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Saiba como é o programa de repovoamento de peixes em áreas de hidrelétricas

As atividades do setor elétrico envolvem ações de responsabilidade socioambiental nas regiões onde estão localizadas as usinas e complexos de geração de energia. No caso das hidrelétricas, que representam 50% das capacidade instalada da matriz elétrica nacional, o repovoamento de peixes é fundamental para manter o equilíbrio da biodiversidade local.

No entorno dos reservatórios da AES Brasil em Barra Bonita e Promissão, no interior de São Paulo, é realizado o Programa de Manejo Pesqueiro desde 1999. Por ano, são produzidos e repovoados cerca de 2,5 milhões de alevinos – como são chamados os filhotes de peixes.

O programa trabalha exclusivamente com espécies de peixes nativos da região: curimbatá, pacu-guaçu, piapara, dourado, tabarana e piracanjuba.  

“Um dos maiores benefícios deste programa é manter a biodiversidade nos reservatórios. Isso favorece a comunidade ribeirinha e os pescadores, que tiram o sustento no dia a dia para sua família”, explica Silvio Carlos Santos, analista de Meio Ambiente da AES Brasil.

Manutenção da biodiversidade

Até chegar na soltura dos alevinos nos reservatórios operados pela AES Brasil, há todo um processo que envolve uma equipe de biólogos e piscicultores. Parte dele acontece no laboratório de piscicultura, e a outra nos tanques de reprodução que ficam na unidade da empresa em Promissão.

“A minha função é trabalhar em todo o processo da produção dos alevinos, desde o trato dos animais, da alimentação, além de verificar a qualidade da água e também do manejo dos peixes”, conta Jônatas Emanuel, auxiliar de piscicultura.

Morador da região, Jônatas diz se sentir realizado com o trabalho no projeto e por contribuir para manter a vida nos rios. “Ver os peixinhos desde o zero, a gente criar, repovoar, soltar no rio, ver o rio com vida. Para mim é a melhor coisa que tem”, afirma.

O programa da AES Brasil também envolve ações educativas com alunos de escolas da região, que acompanham algumas das solturas de alevinos e aprendem sobre a biodiversidade e a importância da preservação das espécies dos rios.

Assista ao minidocumentário sobre o Programa de Manejo Pesqueiro:

Veja como é cada etapa da produção dos alevinos até o repovoamento

1 – Peixes reprodutores são criados em tanques com bastante água que seja de boa qualidade. A alimentação é balanceada e também é realizado controle sanitário.

2 – É feita uma seleção dos reprodutores que já tenham iniciado a liberação de ovos. As características de cada espécie são observadas para a reprodução em laboratório.

3 – Doses de hormônios – naturais e sintéticos – são liberadas para estimular os espermatozóides dos machos e os ovos das fêmeas. Os hormônios são necessários para o amadurecimento do aparelho reprodutor.

4 – No laboratório, os estímulos naturais são controlados e as condições, como taxa de oxigenação da água e iluminação, são adaptadas para o acasalamento dos peixes.

5 – Os gametas são liberados e misturados para a fecundação e hidratação dos ovos, que são coletados e transferidos para as incubadoras. Depois de até 5 dias, eles serão transferidos para tanques externos.

6 – As larvas de peixes são cultivadas em tanques externos e ficam nestes locais entre 45 e 90 dias. Quando se transformam em alevinos com tamanho de 10 cm, são transportados e soltos em áreas de reservatórios das usinas hidrelétricas.

7 – Os alevinos soltos no repovoamento ajudam a preservar espécies ameaçadas ou aquelas com declínio em sua população natural.

Qual a importância dos I-RECs no Mercado Livre de Energia?

I-REC é a sigla em inglês para certificado internacional de energia renovável: International Renewable Energy Certificate. São documentos rastreáveis e de alta confiabilidade, que comprovam que o consumo de energia elétrica de uma empresa tem origem em fontes renováveis como eólica, solar, hídrica e biomassa.

Como funcionam os RECs?

Cada certificado equivale a 1 MWh (megawatt/hora) de energia renovável consumida. “Os certificados são importantes para atender aos objetivos de sustentabilidade de cada empresa”, explica o coordenador de Comercialização e Soluções em Energia da AES Brasil, Thiago Sendon. Eles comprovam que as empresas cumpriram com obrigações internas ou compromissos com outras organizações que necessitem de consumo de energia renovável.

Ao buscar um comercializador de RECs, as empresas devem saber qual o volume de energia consomem em determinado período de tempo, geralmente em um ano, além de especificar de qual fonte querem o certificado – no portfólio da AES Brasil, por exemplo, são oferecidos RECs de fontes hídrica, solar ou eólica. Com essas informações, o comercializador pode identificar qual o certificado mais adequado às necessidades daquele consumidor. 

