Descubra como Energy as a Service e Open Energy ajudam a colocar o cliente no centro 

A relação dos consumidores com o mercado de energia elétrica está mudando. Iniciativas como Energy as a Service (EaaS) e Open Energy colocam o cliente no centro da relação, conferindo mais autonomia e empoderando-o na hora de contratar um serviço de fornecimento. E, graças a investimentos em inovação e tecnologia, essa transformação tende a acontecer ainda mais rapidamente. Entenda como cada um desses serviços funciona: 

Energy as a Service (EaaS)

É um modelo de negócio que oferece soluções completas e personalizadas para fornecimento, gestão e eficiência de energia elétrica, com o cliente no centro, em vez de apenas vender energia como uma commodity. Desta forma, o consumidor tem mais autonomia para pagar por serviços energéticos fornecidos por terceiros, em vez de investir em equipamentos e infraestrutura para a geração de energia elétrica, como instalação de painéis solares. Geralmente, é um serviço oferecido por assinatura, com um pagamento recorrente estabelecido em contrato. 

Apesar do Energy as a Serviceainda estar em estágios iniciais, já se vislumbram exemplos que incluem as instalações energéticas compartilhadas, que permitem aos clientes consumirem a energia gerada ou armazenada em instalações de empresas especializadas, pagando apenas pelos serviços energéticos consumidos. Outra frente são as soluções de eficiência energética para edifícios e instalações industriais, com sensores inteligentes, monitoramento remoto e otimização do consumo.

Projeção da Marketing Research Future, empresa global de pesquisa de mercado, estima que o modelo de negócios de EaaS deverá crescer de US$ 74,03 bilhões em 2023 para US$ 125,54 bilhões até 2030, com uma taxa composta de crescimento anual de 9,20% durante esse período.

Open Energy

É um conceito similar ao Open Banking: refere-se à abertura e interoperabilidade de dados dos sistemas de energia. Isso permite maior transparência, acessibilidade e colaboração entre os diversos participantes do mercado de energia elétrica – sempre com o cliente no centro da relação. 

Se colocado em prática de forma ampla, o Open Energy pode promover a integração de tecnologias, dados e processos, buscando a otimização e maior eficiência do sistema energético como um todo. O Open Energy pode criar também mercados de energia descentralizados, resultando em maior autonomia na alocação de recursos energéticos.

Abertura de mercado

A abertura do Mercado Livre de Energia para todos os consumidores conectados à alta tensão, efetivada no início deste ano, é vista pelo setor como um marco importante no avanço do conceito de Energy as a Service (EaaS). Em vez de serem simplesmente consumidores passivos – sem autonomia de escolha, como ocorre no mercado regulado –, no ambiente de contratação livre  os clientes são protagonistas e negociam ativamente para otimizar o seu consumo energético, o que resulta na redução de custos e do impacto ambiental.  

Ao se permitir, no modelo de Energy as a Service, a contratação de provedores que operam e mantêm infraestruturas energéticas em um modelo horizontal e distribuído, amplia-se o espaço para a criação de ofertas personalizadas, alinhadas aos objetivos e preferências de cada consumidor — como já ocorre hoje no mercado livre —, o que impulsionaria ainda mais a evolução do setor. 

Digitalização do setor 

Nada disso seria possível sem o avanço da tecnologia e a transformação digital no setor de energia no Brasil, explica a gerente de P&D e Inovação da AES Brasil, Julia da Rosa Howat Rodrigues. A Internet das Coisas (IoT) e a Inteligência Artificial (IA), por exemplo, aumentam a eficiência energética, melhorando a entrega de energia e reduzindo desperdícios, explica.  

Julia cita relatórios que indicam potencial de economia de 20% em despesas operacionais, além de ganhos de 20% a 40% em produtividade, segurança e compliance gerados pela digitalização do setor elétrico

Entre os avanços tecnológicos que já são realidade, a gerente destaca os medidores inteligentes, que permitem o monitoramento e o gerenciamento mais assertivo do consumo de energia elétrica, e o uso da Inteligência Artificial na previsão de demanda e detecção de falhas em tempo real. 

“A Web3 e o blockchain desempenham papel crucial na criação de uma infraestrutura energética mais conectada e adaptável, promovendo uma rede elétrica mais inteligente, resiliente e com maior eficiência”, completa.

A AES Brasil está atenta aos avanços do setor elétrico e investe de forma constante e estratégica em inovação, buscando sempre soluções customizadas para seus clientes. Nos últimos 10 anos, foram mais de R$ 90 milhões aplicados em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, sendo a primeira empresa do setor a utilizar o recurso regulado da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para investir em startups, em 2016. 

Além de oferecer energia 100% renovável e segura, nosso portfólio de inovação oferece novos produtos que auxiliam na jornada de descarbonização das empresas, permitindo autonomia e redução de custos.