

Na AES Brasil, por exemplo, a partir de uma análise do perfil de consumo da empresa, da sazonalidade e da tarifa do uso da distribuição local, é possível desenhar contratos sob medida para as necessidades do consumidor. Também são definidas estratégias para a contratação de energia da forma mais eficiente e vantajosa para o tipo de negócio do cliente. 

Algumas geradoras, como a AES Brasil, também oferecem a possibilidade de contratar energia 100% renovável e já certificada. Conhecidos como RECs, os certificados de energia renovável são documentos rastreáveis e comprovam para clientes, mercado e plataformas de certificação ambiental o uso pela empresa de energia de fontes mais limpas.

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