Mercado livre de energia

Geração de energia renovável bateu recorde em 2022

No último ano, a geração de energia a partir de fontes renováveis chegou à marca recorde de 92% no país. O resultado, divulgado pela CCEE, aponta que a participação das usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa no total de energia gerada pelo SIN (Sistema Interligado Nacional), foi a maior da última década. Ao todo, foram gerados quase 62 mil MW médios por mês.

Entre os principais fatores, está o cenário hídrico climático favorável, que ampliou os reservatórios de águas devido à alta das chuvas e garantiu a expansão das energias movidas pelo vento e sol. As hidrelétricas responderam por 73,6% do total gerado, com 45.613 MW médio, as eólicas por 14,6%, com 9.066 MW médio e as demais fontes, como biomassa, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), solar e centrais geradoras hidrelétricas (CGHs) somaram 11,8% ou 7.291 MW médios.

Já em relação às regiões, os três estados com maior crescimento foram: Mato Grosso, com aumento de 44 MW médio, São Paulo, com 219 MW médio, Tocantins, com 51 MW médio, seguido de Pará, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Alagoas.

Para a CCEE, a reversão do cenário crítico de 2021 permite que o Brasil esteja atualmente em situação mais confortável para este ano. Outro ponto de destaque é a geração solar centralizada, com aumento de 64,3% em comparação ao ano anterior e 1,4 mil MW médios gerados. 

Fonte:

https://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/399707/brasil-bate-recorde-de-geracao-de-energia-renovave.htm

https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-02/brasil-bate-recorde-em-geracao-de-energia-renovavel

Projeto leva água para consumo humano a comunidades no Rio Grande do Norte

Com o Programa AES Brasil Gera+, os projetos que levam água potável na região nordeste do país seguem avançando. Desde setembro de 2022, o projeto está com atuação na Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte, com o objetivo de ampliar a segurança hídrica nas regiões de atuação, com destaque para os municípios de Lajes e Fernando Pedrosa, ambos no RN. 

Com a perfuração de poços profundos, os projetos também têm como meta a construção de cisterna de placas, implantação de chafarizes e sistemas de bombeamento solar. Ao todo, 86 famílias são beneficiadas nesta frente e, no último 31/1, foram realizadas 20 entregas de cisternas na comunidade de Caraúbas, localizada em Lajes/RN.

Com  tecnologia social de baixo custo e com fácil acesso à água, as cisternas têm capacidade para armazenar até 16 mil litros de água provenientes da chuva. Suas entregas simbólicas contaram com a presença de representantes da AES Brasil e da Unipar, parceira do Complexo Eólico Cajuína, além das lideranças das comunidades envolvidas no projeto. As famílias beneficiadas também serão capacitadas para a utilização e manutenção do equipamento para uso eficiente da água no local semiárido. 

A iniciativa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, garantindo o acesso à água potável, direito humano fundamental para garantir boas condições de vida. 

Fonte:

https://adel.org.br/projeto-leva-agua-para-consumo-humano-a-comunidades-no-rio-grande-do-norte/#:~:text=Desde%20setembro%20de%202022%2C%20estamos,no%20Rio%20Grande%20do%20Norte

I-REC: Confira os benefícios dos certificados de energia

Com o aumento da necessidade da redução dos gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera,empresas de diversos segmentos, que adquirem energia do mercado livre proveniente de fontes renováveis ou que consomem a própria energia limpa, têm o desafio de compensar as suas próprias emissões a partir do uso do SIN (Sistema Interligado Nacional), na medida em que utilizam seu grid para a sua transmissão. 

Dessa forma, a compra do chamado I-REC, sigla em inglês que representa certificado internacional de energia renovável, se apresenta como uma boa opção para a comprovação da origem da energia consumida. Cada REC representa uma unidade de geração de energia renovável, em que 1 REC é 1 megawatt-hora, o que equivale a 1000 kilowatts-hora de energia renovável injetada no sistema elétrico. De forma prática e transparente, as empresas que adquirem I-RECs, devido ao rigoroso critério de avaliação para obtenção deste certificado, conseguem evidenciar seus investimentos em sustentabilidade, na medida em que passam a ser titulares de créditos gerados por meio da geração de energia limpa. Por terem ações mensuráveis para a neutralização de suas emissões, a compra dos certificados também eleva as pontuações destas empresas em indicadores de renomados programas de reporte de sustentabilidade, como CDP (Carbon Disclosure Protocol), Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e Dow Jones Sustainability Index (DJSI). 

Fontes

https://blog.waycarbon.com/2018/04/irec-beneficios-certificado/

https://livremercadodeenergia.com.br/?s=+i-Rec+

Renováveis crescem representatividade para 61% no ACL

Em franca expansão, o Mercado Livre de Energia já absorve 61% de toda a produção de usinas de geração de energia renovável especial, incluindo eólica, solar centralizada, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCH) no país. Segundo a Abraceel, a participação aumentou 11% nos últimos 12 meses, tendo a marca atingida em novembro/22.

As fontes solar centralizada e eólica são o destaque crescente de comercialização: atualmente, representam 57% e 48% respectivamente na geração mensal.

Já a importância do mercado livre de energia para comercializar a produção de novos empreendimentos cresceu ao longo do último ano, tendo o Ambiente de Contratação Livre (ACL), absorvido 33,3% a mais da geração renovável do país, ou seja 9,4 GW médios atuais contra 7 GW médios no período anterior.

O relatório da Abraceel também aponta que, no mesmo período, a produção das plantas fotovoltaicas centralizadas para consumidores livres cresceu 140,4% e a geração vinda dos aerogeradores teve um crescimento de 16,9%.

Brasil pode se tornar maior exportador de hidrogênio verde do mundo

A recente publicação da consultoria alemã Roland Berger, intitulada de “Green Hydrogen Opportunity in Brazil” aponta boas perspectivas para o expoente mercado de hidrogênio verde no Brasil. Isso porque o país foi indicado como o principal produtor de H2V no mundo até 2050.

Como parte das metas globais de descarbonização amplamente discutidas em fóruns como COP27, o planeta precisa de um aumento de consumo de hidrogênio de até 6 vezes. Para atingir as metas estipuladas atualmente, segundo a projeção publicada, o Brasil deve gerar R$ 150 bilhões, sendo R$ 100 bilhões destinados a exportações.

Em pauta desde 2015, a partir da COP21, o acordo de Paris deu início à corrida pela redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, com o intuito de reduzir o aquecimento global. Para efetivar a ação, o consumo de hidrogênio deve aumentar dos atuais 90 milhões atuais de tonelada/ano para 527 milhões de toneladas até 2050. A transformação deve movimentar mais U$ 1 trilhão em venda direta da molécula ou de seus derivados, como a amônia verde.

Indicado como “petróleo do futuro” no estudo, o gás também é apontado como fundamental no desenvolvimento econômico mundial, apresentando vantagens competitivas para o Brasil: a produção nacional, favorecida pela geração elétrica renovável, é mais barata em comparação a outros países, sendo a Europa a principal cliente deste novo mercado.

Em relação aos investimentos em território nacional, estima-se que nos próximos 25 anos, o hidrogênio verde receberá R$ 600 bilhões, levando à 170 GW de produção energética até 2050. O crescimento também representa o dobro da capacidade da matriz energética do Brasil.  

Para isso, o preço, medido por kg, deverá custar R$ 2 até 2025, Este valor poderá ser influenciado a partir do uso da eletricidade renovável excedente, isenções fiscais e diminuição nos custos de transmissão e distribuição de eletricidade para a para a produção do H2V.

Para viabilizar este crescimento, a consultoria aponta a necessidade criação de condições para redução dos riscos dos projetos de investimentos no país,  como: regulamentação do mercado interno, taxar emissões de carbono por indústrias mais consumidoras de hidrogênio, além de conceder incentivos financeiros, fiscais ou outros que possam reduzir os preços de produção para agentes produtores instalados no país. Será importante, também, a participação em fóruns internacionais para compra e transporte do hidrogênio e demais produtos verdes.

