Busca por geração própria de energia aquecem os negócios no mercado brasileiro
Os custos ampliados pela crise hídrica e as metas ambientais cooperativas, geram preocupações. A chamada agenda ESG, têm levado cada vez mais as grandes companhias a investir em geração própria de energia com fontes 100% renováveis, o que vem aumentando os negócios para o mercado das elétricas, como a AES Brasil.
O movimento iniciou com gigantes, como a Vale por exemplo, mas atrai cada vez mais empresas. A petroquímica Unigel, anunciou em setembro, um contrato de mais de R$ 1 bilhão para comprar por 20 anos a produção de um parque eólico. Enquanto a BRF fechou diversos acordos no mês de agosto para conseguir viabilizar novas usinas eólicas e solares, que irão suprir toda a sua demanda.
Essas operações ocorrem no chamado Mercado Livre de Energia, e assim abrem novas oportunidades para investidores em geração, em um momento de desaceleração da demanda em diversos leilões do governo para futuros novos projetos elétricos. O leilão denominado de A-5 (usinas que entram em operação comercial em até cinco anos) obteve a menor contratação, com apensas 151 megawatts médios, com a mínima anterior de 291,5 MWemd, no ano de 2016.
Uma das elétricas que tem entrado nesse novo mercado é a AES Brasil, que fechou um dos acordos anunciados pela BRF. As empresas serão sócias de um parque eólico, que irá vender a geração de energia ao grupo de alimentos por 15 anos. Anteriormente, a AES Brasil havia divulgado transações similares com companhias como a Unipar, por exemplo.
Segundo Marcelo Bragança, diretor de operações da Vibra Energia, em entrevista para TC Mover: “A demanda está sendo aquecida por energia própria e limpa, e isso atrai também empresas até então fora desse mercado, como a Vibra Energia, por exemplo. O grupo mantém o desenvolvimento de projetos de autoprodução para vender geração eólica, e aumentar a expansão no negócio”.
O mercado de energia, está em busca por geração própria assim como a procura por impulsionamento, e através dos custos de eletricidade em alta no Brasil deve manter o ritmo para o ano de 2022.
Referências: