Dia: 23 de junho de 2022

Supermercadista: como migrar para o Mercado Livre de Energia?

Um número cada vez maior de empresas de diversos setores está descobrindo as vantagens de ingressar no Mercado Livre de Energia ou Ambiente de Contratação Livre (ACL), revelando que essa é uma tendência que veio para ficar.

Atacadistas e supermercadistas têm apostado na compra de energia renovável para ganhar competitividade. Em média, a migração para o Mercado Livre de Energia tem permitido uma redução de custos de 20% a 30% para shoppings, atacados e redes de supermercados.

Além de poder negociar valores e flexibilidade contratual (como por exemplo, contratos de longo prazo com previsibilidade de custos) no Ambiente de Contratação Livre (ACL), consumidores podem escolher de quais fontes querem contratar a sua energia. Quer migrar para o Mercado Livre de Energia? Confira o passo a passo e, ao final, consulte um de nossos especialistas. 

Mercado Livre de Energia em números

O Ambiente de Contratação Livre (ACL) começou a ganhar mais espaço no Brasil a partir de 2015 e hoje conta com 26,6 mil ativos de consumo, crescimento de 2,47 vezes nos últimos cinco anos.

Encerrou 2021 com 5.563 novas Unidades Consumidoras (UCs), número recorde para o segmento, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (ABRACEEL), o  Mercado Livre de Energia passou a responder por 34,5% de toda a eletricidade consumida no Sistema Interligado Nacional (SIN), contra 32% em 2020. Isso se deve, principalmente, ao ingresso dessas novas unidades consumidoras no mercado livre, representando aumento de 25% no último ano. 

Cresça no Mercado Livre

O  Mercado Livre de Energia pode se tornar ainda mais predominante caso algumas propostas de mudanças de regulamentações avancem para aprovação.

Isso porque, hoje, apenas empresas, e cuja demanda seja superior a 500 kW, podem adquirir energia por meio do mercado livre, ambiente pelo qual consumidor e vendedor de energia negociam diretamente preços, volume, prazos, entre outros aspectos.

No entanto, uma das propostas de flexibilização dessas condições está em tramitação no Congresso Nacional, que é o projeto de lei PL 412/2021. Caso seja aprovado, o Mercado Livre de Energia estará disponível para todos os consumidores, inclusive para os residenciais.

Mesmo ainda não acessível para todos, essa modalidade de contratação de energia já é uma realidade possível para empresas de pequeno e médio porte, sejam dos segmentos de indústria, comércio e serviços. Seria o caso da sua empresa? E caso opte por migrar para o mercado livre, sabe como a compra é feita? Vamos explicar melhor por aqui, acompanhe.

Passo a Passo para migrar para o Mercado Livre de Energia

Perfil de consumidor

O segmento de mercado onde as compras e vendas de energia elétrica são realizadas é chamado de Ambiente de Contratação Livre (ACL). Por meio do mercado livre, você tem a liberdade para negociar preços, volumes e prazos de acordo com o que a sua empresa realmente precisa.

Existem dois perfis de consumidores que podem migrar e fazer a compra de energia pelo mercado livre. São estes:

Consumidor Especial

Deve possuir demanda mínima de 500 kW e máxima de 1.500 kW. No caso desses clientes, eles deverão comprar energia elétrica de fontes incentivadas, que são as geradoras de energia eólica, solar ou biomassa, ou por meio de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs)

Consumidor Livre

Deve possuir demanda mínima de 1.500 kW. Nesse caso, o cliente tem autonomia de escolha do fornecedor de energia elétrica.

Existe também uma opção para empresas com demanda inferior de 500 kW de realizar uma comunhão e, assim, se tornar consumidora no mercado livre de energia. Nesse caso, precisa ser feito com empresas de mesmo CNPJ e alocadas em um mesmo submercado ou também por empresas vizinhas.

Outro aspecto importante é entender o perfil de consumo do seu negócio para evitar déficit ou superávit de consumo de energia, e, assim, otimizar da melhor forma os custos com energia. Para isso, é importante contar com um serviço especializado de assessoria, como o da AES Brasil, para dar todo o auxílio necessário e, assim, assegurar a escolha correta do produto.

Onde a compra é feita?

As negociações de compra e venda de energia elétrica são registradas na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Todos os envolvidos nas negociações, ou seja, consumidores, comercializadores, geradores, autoprodutores e importadores, são cadastrados como agentes na CCEE. No caso específico do consumidor, ele pode ser um agente ou representado por um Comercializador Varejista, que representa vários clientes.

De quem comprar?

De acordo com os perfis de Consumidor Livre ou Consumidor Especial, você pode comprar a energia diretamente das geradoras, assim como das comercializadoras, que são empresas regulamentadas pela Aneel para tal função. As comercializadoras podem adquirir energia para venda por mais de um fornecedor e devem gerir riscos de volume e preço para os seus clientes.

Na hora de comprar

Entendendo a fundo o perfil de consumo do seu negócio, é preciso avaliar também o tipo de contrato que é mais adequado para o que a sua empresa precisa.

Se o objetivo é garantir maior previsibilidade de gastos, sem riscos de sofrer variações de despesas, o ideal é fazer um contrato a longo prazo junto à empresa fornecedora de energia. Mas, se você acredita que o seu negócio está preparado para lidar com variações, aproveitando mais oportunidades de quedas de preço, é possível fazer um contrato com prazos menores. Mais uma vez, vale reforçar a importância de se estudar as condições da sua empresa para, assim, escolher a melhor forma de contrato para o que precisa.