Fonte:

https://www.agenciacma.com.br/brasil-pode-se-tornar-o-maior-exportador-de-hidrogenio-verde-do-mundo/

AES Brasil orienta população sobre uso de reservatórios para lazer nas áreas de usinas hidrelétricas da região de Araraquara

As regiões próximas às usinas, barragens e canais de escoamento podem representar riscos às comunidades se os alertas de segurança, sobretudo durante períodos de calor mais intenso e chuvas, não forem observados. Como parte do compromisso social da AES Brasil, ao longo deste verão, são realizadas campanhas com foco em manter a segurança e bem-estar da população nos entornos de todas as suas operações.

Como exemplo, as regiões dos reservatórios de Ibitinga, Promissão e Nova Avanhandava são procuradas para o lazer de moradores e turistas nesta fase do ano. Porém, os perigos de utilizar usinas hidrelétricas como fonte de lazer são muitos, sendo necessários reforços por meio de canais de comunicação locais. Entre as principais recomendações, estão as seguintes regras: respeitar as sinalizações de segurança; cumprir com a Lei 11.959/2009, que proíbe a população de nadar, pescar ou conduzir embarcações perto das barragens ou canais de escoamento; nunca se aproximar da água sob efeito de álcool ou deixar crianças sem supervisão de adulto nestas regiões.

As orientações preventivas visam reforçar as campanhas locais, salvar vidas, além de evitar multas por infrações durante o verão e ao longo do ano. 

Fonte:

https://jornaldeararaquara.com.br/aes-brasil-orienta-populacao-sobre-uso-de-reservatorios-para-lazer-nas-areas-de-usinas-hidreletricas-da-regiao-de-araraquara/

Mercado Livre de Energia cresce 7,2% em 2022

No último ano, o Mercado Livre de Energia seguiu em expansão: de acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o consumo chegou a 24.496 MW médios, representando um aumento de 7,2% no período de janeiro a dezembro. 

Com 36,4% de todo o consumo de energia nacional, o Mercado Livre conta com 13 setores que registraram aumento da demanda de energia, cujo crescimento derivou da maior demanda global por matéria-prima brasileira. Entre os destaques, estão os segmentos de serviços (16,2%), saneamento (12,7%) e o setor de madeira, papel e celulose (12,7%). Já os setores têxteis e de minerais não-metálicos representaram declínio de 3,8% e 9,1%, respectivamente.

No mercado regulado, a carga de 42.769 MW médios representou uma queda de 1,4% do consumo de energia no mesmo período. Já no panorama geral, a demanda por energia elétrica no Brasil chegou a 67.275 MW médios no último ano, totalizando um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior.

Mercado livre de energia cresceu 7,2% em 2022

https://megawhat.energy/noticias/consumo/149231/mercado-livre-de-energia-cresceu-72-em-2022-aponta-ccee

Desafios para ampliação da oferta de energia renovável no Brasil

O planejamento do Brasil divulgado para ampliar a oferta de energias renováveis, amplamente debatido durante a COP27 e representado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), reforçou o posicionamento nacional como o país da energia verde. Com potencial de geração de 700 GW na costa brasileira, novas políticas públicas vêm sendo criadas para acelerar essa realidade, que também apresenta seus desafios.

O licenciamento ambiental dos novos projetos é fator decisivo para o seu avanço. Com o avanço das resoluções normativas em projetos offshore, por exemplo, demanda-se avanços nessa área. O mercado europeu, por sua vez, já avançou no modelo por meio da regulação de áreas propícias para energia eólica e solar na União Europeia. Como boa parte dos aerogeradores são importados do continente, é importante considerar o fator como risco ao ritmo do crescimento previsto.

Também no quesito ambiental, o processo de licenciamento brasileiro demanda fluxos entre os estados e a ampliação do setor de energia limpa nos próximos anos demandará robustez dos órgãos públicos e ampliação da equipe técnica em órgãos ambientais. Contudo, os planos fomentam a economia e desenvolvimento, em especial com a instalação de novas fábricas nas regiões dos projetos offshore, como no estado do Rio Grande do Sul.