Hoje, são comercializados dois tipos de certificado no Brasil: o I-REC Standard e o REC Brazil. Na AES Brasil, além desses dois já citados, há também o REC AES. 

Mas antes de apresentarmos as particularidades de cada certificado, é preciso deixar claro como são definidos os escopos de emissão de gases de efeito estufa considerados nos protocolos internacionais para emissão de selos de sustentabilidade (como o GHG). 

Confira a explicação de Luciano Figueredo, gerente de projetos do Instituto Totum, responsável pelo desenvolvimento e gestão do Programa Brasileiro de Certificação de Energia Renovável no Brasil e representante nacional do I-REC Standard:

Escopo 1 – emissões diretas da atividade da empresa, como uso de ar condicionado ou gerador.

Escopo 2 – emissões indiretas, provenientes da eletricidade consumida pela empresa em suas instalações e nas cadeias produtivas.

Escopo 3 – são emissões indiretas provenientes da cadeia de fornecedores da empresa e de atividades que ela não controla.

Entenda as particularidades de cada certificado de energia renovável:

I-REC Standard

É reconhecido internacionalmente e comprova a compra de energia gerada por fonte renovável. Possibilita reportar as emissões de escopo 2, relacionadas ao consumo de energia elétrica das empresas.

REC Brazil

Garante ao cliente que a usina geradora de energia elétrica atende a, pelo menos, 5 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Organização das Nações Unidas (ONU). Ideal para empresas que, além de mitigar emissões do escopo 2 (como no caso do I-REC Standard), desejam cumprir requisitos mais rigorosos de sustentabilidade. 

REC AES

Certificado para clientes da AES Brasil no Mercado Livre de Energia. Garante que a demanda contratada para consumo da empresa vem de fontes renováveis. Permite reportar as emissões de escopo 2, relacionadas ao consumo de energia elétrica (como no caso do I-REC Standard). Tem custo menor e é indicado para empresas que não precisam de certificação internacional.

Em que momento uma empresa pode adquirir RECs?

Thiago Sendon, da AES Brasil, explica que os consumidores que estão no Mercado Livre de Energia e ainda não têm certificados podem fazer a compra dos RECs, mesmo que a energia já tenha sido comercializada. Já aqueles que ainda vão entrar no ambiente de contratação livre podem adquirir a certificação na hora de fechar a compra da energia. “Só é preciso entender qual a necessidade do cliente para seguir com o certificado mais indicado”, comenta.Tem interesse em adquirir RECs para sua empresa? Saiba como.

Setor de energia solar pode movimentar R$ 2,2 trilhões até 2050

A geração de energia solar fotovoltaica está em constante crescimento no Brasil. Nos primeiros nove meses de 2023, foi verificado um aumento de 62% na geração solar centralizada em relação ao mesmo período de 2022 – enquanto a eólica aumentou 17%, e a hídrica se manteve estável. Os dados foram divulgados na edição de setembro do Boletim Mensal de Energia do Ministério de Minas e Energia

A evolução promete seguir o mesmo ritmo pelos próximos anos. Um estudo realizado pelo Portal Solar mostra que a demanda por energia solar fotovoltaica pode movimentar cerca de R$ 2,2 trilhões no setor elétrico brasileiro até o ano de 2050

A procura extra seria causada pela eletrificação da frota de veículos e pela produção de hidrogênio verde – um tipo de combustível mais limpo e que está entre as apostas para a transição energética global e a redução do uso de combustíveis fósseis. 

Por conta da descarbonização das economias, haverá necessidade de adicionar 540 GW em sistemas fotovoltaicos nas próximas três décadas no Brasil.

“Exigências ambientais, custos de investimentos e possibilidade de geração elétrica próxima ou junto ao local de consumo fazem com que a energia solar fotovoltaica se posicione como a tecnologia mais viável para atender esse crescimento de demanda”, diz o CEO do Portal Solar, Rodolfo Meyer.

A geração chamada de centralizada vem das usinas de energia solar. Já a chamada geração distribuída vem dos painéis solares em residências, condomínios e estabelecimentos residenciais, por exemplo. 

O que é a energia solar?

A energia solar fotovoltaica é a energia elétrica gerada a partir da luz do sol. É  uma fonte de energia renovável e limpa, que não libera gases poluentes, o que  contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

As fontes renováveis representam 88% da oferta interna de eletricidade no Brasil, conforme o Balanço Energético Nacional (BEN) de 2023 referente ao ano de 2022. A expansão da matriz elétrica em 2023 contou, até novembro, com a entrada em operação comercial de 245 usinas, sendo que as usinas eólicas e solares equivalem a 90% da capacidade instalada no ano. 

