Dia: 25 de maio de 2023

Hidrogênio: as oportunidades para o transporte rodoviário no Brasil

Recentemente, o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou um plano para promover a produção e uso do hidrogênio no Brasil, que contará com a criação de incentivos fiscais e de estudos para identificar as melhores formas de utilização desse combustível renovável. 

Uma das principais vantagens do uso do hidrogênio no transporte de cargas rodoviário é a redução das emissões de gases poluentes, além de contribuir para a sustentabilidade do setor de transporte. No entanto, a falta de infraestrutura para produção, armazenamento e distribuição do produto ainda é um dos principais desafios na adoção do hidrogênio como fonte de energia. 

Para viabilizar o uso do combustível em larga escala, será necessário investir em uma rede de abastecimento adequada, somado à necessidade de redução de seu custo, que ainda é elevado se comparado com os combustíveis fósseis.

Diante desses desafios, as iniciativas em pesquisa e desenvolvimento visam escalar a produção de hidrogênio limpo. Com o aumento da demanda global por H2V, o objetivo é abastecer veículos e iniciar exportações e acompanhar a tendência global, em que é previsto que os preços caiam à medida que a produção em larga escala se torne mais comum, posicionando o hidrogênio como de fato uma alternativa viável.

Mercado Livre: consumo de energia cresce 10,7% em 12 meses

De acordo com a Abraceel, o consumo de energia no Mercado Livre aumentou em 10,7% entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023. De acordo com o Boletim da Energia Livre, publicado pela Associação, o consumo do último mês chegou a 26.969 MW médios, já suficientes para abastecer todas as residências e comércios brasileiros, caso os consumidores do mercado cativo já pudessem escolher seu fornecedor. 

Já em unidades consumidoras, o Mercado Livre cresceu 17% no mesmo período, somando mais 4.609 UCs, o que resultou em 32.142 unidades consumidoras no Ambiente de Contratação Livre (ACL), agrupadas em 11.265 consumidores. Nesse dado, cada unidade consumidora equivale a um medidor de energia.

Ainda segundo o boletim publicado, o custo da energia, que compõe a tarifa elétrica, foi de R$ 278/MWh no mercado regulado, frente a R$ 100/MWh no ambiente livre, chegando a 64% de diferença entre ambos. O Mercado Livre se consolidou, também, como indutor das energias renováveis, com destaque para a absorção de 47% da energia gerada por eólicas e 53% por solares centralizadas. Ao todo, o mercado absorveu 53% da geração de energia consolidada de fontes renováveis, impulsionando a transição energética do país em larga escala. 

O ritmo de crescimento ACL reforça a crescente quantidade de consumidores habilitados a negociar livremente a compra de energia junto a qualquer fornecedor, comercializador ou gerador. Entre os fatores que justificam a expansão recente, estão os melhores preços oferecidos em relação ao mercado regulado, criação de novos produtos para consumidores livres e a expansão da contratação de usinas renováveis para abastecimento deste mercado. 

O ACL atualmente já responde por 40% da demanda nacional de energia,  mesmo com volume menor de consumidores, quando comparado aos 88 milhões do mercado cativo. 

A partir de 2024, com o impulso para estabelecimentos como padarias e pequenos comércios, espera-se um novo aumento na migração de consumidores para o Mercado Livre de energia, preparando, também, o país para um possível futuro cenário de migração dos demais clientes a partir de 2026. 

Fontes:

https://www.canalenergia.com.br/noticias/53245958/mercado-livre-consumo-de-energia-cresce-107-em-12-meses

https://www.bol.uol.com.br/noticias/2023/05/02/mercado-livre-de-energia-salta-30-no-1-tri-e-se-prepara-para-aceleracao-em-2024-diz-ccee.htm