Tucano, um parque eólico operado 100% por mulheres
O Complexo Eólico Tucano, primeiro no Brasil operado por uma equipe local formada apenas por mulheres, foi inaugurado em 3 de outubro na Bahia. Localizado nos municípios de Tucano, Biritinga e Araci, no interior do estado, está entre os 23 ativos 100% renováveis da AES Brasil. “A AES abraçou mesmo esses dois pontos muito importantes para que a gente tenha um mundo melhor: a transição energética e a equidade de gênero”, aponta Juliana Oliveira, coordenadora no complexo.
Uma joint venture AES Brasil e Unipar
Parte do projeto foi construída em parceria com a Unipar, líder na produção de cloro e soda e segunda maior produtora de PVC na América do Sul. Do total de 322 MW de capacidade instalada do complexo, a joint venture Unipar e AES Brasil soma 155 MW de energia renovável para a empresa química, no sistema conhecido como Autoprodução.
O que é Autoprodução?
É uma modalidade na qual o consumidor gera a energia que consome nas suas unidades de negócio. Entre as vantagens de ser um autoprodutor estão a redução de encargos, previsibilidade de custos e maior sustentabilidade – no caso daqueles que optam por fontes renováveis, como eólica, solar ou hídrica.
“As grandes empresas assumiram grandes compromissos. Todas elas têm necessidade de uma energia competitiva, renovável e sustentável. Essa demanda é o principal foco da AES, em poder estruturar soluções para atender e satisfazer essa necessidade do mercado”, destaca Rogério Pereira Jorge, CEO da AES Brasil.
Metas de sustentabilidade
O acordo garantirá à Unipar energia limpa e renovável por um período de 20 anos, com fornecimento de 2023 até 2043. A parceria é parte da meta da empresa de alcançar 100% de toda a demanda de energia elétrica das operações no Brasil oriundas de fontes renováveis até 2025 - sendo 80% por meio de contratos de autoprodução, como este na Bahia.
Assista ao vídeo e conheça mais sobre o novo Complexo Eólico Tucano
“Sustentabilidade, para nós, é um tema muito importante. Primeiro, porque somos uma empresa química, a energia é um dos principais insumos que nós temos. Nós precisávamos de energia renovável e nós fomos buscar um parceiro que trouxesse o conhecimento técnico, a solidez financeira, a tradição”, afirma o CEO da Unipar, Maurício Russomanno, sobre a parceria com a AES Brasil
Como funcionou a capacitação feminina para a operação do parque eólico?
Parte das colaboradoras que comandam a operação e manutenção do complexo foi capacitada em uma iniciativa da AES Brasil em parceria com o Senai-BA (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial da Bahia). Ao todo, 28 alunas foram formadas no ano passado no curso de Capacitação em Especialização Técnica em Operação e Manutenção de Parques Eólicos, oferecido gratuitamente e exclusivo para formação de mulheres no setor energético.
“O Complexo Eólico Tucano é um projeto importante por inúmeras razões. Além de contribuir para a transição energética e ser pioneiro no Brasil com um time de Operação & Manutenção composto apenas por mulheres, ele é o primeiro projeto eólico construído pela AES Brasil no país e, com isso, materializa tanto nossa estratégia de crescimento como nossas credenciais para execução de projetos desse tipo”, destaca Rogério Jorge.
Especificamente na Bahia, a companhia já opera o Complexo Eólico Alto Sertão II desde 2017.