Conforme dados compilados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), essa fonte tem mais de 35,7 GW operacionais e mais de 1 milhão de novos empregos gerados.

A energia solar no Brasil em números*

  • Mais de 35,7 GW operacionais
  • Mais de 43,8 milhões de toneladas de CO2 que deixaram de ser emitidas 
  • Mais de R$ 173,8 bilhões em novos investimentos
  • Mais de 1 milhão de novos empregos gerados
  • Mais de R$ 48,4 bilhões em tributos arrecadados

*Dados da Absolar – dezembro/2023

Futuro Promissor

Em dezembro de 2023, a energia solar fotovoltaica representava 16% da matriz energética brasileira, conforme o boletim nº 62 da Absolar. A capacidade de geração de energia desta fonte deve crescer. A associação prevê um aumento de 26% em relação à capacidade atual, alcançando 45,5 GW no fim de 2024.

A maior parte do crescimento será das usinas solares de Geração Distribuída (GD), aquelas de pequeno porte, compostas por painéis solares que geram a própria energia de casas, condomínios, estabelecimentos ou pequenas empresas, por exemplo. 

Elas já apresentaram crescimento de 82% na capacidade instalada entre agosto de 2022 e o mesmo mês de 2023, conforme o Boletim Mensal de Energia. A previsão é de que a GD alcance 31 GW em 2024 – atualmente são 25,1 GW. O valor corresponde a quase 70% da potência total dessa fonte no país. 

Para o Ministério de Minas e Energia, o crescimento da geração distribuída é reflexo de políticas públicas de incentivo às fontes de energia renováveis e à

micro e minigeração distribuída, como a isenção da tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) até o ano de 2045 para sistemas implantados ou com solicitações de acesso protocolados até 7 de janeiro de 2023. Os sistemas implantados até 31 de dezembro de 2028 terão isenção parcial desta tarifa. 

As de geração centralizada, que são as grandes usinas, também tiveram aumento na capacidade instalada entre o período de 2022 e 2023 e avançaram 78,9%. Para 2024, a expectativa é de aumento de 3,3 GW em relação à capacidade atual, alcançando o total de 14,4 GW.

Fontes: Boletim Mensal de Energia, Portal Solar, Absolar e Aneel.

Sua empresa pode se ver livre da bandeira tarifária? Descubra

A bandeira tarifária é um sistema criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2015 para indicar as condições ambientais para a geração de energia elétrica e como isso impacta no valor da conta de luz dos consumidores do mercado regulado – ou seja, de pessoas físicas e empresas que contratam energia com as distribuidoras locais.  

Nesta classificação, as cores das bandeiras apontam qual será o custo da energia de acordo com as condições em que ela foi gerada. Por exemplo: em períodos de seca ou nos quais é necessário acionar as termelétricas, o consumidor pode ser surpreendido com a bandeira vermelha, que deixa a conta de energia mais cara. 

Um dos principais contras deste sistema para os consumidores é a imprevisibilidade de custos com energia elétrica. Veja abaixo como funciona o sistema de bandeiras tarifárias em detalhes. 

(aqui faremos uma arte com as cores de cada tarifa)

4 bandeiras 

estabelecidas pela Aneel de acordo com as de condições ambientais para a geração de energia:

Verde – condições favoráveis de geração de energia elétrica. Não há acréscimo de valores na tarifa

Amarela – condições menos favoráveis. Acréscimo de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora (kWh) consumido

Vermelha Patamar 1 – condições mais custosas. Acréscimo de R$ 0,03971 para cada quilowatt-hora (kWh) consumido

Vermelha Patamar 2 – custo alto na geração. Acréscimo de R$ 0,09492 para cada quilowatt-hora (kWh) consumido

(Fonte: Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel)

Na realidade brasileira, com 51% da matriz elétrica nacional de usinas hidrelétricas, isso significa que a tarifa de energia varia de acordo com as condições dos reservatórios. 

Durante períodos de seca e de diminuição na capacidade de geração, é preciso usar energia gerada pelas centrais termelétricas, que é mais cara. Nessas situações, a bandeira tarifária fica amarela ou vermelha, o que reflete em aumento no valor da conta de luz no fim do mês. 

Estar sujeito às flutuações que o sistema enfrenta e não saber se a conta de luz virá mais alta por causa das bandeiras tarifárias já é um peso para os consumidores residenciais. E, para o empresário, traz incerteza quanto aos gastos com energia, portanto, menor capacidade de planejamento orçamentário e de investimentos.