E como comprar com mais assertividade?

Para quem pretende migrar e contar com uma gestão eficiente dessa demanda, a melhor saída é contratar uma assessoria especializada, como o Energia +. Ela é a plataforma online da AES Brasil que cuida de todo esse processo de migração e ainda auxilia no processo de compra, apontando os melhores caminhos de acordo com cada cliente.

Agora, se você já faz parte do Mercado Livre de Energia e está em busca de uma boa assessoria, também vale a pena fazer um orçamento com a AES Brasil. Clique AQUI e simule agora mesmo a economia de migrar para o mercado livre de energia ou consulte um dos nossos especialistas!

Fontes:

https://www.ccee.org.br/pt/web/guest/-/mercado-livre-de-energia-bate-recorde-de-migracao-de-unidades-consumidoras-em-2021

https://abraceel.com.br/blog/2022/04/mercado-livre-de-energia-eletrica-cresce-e-ja-atinge-negociacoes-de-r-162-bi-e-34-do-consumo-nacional/

AES Brasil e RBE fecham acordo de longo prazo

A comercializadora Rio Bonito Energia (RBE) concluiu a compra de 20 MW médios com a AES Brasil, por meio de um Power Purchase Agreement (PPA) de dez anos. Segundo a RBE, o negócio está em sintonia com a meta de triplicar a base de clientes até 2024, acompanhando a abertura do Mercado Livre de Energia, a pauta ESG e o suprimento da futura plataforma varejista em desenvolvimento.

Além de aquisições no formato PPA, a empresa do Grupo H. Carlos Schneider também está investindo em projetos de geração, tendo 1 GW em estudos de viabilidade nas fontes solar, eólica e de pequenas centrais hidrelétricas.

“Todos esses temas estão de acordo com as estratégias traçadas após a última reestruturação realizada no ano passado, com investimentos fortes em processos, automatizações, digitalização e em uma nova política de risco”, explica o diretor-executivo da RBE, Álvaro Garske Scarabelot.

Link original: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53214731/rbe-fecha-ppa-de-10-anos-com-a-aes-brasil#:~:text=A%20comercializadora%20Rio%20Bonito%20Energia,(PPA)%20de%20dez%20anos.

Brasil atinge 21 GW em autoprodução de energia

A Associação Brasileira de Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape) informou que a modalidade atingiu à marca de 21 GW de potência instalada no Brasil. Já são 10 GW de geração de energia entre as 18 associadas da Abiape, num portfólio composto por usinas térmicas, hídricas e eólicas. Ao todo, 38 hidrelétricas, 37 termelétricas, oito Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e oito parques eólicos.

As associadas fazem parte de diversos setores, que investem em energia própria com o objetivo de agregar valor aos produtos e, ao mesmo tempo, ajudar o país a atingir as metas de redução de emissões. O consumo já chega a 6 GW médios, o que equivale a 8% do consumo médio brasileiro, informou a Abiape.

A autoprodução é uma forma sustentável e competitiva de desafogar a carga do sistema elétrico. Além disso, por contar com investimentos mais voltados às energias renováveis, ajuda no processo de descarbonização reduzindo a emissão de gases causadores de efeito estufa.

Estima-se um incremento de 3.8 GW em solar, 1,1 GW em eólica e mais de 200 MW em termoelétricas à biomassa. Essa geração será ainda mais relevante para aumentar a confiabilidade do sistema elétrico brasileiro. Também eleva a competitividade da indústria nacional, com ganhos de eficiência, redução de custos e aumento da arrecadação tributária.

Link original: https://www.canalenergia.com.br/noticias/53208389/autoproducao-de-energia-atinge-21-gw-no-brasil


AES Brasil é patrocinadora do ENASE 2022

A AES Brasil patrocinou a 19ª edição do ENASE, o Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, que voltou a acontecer também presencialmente depois de dois anos. O encontro é realizado pelo Grupo CanalEnergia by Informa Markets, e ocorreu nos dias 08 e 09 de junho, no Rio de Janeiro.

O tema do evento foi “A Visão dos Agentes sobre os Desafios de 2023-2026” e proporcionou análises sobre assuntos cruciais para o setor como a abertura do Mercado Livre de Energia, o Projeto de Lei 414, a operação em tempos de mudanças climáticas, a transição energética, investimento em Hidrogênio Verde e as novas tecnologias.

Durante a abertura, Paulo Pedrosa, Presidente da Abrace, destacou que o Brasil é um país com muitas condições de avançar em projetos relacionados a energia renovável, e para ele, a energia limpa e barata é a maior contribuição que o setor elétrico tem a oferecer para a sociedade.

Um dos temas mais debatidos foi o Projeto de Lei 414 (PL 414). Em um dos painéis, CEOs de empresas do setor elétrico avaliaram que o projeto traz um novo marco regulatório e esperam que seja aprovado ainda este ano.

Paulo Pedrosa, Presidente da Abrace, em outro painel realizado durante o evento, ressaltou a importância da aprovação do projeto e a criação de um mercado de energia que de fato possa dar resultados na competitividade da economia para qualidade de vida da população. 

Ao patrocinar o evento, a AES Brasil marca presença em um dos principais debates sobre o setor de energia no Brasil e, assim, reforça o compromisso de dialogar e atuar para a transformação do futuro da energia.