70 mil unidades consumidoras já poderiam migrar hoje para o mercado livre de energia
O estudo realizado através da Câmara de Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, mostrou que existem, 70 mil Unidades consumidoras no Brasil.
Segundo Talita Porto, vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE, diz que: “É por isso que o comercializador varejista precisa se desenvolver mais. Essa figura pode intermediar a negociação, cuidar da parte burocrática e tornar a comercialização mais atrativa, simples, segura e mais vantajosa para os consumidores, além de assumir parte dos riscos associados às volatilidades do mercado”.
E compara os papéis da comercialização varejista, com os fundos de investimentos:
“Para um pequeno investidor que não quer entrar diretamente na Bolsa de Valores, porque não tem experiência na área financeira, ele contrata uma equipe de especialistas para ajudá-lo. Nesse caso do setor elétrico é igual, as empresas precisam de apoio para fazer a melhor negociação, com o menor risco possível”.
Com mais de 400 comercializadoras registradas pela CCEE , apenas 37 podem realizar as operações como varejistas. O número sobe constantemente, e somente neste ano de 2021, 11 habilitações estão sendo expostas, contra 7 no ano de 2020. O volume é pequeno, porém, é próximo do potencial de crescimento do mercado livre.
Ao considerar que as UCs estão prontas para o mercado livre, e consomem cerca de 5 mil MW médios, a câmara estima uma possibilidade de ganho com competitividade para o país e que, e se todos os grupos optarem pela migração para o ambiente de contratação livre, toda a representatividade do segmento no SIN passaria de 32% para 40,2%.
Talita Porto, afirma que: “O setor elétrico está num momento de transição, que poderá mudar a forma como nos relacionamos com energia. O avanço do mercado livre faz parte desse contexto e possui maiores agregados e mais competitividade ao setor, além, é claro do seu principal ativo, que é o poder de escolha”.
Visto que a modernização do setor elétrico está em alta, a AES Brasil, uma das principais geradoras de energia privadas do setor elétrico brasileiro, possui hoje uma plataforma de migração de energia chamada Energia+. Por meio dela, as empresas poderão migrar para o Mercado Livre de Energia, além de ter uma visão clara da economia que será feita por meio dessa escolha.
A operação no mercado livre está atrelada com os consumidores de alta tensão, que possuem uma carga mínima de 500 kW. A redução dos requisitos já consta, a muito tempo, e na pauta dos debates sobre a modernização do setor elétrico é o tema do estudo que a CCEE e a Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel irão entregar para o Ministério de Minas e Energia até o começo do ano de 2022.
A CCEE afirma que a migração pode acontecer em breve e tornar possível a todos os consumidores que pertencem ao Grupo A, que são ligados à alta tensão. Assim o potencial para a adesão de 175.632 novas unidades.
O volume associado a esses novos consumidores pode chegar a 8.653 MW(megawatt) médios. Se contarmos as unidades em baixa tensão (11 milhões sem contar a classe residencial), o ACL poderia chegar a 59,1% do total do mercado. A elaboração do estudo, e os dados acrescentados, foram obtidos com o SIASE (Sistema de Inteligência Analítica do Setor Elétrico), considerando os meses de janeiro, julho e novembro do ano de 2020.
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