A grande oportunidade que se abre em 2024 é que, para todas as empresas ligadas na alta tensão, existe uma forma do seu negócio ficar livre dessa cobrança. É passar a consumir no ambiente de contratação livre (ACL), ou Mercado Livre de Energia.

Conheça o Mercado Livre de Energia

Trata-se de uma opção para as empresas que querem ou precisam ter mais previsibilidade dos gastos com energia elétrica. No Mercado Livre de Energia, também conhecido como ambiente de contratação livre, a negociação é feita diretamente com as companhias geradoras e/ou comercializadoras. 

É possível definir em contrato preços, prazos, volume de contratação, índice de reajuste anual e outros detalhes de acordo com as necessidades de cada negócio. Sem as variações de tarifa fica muito mais fácil prever os gastos por todo o período de contratação, que é negociado previamente.

O diretor Comercial da AES Brasil, José Carlos Reis, explica que vivemos um ótimo momento para a migração. “O valor está muito atrativo para compra de energia no mercado livre. O cliente tem a oportunidade de capturar o maior ganho possível com essa mudança.” A economia nos gastos com energia podem ficar em torno de 35%, dependendo da região onde a empresa está localizada. “Isso melhora o negócio e amplia sua competitividade”, aponta o executivo.

4 benefícios

do Mercado Livre de Energia

1 Menor preço

A concorrência estimula a oferta de energia a preços mais atrativos.

2 Previsão de custos 

O preço da energia elétrica é predefinido na hora da contratação, assim como o índice de reajuste anual – que pode ser IPCA ou IGP-M, por exemplo. É um mercado com menos variações e maior previsibilidade.

3 Livre negociação

Cada empresa escolhe seu fornecedor e pode negociar diretamente as condições comerciais. Assim, os contratos ficam sob medida para a necessidade de consumo de cada tipo de negócio. 

4 Sustentabilidade

Além de escolher o fornecedor, as empresas no mercado livre também escolhem o tipo de energia que querem contratar. Optar por fontes renováveis – como hídrica, eólica e solar – ajuda a impulsionar as metas de sustentabilidade e melhora a reputação da empresa diante de clientes, sociedade e investidores. 
Quer saber mais sobre o Mercado Livre de Energia? Clique aqui.

Como o Mercado Livre de Energia pode aumentar a competitividade da sua empresa 

Entre as possibilidades oferecidas pelo Mercado Livre de Energia, estão duas vantagens que interessam a todas as empresas que querem crescer nos negócios: economia e competitividade. 

A economia acontece devido ao poder de escolha do cliente no ambiente de contratação livre. Ter a liberdade de negociar preços,  prazos e condições ajuda a fechar contratos sob medida para as necessidades de cada negócio. E os formatos de contrato dão maior previsibilidade aos custos que a empresa terá com energia. 

As vantagens competitivas vêm da oportunidade de investir o dinheiro economizado em melhorias de processo, novos produtos e soluções. No Mercado Livre de Energia é possível, também, contratar energia de fontes 100% renováveis, contribuindo para as metas de sustentabilidade da empresa e melhorando sua reputação diante do mercado e dos investidores. 

Assista ao episódio do videocast Energia em Foco sobre economia e competitividade no Mercado Livre de Energia:

Confira os diferenciais do Mercado Livre de Energia que tornam a sua empresa mais competitiva: 

1 – Energia mais barata

A concorrência que existe no Mercado Livre de Energia faz com que comercializadoras e geradoras busquem constante inovação, criação de produtos e oferta de benefícios, o que contribui para que a energia tenha preços mais atrativos. Dependendo da região, a economia na fatura de energia das empresas que compram no mercado livre fica em torno de 35%.

2 – Previsão de custos

O preço da energia e o índice de reajuste anual são definidos em contrato após negociação entre o cliente e a comercializadora ou geradora de energia. Não existe a aplicação de bandeiras tarifárias e há menos encargos, o que evita as variações e revisões de tarifas comuns do mercado regulado – que tem um nível de previsibilidade mais baixo.

3 – Livre negociação 

Escolher livremente quem vai fornecer a energia para a sua empresa e poder negociar as condições comerciais e os prazos permite ter um contrato sob medida para as necessidades do consumidor.

4 – Sustentabilidade

Além de escolher o fornecedor, os consumidores do mercado livre podem escolher o tipo de energia que irão contratar. Ao optar pelas fontes renováveis – como  eólica, solar e hídrica –, a empresa reduz a emissão de gases de efeito estufa, impulsiona as metas de sustentabilidade e melhora sua reputação diante de clientes, sociedade e investidores. 

