Energias renováveis serão a grande maioria na capacidade de energia do mundo até o ano de 2026, segundo IEA.

Segundo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), apesar da elevação dos valores dos materiais utilizados para a fabricação de painéis solares e turbinas eólicas, as energias renováveis responderão por mais de 90% do aumento da capacidade energética mundial, até o ano de 2026.

A nova capacidade de energia renovável trará um segundo recorde consecutivo no ano de 2021, segundo o órgão de energia, localizado em Paris, em seu relatório anual sobre o mercado de energias renováveis.

O diretor executivo da IEA, Fatih Birol, diz que: “As adições recordes de eletricidade renovável deste ano de 290 gigawatts são mais um sinal de que uma nova economia global de energia está emergindo”.

“Os altos preços das commodities e da energia que vemos hoje representam novos desafios para a indústria de energias renováveis, mas os preços elevados dos combustíveis fósseis também tornam as energias renováveis ​​ainda mais competitivas”.

Até 2026, a capacidade de eletricidade renovável mundial será equivalente a de combustíveis fósseis e energia nuclear, juntas, pontuou a AIE.

Ainda segundo a AIE: Promovidas por promessas na conferência da COP26 em Glasgow no mês passado, as políticas governamentais e as metas climáticas impulsionam este crescimento das energias renováveis, porém o ritmo precisa ser acelerado para limitar os aumentos de temperatura”.

Enquanto a Índia deve dobrar as novas instalações de 2015/2020, a China está quatro anos à frente das próprias metas de infraestruturas eólicas e solares, liderando o mundo em uma nova capacidade.

Fatih Birol, afirma: “A China continua demonstrando seus pontos fortes em termos de energia limpa, com a expansão das energias renováveis ​​sugerindo que o país pode atingir um pico em suas emissões de CO2 bem antes de 2030”.

A IEA ainda alertou que, para poder atingir a emissões líquidas zero até o ano de 2050, as adições médias anuais de capacidade solares e eólicas teriam que dobrar em relação às previsões atuais da agência nos próximos cinco anos, enquanto o crescimento da demanda anual por biocombustíveis precisará ser quadruplicada.

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