Dia: 8 de dezembro de 2021

AES Brasil quer alcançar 4,4 GW em capacidade no ano de 2023.

A novidade é a contratação em dólar de 300 MW médios durante 15 anos, com a demanda estimada em 3 GW.

A AES Brasil, busca finalizar o ano de 2023 com 4,4 GW com capacidade operacional instalada. Essa expectativa é decorrente de uma combinação dos prazos para o encerramento dos benefícios do desconto fixo e a adoção da agenda ESG, por empresas que reduzem maiores emissões no consumo de energia elétrica.

O crescimento pode chegar a mais de 1,5 GW, e os projetos que a empresa possui em seu pipeline, entrarão em operação comercial até o ano de 2025, sendo a data limite para a concessão do benefício.

A CEO da companhia AES Brasil, Clarissa Saddock, enxerga a possibilidade de  grandes ofertas de energias por causa da busca por novos projetos renováveis ao longo deste período. Porém, a executiva não vê nenhum problema para a empresa, pois busca fechar contratos, de “longuíssimo prazo, de no mínimo 15 anos a até 20 anos”.

Ainda destacou os resultados do terceiro trimestre do ano de 2021, que a empresa se dispôs de um novo produto com boas e novas perspectivas, com o contrato de longo prazo dolarizado.

“Fechamos 300 MW de longo prazo ante uma demanda de 3 GW de clientes que queriam ter o acesso. Essa é uma nova linha de negócios, e deverão vir outros contratos na sequência”.

A CEO disse que na estruturação, não está previsto o hedge por ser justamente dolarizado, uma vez que demandaria uma “marcação a mercado” ao longo da duração do contrato. A ação poderia ser ruim para a empresa, e pode apresentar volatilidade em seu resultado.

“De maneira simplificada, se o dólar ficar flat nós chegamos a um retorno próximo ao mínimo exigido, se sofrer acréscimo de diferencial de inflação, pode agregar retornos adicionais e consequentemente teremos essa receita”, ressaltou.

Em relação à expansão, além do pipeline de 1,5 GW, a AES Brasil continua com a avaliação dos ativos, porém não aponta quais podem ser ou quantos, em termos de volume.

Clarissa destaca que depende das oportunidades de mercado. Novos projetos deverão ter como premissas a sinergia com diversas usinas, que a empresa já detém, como por exemplo em Cajuína, quando tudo estiver sendo comercializado.

Sobre o projeto eólico que está em construção, a AES Brasil afirmou que 684 MW em aerogeradores foram encomendados à Nordex Acciona, com o total que é previsto naquele complexo de 866 MW. Na Fase A são 314 MW e na Fase B mais de 370 MW. A previsão é que entre em operação na metade do ano de 2023.

Já em Tucano, são 322 MW em PPAs que estão seguindo o cronograma e o orçamento da empresa. Neste ano de 2021 são esperadas as primeiras entregas dos equipamentos, mas a energização está estimada para o segundo semestre do ano de 2022. A AES Brasil, estima com a distribuição do seu portfólio sendo 45% da fonte hídrica, 45% eólica e 10% solar nos próximos anos. A partir do ano de 2023, são 1.874 MW médios de garantia física.

Link Original:

https://www.canalenergia.com.br/noticias/53192782/aes-brasil-projeta-ter-44-gw-em-capacidade-em-2023


Energias renováveis serão a grande maioria na capacidade de energia do mundo até o ano de 2026, segundo IEA.

Segundo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), apesar da elevação dos valores dos materiais utilizados para a fabricação de painéis solares e turbinas eólicas, as energias renováveis responderão por mais de 90% do aumento da capacidade energética mundial, até o ano de 2026.

A nova capacidade de energia renovável trará um segundo recorde consecutivo no ano de 2021, segundo o órgão de energia, localizado em Paris, em seu relatório anual sobre o mercado de energias renováveis.

O diretor executivo da IEA, Fatih Birol, diz que: “As adições recordes de eletricidade renovável deste ano de 290 gigawatts são mais um sinal de que uma nova economia global de energia está emergindo”.

“Os altos preços das commodities e da energia que vemos hoje representam novos desafios para a indústria de energias renováveis, mas os preços elevados dos combustíveis fósseis também tornam as energias renováveis ​​ainda mais competitivas”.

Até 2026, a capacidade de eletricidade renovável mundial será equivalente a de combustíveis fósseis e energia nuclear, juntas, pontuou a AIE.

Ainda segundo a AIE: Promovidas por promessas na conferência da COP26 em Glasgow no mês passado, as políticas governamentais e as metas climáticas impulsionam este crescimento das energias renováveis, porém o ritmo precisa ser acelerado para limitar os aumentos de temperatura”.

Enquanto a Índia deve dobrar as novas instalações de 2015/2020, a China está quatro anos à frente das próprias metas de infraestruturas eólicas e solares, liderando o mundo em uma nova capacidade.

Fatih Birol, afirma: “A China continua demonstrando seus pontos fortes em termos de energia limpa, com a expansão das energias renováveis ​​sugerindo que o país pode atingir um pico em suas emissões de CO2 bem antes de 2030”.

A IEA ainda alertou que, para poder atingir a emissões líquidas zero até o ano de 2050, as adições médias anuais de capacidade solares e eólicas teriam que dobrar em relação às previsões atuais da agência nos próximos cinco anos, enquanto o crescimento da demanda anual por biocombustíveis precisará ser quadruplicada.

Link Original:

https://www.istoedinheiro.com.br/energias-renovaveis-%E2%80%8B%E2%80%8Bdominarao-nova/