Um futuro promissor 

Até o final de novembro de 2023, o Brasil tinha cerca de 37 mil unidades consumidoras no Mercado Livre de Energia, o que respondia por 37% do consumo total de eletricidade do país, conforme dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). 

Com a recente abertura para todas as empresas conectadas à alta tensão, a expectativa é que a competitividade no Mercado Livre de Energia cresça ainda mais. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nos primeiros dias de janeiro, 13 mil consumidores já haviam solicitado a migração. Entre eles estão pequenas indústrias, supermercados, padarias, shoppings e hospitais. 
Quer saber mais sobre o Mercado Livre de Energia? Acesse nossa página

Em 2024, toda empresa na rede de alta tensão pode comprar energia no mercado livre

Falta pouco para que todas as empresas ligadas à rede de alta tensão – conhecidas no jargão do setor elétrico como Grupo A – possam fazer parte do ambiente de contratação livre. Ou seja, ter a liberdade de escolher quem será seu fornecedor de energia elétrica. 

A mudança começa em 1º de janeiro de 2024 e promete trazer muitas vantagens para as empresas que ainda estão no mercado regulado, em que só existe a opção de comprar a energia fornecida pela distribuidora que tem a concessão local. 

Um dos principais benefícios do chamado Mercado Livre de Energia é o preço. Dependendo da região onde a empresa está localizada, a economia na fatura pode ficar em torno de 35%.  

Como existe concorrência entre os fornecedores, o potencial cliente pode negociar as melhores condições de preços, prazos e volume contratado de acordo com a demanda do seu negócio. 

Os contratos são mais flexíveis, com o preço da energia e o índice de reajuste anual definidos já na assinatura do contrato. Também é possível escolher o tipo de energia que se quer comprar – de fonte solar, eólica, hídrica etc.

Outra vantagem é que, no ambiente de contratação livre, não existe bandeira tarifária, motivo de queixa frequente dos consumidores do mercado regulado.  

Ao entrar para o Mercado Livre com a AES Brasil, o consumidor pode garantir energia 100% renovável e com certificação, o que facilita para alcançar as metas de sustentabilidade da sua empresa.

35 países já têm mercados de energia completamente livres, inclusive para consumidores residenciais.

No Brasil, o Mercado Livre de Energia é a bola da vez para empresas:

Migrações das empresas na alta tensão já estão acontecendo

Um estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria) aponta que 56% das empresas ligadas à rede de alta tensão atendidas por distribuidoras têm interesse em migrar para o Mercado Livre de Energia.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) prevê que as distribuidoras percam 1% do mercado, o que equivale a mais de 5 mil consumidores, a partir de 2024. Essas migrações já começaram, pois é preciso informar para a atual distribuidora sobre a mudança com antecedência de 6 meses. 

Conforme a Abraceel, 5,3 mil contratos já foram encerrados junto às distribuidoras de energia e assinados com comercializadores para efetivar a migração em janeiro de 2024.

Quer saber mais sobre o Mercado Livre de Energia? Confira a cartilha da Abraceel sobre o tema e a sondagem especial da CNI.

Sua empresa é abastecida pela rede de alta tensão e tem interesse de migrar para o Mercado Livre de Energia? Fale com a gente.

O que esperar dos impactos do El Niño nas safras brasileiras em 2024

Ondas de calor, secas, chuvas fortes e inundações registradas nos últimos meses estão entre as manifestações do fenômeno climático El Niño no Brasil. E as consequências já se fazem notar na produção agrícola nacional, que abastece o setor de alimentos.

O clima extremo tem atrasado o plantio da nova safra em alguns estados, o que pode gerar um efeito cascata na semeadura e na colheita das safras seguintes, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) realizado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Além das temperaturas mais altas, o El Niño no Brasil é caracterizado por um verão chuvoso no Sul, maior irregularidade de chuvas no Centro-oeste e chuvas abaixo da média histórica no Norte e Nordeste.

O excesso de chuvas na região Sul já está comprometendo a semeadura de produtos como soja, milho e feijão. No centro-norte do país, estima-se que todo o ciclo da safra de 2023 e 2024 aconteça com chuvas abaixo da média nos principais estados produtores, como Mato Grosso, Tocantins, Piauí, Maranhão e Bahia. Nesta região, é a primeira safra do milho e também a soja e o algodão que já sofrem com a irregularidade das chuvas e o calor. E as perspectivas não são de melhora, por enquanto.

