Perspectivas dos I-RECs no mercado brasileiro
O mercado de certificados de energia renovável no Brasil tem crescido nos últimos anos, impulsionado pela maior conscientização ambiental e pela necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o país conta com mais de 600 usinas capacitadas para gerar energia limpa, totalizando uma capacidade instalada de 12.409 MW.
Os Certificados de Energia Renovável (RECs) são uma forma vantajosa de incentivar a produção de energia limpa, permitindo que empresas e consumidores comprem créditos de energia renovável gerados por essas usinas. Com isso, é possível compensar as emissões de carbono geradas por suas atividades e contribuir para a transição de uma matriz energética mais sustentável.
Segundo o Instituto Totum, emissor do I-REC para o Brasil, o país registrou 244 MWh emitidos em 2014, aumentando em 55 vezes a quantidade em 2015 (13.463 MWh), seguido de um aumento de 338.000 MWh em 2018. Nos dois anos seguintes, a marca saltou para 2.500.000, em 2019, e 4.032.294, em 2020. Observa-se que, em 2020, 32,5% dos I-RECs emitidos tinham também a chancela REC Brazil.
O número de usinas capacitadas para a emissão de I-RECs também aumentou: das 4 em 2015, subiu para 152 usinas em 2020. Atualmente, a carga instalada capaz de emitir I-RECs no Brasil é de 12.409MW e 19 empresas registradas como comercializadoras, habilitadas a transacionar os certificados.
Além do I-REC, no Brasil temos o REC Brazil, certificação que atende outros critérios de sustentabilidade, além dos definidos pela certificação da I-REC Standard Foundation. Para uma usina ser elegível a emitir certificados com o selo REC Brazil, por exemplo, ela deve atender, no mínimo, 5 dos 17 objetivos sustentáveis da ONU.
Com a crescente demanda por energia renovável e a valorização das práticas sustentáveis, o mercado de RECs deve continuar em ascensão nos próximos anos, impulsionando ainda mais a produção de energia limpa no país.
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