Para se tornar o país das energias verdes, o Brasil deve ter este olhar centrado tanto nos investimentos em novas tecnologias, quanto na regulação dos setores com potencial de crescimento, como o offshore, sendo o setor privado um agente importante nesse contexto, que pode contribuir com a aceleração de ambas as frentes.

Fonte:

https://www.otempo.com.br/opiniao/artigos/desafios-para-ampliacao-da-oferta-de-energia-renovavel-1.2795449

Energia eólica vai acelerar com geração offshore

Em 2022, a energia solar ultrapassou a eólica em capacidade instalada, tendo o aumento da comercialização das placas fotovoltaicas o principal responsável pela mudança para a fonte como segunda da matriz elétrica brasileira. A tendência do aumento da energia limpa no Brasil já se torna um caminho sem volta, sendo a força dos ventos como uma grande aposta das empresas que se preparam para uma nova modalidade: a geração eólica offshore. 

A instalação dos aerogeradores no mar representará maior aproveitamento dos ventos, ultrapassando a fronteira onshore, que atualmente recebe grandes investimentos: já são 875 parques eólicos em operação, além dos 163 em construção e 315 em projeto. O Brasil conta, hoje, com cerca de 25 empresas nacionais e multinacionais, com pedidos de licenciamento para as novas usinas, com potencial de 176 GW em projetos marítimos. O tempo médio de construção dos empreendimentos é de sete anos.

Sem contar com barreiras físicas como montanhas, o potencial da geração eólica offshore é alto em termos de aproveitamento da velocidade e qualidade dos ventos. Segundo a consultoria Trinity, o potencial de geração é 15% maior que o modelo em solo, enquanto a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) cita número até maior, chegando a um aumento de 50%.

Para a viabilização dos projetos, é importante o avanço regulatório do setor, para o fortalecimento de regras levando em conta os interesses socioambientais. Ainda que o barulho das hélices não ocasione problemas no mar, o visual dos aerogeradores pode interferir no setor de turismo, além de demandar um estudo sobre possíveis impactos em animais marinhos, espécies de hábitos costeiros e ameaçadas de extinção. Por isso, todo o avanço do setor deverá caminhar com a concessão de áreas pela União, por meio de leilões, como realizado atualmente em campos de exploração de petróleo. 

Fonte:

https://extranet.cservice.io/viewnews.html?newsId%3d29976372%26channelId%3d3836%26customerId%3dp7Dh6UUAsh8C1axoaoJQQg%3d%3d%26newsletterId%3d3bef3f20-dbab-4b4f-afaf-965fda7ffa57

Brasil cresce 8 GW em capacidade de energia em 2022 com impulso de renováveis

Com crescimento de 8,23 GW de capacidade instalada de geração no Brasil em 2022, o país registrou o segundo maior crescimento anual desde a fundação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), órgão regulador responsável pela regulação e publicação dos dados de crescimento do mercado desde 2016.

Como previsto ao longo do último ano, o crescimento principal veio da fonte eólica, com 2,92 GW, seguido da solar, com 2,67 GW. Este avanço representa a geração centralizada de energia e não considera usinas de GD (geração distribuída), sendo estas as principais propulsoras da fonte solar no país. 

Em relação a outras fontes, como termelétrica a combustível fóssil, houve crescimento de 1,35 GW de potência de geração, enquanto as termelétricas a biomassa cresceram 904,9 MW. Já as centrais hidrelétricas representaram 374,6 MW do aumento.

O estado de Minas Gerais foi destaque no aumento, com 1,53 GW instalados, enquanto a região do Nordeste representou a maior parte da ampliação, com 4,5 GW e representando 55% do total do acréscimo do ano.

Fonte:

https://www.moneytimes.com.br/brasil-cresce-8-gw-em-capacidade-de-energia-em-2022-com-impulso-de-renovaveis-diz-aneel/