“O El Niño está em um estágio forte e deve atingir seu pico entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. A tendência é que o fenômeno se enfraqueça nos meses seguintes e tenha duração até o fim do primeiro semestre. Nesse período, espera-se que as chuvas continuem no Sul, que fiquem abaixo da média na região Norte e as temperaturas acima da média no Sudeste.” explica Leandro Rocha, meteorologista e especialista de Preços da AES Brasil.

Com isso, as safras de inverno devem acontecer ainda sob os efeitos do El Niño, e as temperaturas muito acima da média podem encurtar o ciclo das culturas e reduzir o potencial produtivo. A Organização Meteorológica Mundial (OMM), vinculada à ONU, aponta que 2024 pode ser o ano mais quente da história no mundo todo – superando 2016.

No Brasil, o IBGE prevê uma queda de 2,8% na safra de grãos, cereais e leguminosas no ano que vem. Serão 308,5 milhões de toneladas – 8,8 milhões de toneladas a menos que em 2023. A única previsão de aumento é na produção de arroz em casca – 10,5 milhões de toneladas em 2024, 2,5% a mais que no ano anterior.

Já a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trabalha com a estimativa de 319,5 milhões de toneladas de grãos produzidos na safra 2023/2024 e 30,85 milhões de toneladas de carnes – somando aves, bovinos e suínos.

Fontes: IBGE, Agrolink e Companhia Nacional de Abastecimento

Como funciona reflorestamento ambiental no entorno de hidrelétricas

Para preservar a biodiversidade do Cerrado e da Mata Atlântica no entorno de suas usinas hidrelétricas no interior de São Paulo, a AES Brasil realiza, desde 2017, o Programa Mãos na Mata. 

Considerado um dos maiores programas de reflorestamento de árvores nativas do Brasil, o Mãos na Mata recuperou, em cinco anos, cerca de 5 mil hectares. 

“O projeto visa incentivar e potencializar a restauração ecológica no estado de São Paulo e em torno dos reservatórios onde a AES está inserida”, explica Rafael Paranhos, engenheiro de meio ambiente da AES Brasil.

O foco é a preservação da flora e da fauna, com a proteção da biodiversidade, o auxílio no abastecimento de água subterrânea e a redução da erosão e do assoreamento.

Viveiro de mudas

O coração do programa é o viveiro de mudas que existe em Promissão, no interior paulista, onde são produzidas, anualmente, 1 milhão de mudas nativas – sendo 500 mil para ações próprias da companhia e 500 mil para ações com parceiros.

São 100 espécies de plantas, algumas ameaçadas de extinção. Entre as sementes cultivadas, estão o jequitibá-vermelho e a peroba. “Hoje, nós trabalhamos em cinco mulheres no viveiro. A produção de mudas começa na coleta de sementes. Depois, as meninas fazem essa semeadura, sementinha por sementinha.”, explica Franciele Oliveira, líder da equipe do viveiro.

Parcerias

Quando estão prontas para irem a campo, as mudas são destinadas ao plantio em áreas selecionadas e também aos parceiros do projeto. 

Além das mudas, esses parceiros recebem todo apoio técnico especializado para realização do plantio e manutenção das espécies. Um exemplo é o assentamento Dandara, localizado também em Promissão, que realiza junto com o Mãos na Mata o cultivo e manutenção de agroflorestas. 

“O Mãos na Mata é um programa socioambiental, porque ele envolve geração de emprego e a restauração, para garantir a biodiversidade e  interligar matas existentes através dos corredores ecológicos”, destaca Paranhos.

Esses corredores são áreas que interligam diferentes ecossistemas e permitem a circulação de animais, dispersão de sementes e ampliação da cobertura vegetal.

Assista ao minidocumentário sobre o Programa Mãos na Mata:

Responsabilidade ambiental

Um outro braço do programa auxilia os clientes da AES Brasil em ações de compensação ambiental. Além das mudas, o Mãos na Mata oferece a expertise de seus técnicos ambientais para recuperação de áreas de floresta nativa, manejo e conservação da flora. 

Compensação obrigatória: No caso de empresas que precisem fazer compensações previstas pela lei, a AES Brasil pode disponibilizar áreas de plantio para terceiros no entorno dos reservatórios. Além das mudas, o Mãos na Mata oferece ainda know-how e fiscalização.

Plantio voluntário: Para as empresas que têm trabalhado com a neutralização de emissões provenientes de sua atividade econômica. Por meio do programa, são disponibilizadas as mudas, as áreas para o plantio voluntário e o conhecimento dos técnicos ambientais do Mãos na Mata.

