Dia: 19 de junho de 2024

Custo de energia: mercado livre gera economia recorde para consumidores

O Mercado Livre de Energia propiciou uma economia anual recorde aos consumidores de R$ 48 bilhões, em 2023. Esse resultado foi impulsionado por um consumo no ano de 26.270 MW médios, marca inédita. Desde sua criação, em 2003, os ganhos acumulados no custo de energia chegam a R$ 339 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).

No Mercado Livre de Energia, os consumidores têm a liberdade de escolher seu fornecedor e negociar diretamente as melhores condições de custo de energia e prazo, por exemplo. Diferentemente do mercado regulado, no qual os consumidores estão sujeitos às tarifas e condições estabelecidas pelas distribuidoras de energia, o mercado livre oferece flexibilidade e competitividade. Essa dinâmica resulta em preços mais baixos e condições personalizadas, adaptadas ao perfil de consumo de cada cliente.

A economia com energia recorde de R$ 48 bilhões e o consumo médio anual de 26.270 MW, em 2023, refletem o interesse crescente dos consumidores em migrar para o mercado livre com condições mais favoráveis e preços mais competitivos. Segundo a Abraceel, o crescimento de unidades consumidoras de energia nesse mercado foi de 23% em relação a 2022.

Um estudo da Abraceel aponta que, entre 2015 e 2022, a “inflação da energia” foi de 70% no mercado regulado para consumidores residenciais. No mercado livre, os preços tiveram alta de apenas 9% nos últimos oito anos. Nesse período, o IPCA teve um aumento de 58%. Os números consideram a redução no valor da tarifa resultante da limitação de incidência do ICMS ocorrida em 2021.

Como economizar no custo de energia 

Desde janeiro, todos os consumidores com tensão de fornecimento maior ou igual a 2,3 quilovolts (kV) podem estar no mercado livre e escolher seu fornecedor de eletricidade. No caso dos consumidores ligados à alta tensão com demanda menor que 500 kW, é preciso contratar o serviço de um comercializador varejista, que vai atuar na contratação da energia no mercado livre, cuidar das transações comerciais definidas em contrato, além de representar a empresa consumidora na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Com um comercializador varejista, a empresa migra sem burocracia e de forma mais segura, pois passa a contar com especialistas em Mercado Livre de Energia. Na AES Brasil, a partir de uma análise do perfil de consumo, da sazonalidade e da tarifa do uso da distribuição local, é possível desenhar contratos sob medida para as necessidades do consumidor. Também são definidas estratégias para a contratação de energia da forma mais eficiente e vantajosa para o tipo de negócio do cliente.

Geradora e comercializadora de energia no mercado livre, a AES Brasil também oferece aos seus clientes a possibilidade de contratar energia já com certificação de origem de fonte renovável. Conhecidos como RECs, são documentos rastreáveis que comprovam para clientes, mercado e plataformas de certificação ambiental o uso de energia mais limpa pela empresa consumidora. Tem interesse em migrar para o Mercado Livre de Energia com a AES Brasil? Acesse nossa página e fale com nossos especialistas.


Como as redes inteligentes podem transformar o futuro do setor de energia

Redes elétricas inteligentes, ou smart grids, são o futuro do fornecimento de energia. Estes sistemas avançados, equipados com sensores, medidores inteligentes e comunicação, permitem a coleta instantânea e análise de dados, garantindo o monitoramento preciso do fluxo de eletricidade. 

Com essa tecnologia de ponta, é possível identificar padrões de consumo e prever demandas futuras. Além disso, elas otimizam a distribuição de energia, equilibram a carga de forma eficiente e detectam falhas com rapidez usando algoritmos de aprendizado de máquina.

Essa tecnologia, também chamada de redes elétricas 4.0, surge com a demanda por sistemas mais inteligentes e eficientes. São também reflexo do aumento das preocupações ambientais e da necessidade urgente de reduzir as emissões de carbono diante dos avanços das mudanças climáticas.

Os benefícios das smart grids para os consumidores são imediatos. Com a capacidade de monitorar o consumo de energia em tempo real e ajustar automaticamente o fornecimento, elas promovem eficiência energética e reduzem os custos para os usuários. Além disso, ao tornar a rede mais resiliente e capaz de lidar com interrupções, garantem um fornecimento mais confiável de eletricidade para residências e empresas.

Energias renováveis

Um dos principais avanços das redes inteligentes é sua capacidade de incorporar à rede elétrica fontes de energia renovável não despacháveis (consideradas intermitentes). Com o crescimento da geração de energia solar e eólica, por exemplo, as smart grids assumem um papel essencial na estabilização da rede, lidando com a intermitência dessas fontes de energia. Isso não apenas diminui a dependência de combustíveis fósseis, mas também impulsiona a transição para uma matriz energética mais sustentável e limpa.

Mercados como os da Ásia, dos Estados Unidos e da Europa já oferecem os benefícios das smart grids. Por exemplo, dispositivos de monitoramento e controle conectados a residências e edifícios comerciais permitem o gerenciamento inteligente do consumo de eletricidade, resultando em economias significativas de custos. 

Até 2027, estima-se que as redes inteligentes de energia elétrica possam gerar uma economia de custos na gestão energética de até US$ 125 bilhões, conforme indica um estudo realizado pela consultoria Juniper Research.

No Brasil, onde a energia elétrica representa uma parcela significativa da matriz energética, o Ministério de Minas e Energia já realizou um amplo estudo sobre o emprego das redes inteligentes e seus técnicos fizeram visitas a países como os Estados Unidos para conhecer e estudar as melhores formas de implantação do sistema. O futuro das redes elétricas bate à porta e promete trazer com ele um cenário mais verde e sustentável.