Nordeste: o pólo de produção de energia limpa do país
O Nordeste é o grande responsável pela geração eólica e solar fotovoltaica do país. A capacidade instalada da região, de 28,3 gigawatts (GW), representa 82,6% da energia solar e eólica nacional. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atualmente, a região concentra outros 76,2 GW de capacidade de geração eólica e solar já outorgada pela agência – ou seja, projetos autorizados, mas que ainda não possuem suas instalações confirmadas pelas empresas de energia.
A AES Brasil tem presença marcante no Nordeste e conta com uma equipe especializada, que busca entender o negócio das empresas locais e oferecer serviços customizados de acordo com a necessidade do cliente, das grandes indústrias aos consumidores menores. Há também alto interesse da companhia em contribuir para o desenvolvimento social e econômico dessa região do país.
Mas o potencial nordestino é ainda maior. Os estados da região somam 10 GW em projetos em fase de construção e 79,7% das novas instalações programadas para entrarem em operação no país, ainda segundo dados da Aneel. Esse cenário irá garantir ao Nordeste a hegemonia eólica e solar para a próxima década. Fatores naturais colocam a região na vanguarda da transição energética:
- Condições climáticas, com ventos intensos e constantes e altos níveis de radiação solar;
- Extensas áreas de terras propícias para a instalação de parques solares e eólicos, o que torna a energia renovável produzida no Nordeste uma das mais baratas do mundo;
- Linhas de financiamento específicas que facilitam os investimentos na região.
“Há uma complementaridade entre as fontes que ajuda a garantir a segurança do sistema elétrico. Com a característica da redução das chuvas no segundo semestre do ano, período seco do sistema, temos normalmente uma produção hidrelétrica menor, e é justamente neste período que os ventos são mais intensos, compensando com maior produção de energia eólica. Além disso, o Nordeste é conhecido por seus longos períodos de sol, apresentando um dos maiores índices de radiação solar do país, o que o torna um local de grande potencial”, aponta Almir Rogério Costa Sassaron, gerente de Planejamento Energético da AES Brasil.
Outros fatores que têm influenciado a expansão do Nordeste no setor são a queda significativa no custo de instalação de projetos de energia renovável nos últimos anos e o avanço da tecnologia de painéis fotovoltaicos e turbinas eólicas, explica Francisco Ricardo da Silva Pinto Filho, gerente de Projetos Renováveis da AES Brasil.
Mas não só. “Considerando que a energia elétrica representa grande parte do custo da eletrólise, o Nordeste brasileiro tem uma grande vantagem competitiva na produção de hidrogênio verde, pois tem uma das energias renováveis mais baratas do mundo e uma infraestrutura portuária propícia à exportação”, explica Francisco. A AES Brasil vê o hidrogênio como uma importante ferramenta para a descarbonização das operações de grandes indústrias como mineração, aviação e transporte.
Atenta à essa oportunidade, além dos investimentos em energia eólica, em 2022 a AES Brasil firmou um pré-contrato com o Complexo de Pecém, no Ceará, para um estudo de viabilidade da construção de uma planta com capacidade instalada inicial de produção de até 2 GW de hidrogênio verde e de até 800 mil toneladas de amônia verde por ano.
Ativos da AES Brasil no Nordeste
A AES Brasil acredita no potencial do Nordeste para a geração de energia limpa e investimos na região como parte de nossa estratégia de ampliação do portfólio em ativos solares e eólicos. Já possuímos cinco complexos eólicos em operação:
- Ventus (RN)
- Alto do Sertão II (BA)
- Salinas e Mandacaru (CE)
- Ventos do Araripe (PI)
- Caetés (PE)
Temos ainda dois ativos em construção: os complexos eólicos Tucano (BA) e Cajuína (RN), que, juntos, terão capacidade instalada de 1 GW. Mantemos mais 272 MW de projetos solares em fase de desenvolvimento, localizados próximos aos parques de Cajuína, Tucano e Alto Sertão II, com o objetivo de hibridização e aproveitamento de sinergias operacionais.