Modelos customizados: Para o caso de empresas que precisem fazer a compensação obrigatória, mas também queiram fazer o plantio voluntário. A empresa trabalha com ONGs parceiras nesse formato, em projetos que demandam área, mudas ou orientação técnica. O plantio pode ser feito em áreas da AES Brasil ou fora delas, no caso de iniciativas de recuperação de nascentes, por exemplo.

Esse tipo de parceria é relevante para as metas ESG das empresas, pois contribuem para a manutenção da biodiversidade, a neutralização de emissões provenientes da atividade econômica e é um investimento no bem-estar das futuras gerações.

Quais os benefícios sociais e econômicos da energia eólica para o Brasil?

Entre as fontes de energia, a eólica é a que tem o menor impacto ambiental. Possibilita, ainda, benefícios sociais e econômicos, porque:

  • Cidades onde são instalados parques eólicos registram alta no Produto Interno Bruto (PIB) e no Índice de Desenvolvimento Humano do Município (IDHM), segundo o estudo “Impactos socioeconômicos e ambientais da geração de energia eólica no Brasil”, publicado em novembro de 2020 pela Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica).
  • Nesses municípios, há geração de renda e de empregos (diretos e indiretos), além da criação de negócios (com aumento do número de novos estabelecimentos) e de incremento na receita pública.
  • Trata-se de uma fonte limpa e renovável, sem emissão de gases de efeito estufa durante a operação dos parques eólicos.
  • A energia eólica é sustentável e contribui para que o Brasil cumpra objetivos estabelecidos pelo Acordo do Clima de Paris.

“Em termos de representatividade e abastecimento, a geração verificada pela fonte eólica em 2022 foi responsável por 13,52% na média de toda a geração injetada no Sistema Interligado Nacional (SIN)”, segundo a edição de 2022 do “Boletim Anual” da Abeeólica. 

Considerando toda a matriz elétrica brasileira, atualmente, a eólica fica atrás apenas da hidrelétrica, com 54,1% (veja números mais abaixo)

“A eólica deixou de ser uma fonte ‘alternativa’ para ter um papel fundamental na matriz elétrica brasileira”, explica a Abeeólica na publicação.  Essa mudança de status é creditada, sobretudo, à qualidade dos ventos no Brasil – “estáveis, com intensidade certa e sem mudanças bruscas de velocidade ou de direção”. Na prática, significa uma capacidade duas vezes maior que a média mundial. 

Impactos socioeconômicos e ambientais

Publicado pela entidade em 2020, o estudo “Impactos socioeconômicos e ambientais da geração de energia eólica no Brasil” aponta que, entre os municípios analisados, aqueles com parques eólicos tiveram desempenho melhor em indicadores econômicos e sociais, na comparação com cidades sem essas instalações. No IDHM, o resultado foi 20,19% superior (entre 1999 e 2017). No PIB, 21,15% (entre 2000 e 2010). 

A Abeeólica divulgou uma nova pesquisa em fevereiro de 2022, intitulada “Estimativas dos impactos dinâmicos do setor eólico sobre a economia brasileira”. 

“No caso do impacto do PIB, partimos do valor investido de 2011 a 2020, que foi de R$ 110,5 bilhões na construção de parques eólicos. Por meio de metodologia que calcula efeitos multiplicadores de diferentes tipos de investimentos, chegamos ao valor de mais R$ 210,5 bilhões referentes a efeitos indiretos e induzidos, num total de R$ 321 bilhões. Isso significa que cada R$ 1 investido num parque eólico tem impacto de R$ 2,9 sobre o PIB, após 10 a 14 meses, considerando todos os efeitos”, afirma Bráulio Borges, responsável pelo estudo, em citação reproduzida no site da entidade.  

A pesquisa apontou ainda que, entre 2011 e 2020, foram criados quase 196 mil postos de trabalho no país em razão da instalação de parques eólicos – ou 10,7 empregos por MW instalado na fase de construção dos parques. 

Quanto à redução de emissões de CO2, a previsão é que, no acumulado de 2016 a 2024, o setor eólico nacional deverá evitar emissões de gases do efeito estufa em cifra entre R$ 60 bilhões e 70 bilhões. 

Números da energia eólica no Brasil

  • A energia eólica gerada no Brasil em 2022 equivale ao suficiente para abastecer, mensalmente, 41,5 milhões de residências (ou 124 milhões de pessoas). 
  • No acumulado, já foram investidos mais de R$ 576 bilhões na capacidade de energia eólica instalada no país.
  • Mais de 300 mil postos de trabalho (entre diretos e indiretos) foram gerados na construção de parques eólicos. Isso representa 10,7 empregos por MW instalado.
  • As eólicas movimentaram R$ 321 bilhões entre 2011 e 2020, segundo estudo da Abeeólica. Desse total, R$ 110,5 são fruto de investimentos diretos na construção de parques eólicos; outros R$ 210,5 bilhões decorrem dos chamados “efeitos indiretos”.
  • Municípios com parques eólicos tiveram resultado no PIB 21,15% melhor em comparação com aqueles sem essas instalações. 
  • Municípios com parques eólicos tiveram resultado no IDHM 20,19% melhor em comparação com aqueles sem essas instalações.
  • A estimativa é que, no período de 2016 a 2024, o setor eólico no Brasil tenha evitado emissões de gases do efeito estufa em uma cifra que fique entre R$ 60 bilhões e R$ 70 bilhões.
  • A energia eólica representa 13,4% (25,6 GW) da matriz elétrica brasileira, ficando atrás apenas da hidrelétrica, que tem 54,1% (103,2 GW), segundo a edição de 2022 do Boletim Anual da Abeeólica.
  • O Brasil chegou, ao fim de 2022, a um total de 904 usinas eólicas instaladas.
  • Ao longo do ano passado, 109 parques eólicos foram instalados por aqui. Segundo o Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês), o Brasil foi o terceiro país no mundo que mais fez esse tipo de instalação.

Tucano, um parque eólico operado 100% por mulheres

O Complexo Eólico Tucano, primeiro no Brasil operado por uma equipe local formada apenas por mulheres, foi inaugurado em 3 de outubro na Bahia. Localizado nos municípios de Tucano, Biritinga e Araci, no interior do estado, está entre os 23 ativos 100% renováveis da AES Brasil. “A AES abraçou mesmo esses dois pontos muito importantes para que a gente tenha um mundo melhor: a transição energética e a equidade de gênero”, aponta Juliana Oliveira, coordenadora no complexo.

Uma joint venture AES Brasil e Unipar

Parte do projeto foi construída em parceria com a Unipar, líder na produção de cloro e soda e segunda maior produtora de PVC na América do Sul. Do total de 322 MW de capacidade instalada do complexo, a joint venture Unipar e AES Brasil soma 155 MW de energia renovável para a empresa química, no sistema conhecido como Autoprodução

O que é Autoprodução?

É uma modalidade na qual o consumidor gera a energia que consome nas suas unidades de negócio. Entre as vantagens de ser um autoprodutor estão a redução de encargos, previsibilidade de custos e maior sustentabilidade – no caso daqueles que optam por fontes renováveis, como eólica, solar ou hídrica.

As grandes empresas assumiram grandes compromissos. Todas elas têm necessidade de uma energia competitiva, renovável e sustentável. Essa demanda é o principal foco da AES, em poder estruturar soluções para atender e satisfazer essa necessidade do mercado”, destaca Rogério Pereira Jorge, CEO da AES Brasil.

Metas de sustentabilidade

O acordo garantirá à Unipar energia limpa e renovável por um período de 20 anos, com fornecimento de 2023 até 2043. A parceria é parte da meta da empresa de alcançar 100% de toda a demanda de energia elétrica das operações no Brasil oriundas de fontes renováveis até 2025 ­- sendo 80% por meio de contratos de autoprodução, como este na Bahia.

Assista ao vídeo e conheça mais sobre o novo Complexo Eólico Tucano

“Sustentabilidade, para nós, é um tema muito importante. Primeiro, porque somos uma empresa química, a energia é um dos principais insumos que nós temos. Nós precisávamos de energia renovável e nós fomos buscar um parceiro que trouxesse o conhecimento técnico, a solidez financeira, a tradição”, afirma o CEO da Unipar, Maurício Russomanno, sobre a parceria com a AES Brasil

Como funcionou a capacitação feminina para a operação do parque eólico?

Parte das colaboradoras que comandam a operação e manutenção do complexo foi capacitada em uma iniciativa da AES Brasil em parceria com o Senai-BA (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial da Bahia). Ao todo, 28 alunas foram formadas no ano passado no curso de Capacitação em Especialização Técnica em Operação e Manutenção de Parques Eólicos, oferecido gratuitamente e exclusivo para formação de mulheres no setor energético.

“O Complexo Eólico Tucano é um projeto importante por inúmeras razões. Além de contribuir para a transição energética e ser pioneiro no Brasil com um time de Operação & Manutenção composto apenas por mulheres, ele é o primeiro projeto eólico construído pela AES Brasil no país e, com isso, materializa tanto nossa estratégia de crescimento como nossas credenciais para execução de projetos desse tipo”, destaca Rogério Jorge.

Especificamente na Bahia, a companhia já opera o Complexo Eólico Alto Sertão II desde 2017.